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Odisseia estreia documentário «Red Bull Stratos: O Salto De Felix Baumgartner»

Pedro Vendeira
5 min leitura

Felix-Baumgartner

No dia 14 de outubro de 2012, Felix Baumgartner tornou-se o primeiro homem a quebrar a barreira do som em queda livre, depois de saltar da estratosfera e atingir os 1342 km/h. O seu salto bateu ainda o recorde de salto de maior altura, com 39045 metros.

Através das recordações de Felix Baumgartner, Joe Kittinger e o resto da equipa, o Odisseia exibe imagens inéditas sobre a história de uma missão que levou cinco anos a materializar-se, um longo caminho de altos e baixos emocionais, no qual não faltaram intermináveis provas de voo, incumprimentos de prazos, erros e graves problemas técnicos até ao último minuto.

Neste documentário de dois episódios, produzido pela Red Bull Media House, os espectadores ficarão ainda a perceber o problema que afetou o capacete de Baumgartner, que quase fez com que a missão fosse abortada, tendo ainda acesso à equipa que trabalhou apenas com um objetivo, chegar ao limite do espaço.

Felix Baumgartner, de 43 anos, conseguiu o feito à quarta tentativa na missão “Red Bull Stratos”, devido a condições meteorológicas desfavoráveis nas anteriores datas previstas. Apesar de se estar a preparar há cinco anos, logo após a aterragem Baumgartner reconheceu que “Foi um pouco mais difícil do que esperava”.

 “A saída da cápsula foi perfeita e depois de ter saltado comecei a girar lentamente. Pensei que giraria durante alguns segundos e que depois estabilizaria, mas aconteceu tudo ao contrário. Em alguns momentos a velocidade a que girava era brutal e temi perder o conhecimento. Não senti qualquer explosão sónica por romper a barreira do som porque estava demasiado ocupado a estabilizar-me”, acrescentou pouco depois de experienciar esta queda a 1173 quilómetros por hora, que alcançou em 40 segundos. Os cálculos da missão indicam que terá sido nestes primeiros segundos de queda livre que foi ultrapassada a velocidade do som.

Com este feito, Baumgartner tornou-se no primeiro paraquedista a quebrar a barreira do som exatamente no 65º aniversário da realização da mesma façanha por uma aeronave, pilotada pelo americano Chuck Yeager, em 14 de outubro de 1947.

Baumgartner conseguiu assim bater três dos quatro recordes a que se propôs: ultrapassar a velocidade do som sem apoio mecânico; realizar o maior salto de para-quedas e subir até ao ponto mais afastado da Terra. Apenas não conseguiu realizar o maior tempo em queda livre. O austríaco esteve em queda livre durante quatro minutos e 19 segundos e o recorde anterior era de quatro minutos e 36 segundos.

De acordo com Baumgartner e a sua equipa, este projeto permitiu ainda reunir inúmeros dados científicos sobre a estratosfera e o modo como o corpo lida com as condições extremas num nível tão acima da superfície da Terra.

Em 1999, o austríaco que já era conhecido por inúmeras ações espetaculares, saltou do alto das torres Petronas, em Kuala Lampur. Em 2007, saltou do arranha-céu Taipei 101, então o mais alto prédio do mundo. Um de seus primeiros recordes foi quebrado em 1999, quando realizou o salto de base jumping mais baixo da história, pulando da mão do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, que fica a 29 metros de altura.

Red Bull Stratos: O Salto de Felix Baumgartner, documentário que o Odisseia estreia em Portugal dia 2 e 9 de abril, às 22h00, oferece o relato completo do salto mais famoso da história, um legado científico para a comunidade aeroespacial do mundo inteiro e uma proeza que mudou a vida de Felix Baumgartner para sempre.

Neste documentário vai ser possível ver imagens inéditas da missão que quebrou três recordes: voo tripulado de balão e salto de maior altitude (cerca de 39 km); além de quebrar a velocidade do som em queda livre, ao atingir 1.357 km/h e detalhes dos problemas que afetaram o decorrer do projeto, nomeadamente com o visor do capacete de Baumgartner.

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Amante da tecnologia e apaixonado pela caixinha mágica desde miúdo. pedro.vendeira@atelevisao.com