Esta reforma, que passa a conferir ao Governo o poder de esco-lha do presidente da televisão pública, originou já vários protestos por parte da Oposição e dos sindicatos de jornalistas. Dominique Paradalie, delegada sindical da France 2, canal que tem uma paralisação agendada para amanhã, afirmou que “a ameaça está em dois pontos, na garantia do pluralismo, já que o nosso director-presidente pode ser nomeado ou demitido em 30 minutos, mas também no nosso orçamento, que será definido pelo Governo podendo ser aumentado ou reduzido de acordo com a passividade da programação”. Face às críticas, a ministra da Cultura Christine Albanel alegou que “a supressão da publicidade é necessária” vindo dar ao serviço público de informação um carácter cultural que o diferencie das emissoras privadas.
O aval do Parlamento só será possível a partir de amanhã devido a dificuldades criadas pela Oposição. Apesar disso, a reforma já está em vigor, resultado da proposta do director-presidente da televisão estatal, Patrick de Carolis, ao seu Conselho de Administração para assegurar, de forma voluntária, do grupo, o cumprimento do prazo de transição avançado pelo Governo francês.