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Estreia de «Ao Encontro de Plutão» no NGC

Pedro Vendeira
5 min leitura

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A quatro mil milhões de quilómetros de distância, um engenho espacial do tamanho de um piano está a ganhar velocidade através do sistema solar atingindo cerca de 1500 quilómetros por minuto. Após mais de nove anos «perdida» no espaço, a sonda New Horizons está prestes a completar a sua missão e o NGC vai estar lá para registar o acontecimento.

O NGC junta-se a cientistas de topo no Johns Hopkins Applied Physics Laboratory em conjunto com a NASA numa jornada histórica à fronteira do nosso sistema solar com o objetivo de capturar as primeiras imagens em boa resolução e os primeiros dados registados acerca de Plutão – um planeta «anão» tão misterioso que nem as poderosas lentes do Hubble Telescope nos podem dizer como é que realmente é. Este pequeno planeta pode guardar a chave para abrir e desvendar os mistérios da nossa galáxia e o mundo anseia para que a sonda New Horizons complete finalmente a sua missão no dia agendado.

Com estreia a 14 de julho, às 22h10, Ao Encontro de Plutão vai dar um olhar mais detalhado do ambicioso projeto, desde o seu início, acabando nas horas finais de uma jornada de mais de nove anos, que custou 700 milhões de dólares e que percorreu quatro mil milhões de quilómetros. Este documentário especial é apresentado por Jason Silva conhecido pela série documental do NGC, Brain Games: Teste o Seu Cérebro.

«Se me viu em programas como o Brain Games: Teste o seu Cérebro, sabe o quão eu fico entusiasmado com as maravilhas do universo e com o poder da tecnologia», diz Silva. «Estamos prestes a fazer descobertas profundas acerca do último bem imobiliário do nosso sistema solar».

Em 2006, a sonda New Horizons descolou num foguetão de Cape Canaveral, na Flórida, para começar a sua viagem de mais de quatro mil milhões de quilómetros. Navegando no espaço mais rápido que qualquer outro objeto criado pelo homem, a New Horizons alcançou grande velocidade em Marte, passou pelos gigantes constituídos por gases como Júpiter e seguiu rumo ao seu rendez-vous final com um «objeto» não maior que o Alasca – Plutão.

A 14 de julho de 2015, quando a sonda chegar ao seu destino, irá passar pelo planeta anão a cerca de 14 quilómetros por minuto sem ter qualquer oportunidade de parar. O voo principal pelo planeta irá durar menos de duas horas, criando uma janela bastante pequena para a sonda fotografar Plutão, mapear a superfície, analisar a sua atmosfera e examinar a geologia da superfície. À velocidade que a New Horizons viaja, o mais pequeno erro de cálculo poderá levar a catastróficas consequências. Mas a equipa de cientistas está confiante.

O líder da missão, Dr. Alan Stern, veterano que já liderou 24 missões da NASA e que foi entrevistado para este especial, comenta: «As pessoas nesta equipa já dedicaram as suas carreiras profissionais a esta missão. Quando se dispensa tanto tempo e esforço num só projeto, o entusiasmo é imensurável quando se está quase à porta de entrada de Plutão».

Os sinais que viajam é velocidade da luz entre a sonda e a equipa na terra levam quatro horas e meia a fazer os mais de quatro mil milhões de quilómetros, o que quer dizer que depois de anos de uma meticulosa preparação, a New Horizons vai estar a desempenhar a sua última diretiva enquanto os seus criadores terão de esperar, às cegas, pelos resultados.

À medida que a New Horizons emite os dados para a terra, o apresentador Jason Silva vai ajudar os espectadores a digerir tudo o que está a acontecer ao desvendar a ciência por detrás da missão e ao explicar as origens do nosso fascínio por Plutão. Quando descobrimos Plutão pela primeira vez? Porque é que Walt Disney se sentiu tão inspirado pelo planeta que até deu o seu nome a uma das personagens animadas mais famosas (Pluto)? Porque é que a International Astronomical Union decidiu retirar Plutão do seu status de planeta e porque é que as pessoas ficaram incomodadas com esta decisão?

Apesar do resultado e do sucesso geral da missão na New Horizons ainda não ser conhecido, Ao Encontro de Plutão presta homenagem a um dos mais ambiciosos e acarinhados projetos da NASA até à data e celebra a existência do planeta anão.

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Amante da tecnologia e apaixonado pela caixinha mágica desde miúdo. pedro.vendeira@atelevisao.com