fbpx

Iasmim Lira emociona-se ao recordar palavras da avó: “Lembro-me de ela me dizer coisas horríveis”

Iasmim Lira falou ainda sobre o pai, que já não vê "há muitos anos".

Ana Ramos
6 min leitura
TVI

Iasmim Lira foi expulsa na última gala do “Big Brother” e esteve, esta quinta-feira, à conversa com Manuel Luís Goucha, na TVI, sobre a sua ligação à avó materna e ao pai.

A mãe e o padrasto da ex-concorrente separaram-se a dada altura e, anos mais tarde, Iasmim Lira veio viver para Portugal com a mãe e a avó materna, mas a convivência não correu bem.

“Eu sempre soube que a minha avó nunca gostou tanto de mim como por exemplo gostava dos meus outros irmãos e eu nunca entendia o porquê”, lembrou Iasmim Lira, explicando que era, possivelmente, pelo que se passou entre a sua mãe e o seu progenitor.

“Lembro-me de estar com ela e de ela me dizer coisas horríveis e de eu dizer: ‘Porquê que eu tenho de ter uma avó que me trata dessa forma?’. Nunca lhe fiz nada, sempre a tratei bem”, contou Iasmim Lira, emocionando-se e referindo que esse assunto ainda mexe consigo hoje em dia.

“Eu olho para as avós das outras pessoas e olho para as avós dos filmes e eu pergunto: ‘Porquê que eu também não posso ter uma avó assim?’. Porque era, com a minha irmã, é tão querida e com os meus irmãos também e comigo não”, continuou Iasmim Lira.

Atualmente, Iasmim Lira não tem “muito contacto” com a avó e referiu não ter “coragem” para confrontá-la com os motivos para tratá-la dessa maneira: “Depois disso, já estivemos presentes uma com a outra, estive presente em casa dela e ela também nunca me chamou para dizer ‘olha, desculpa se te magoei’. Portanto, acho que tem de ser muito iniciativa da parte dela, porque não fui eu que lhe fiz mal. Eu só ouvia as palavras que ela dizia”.

Questionada por Manuel Luís Goucha, Iasmim Lira afirmou que não procura ter agora uma conversa com a avó por ter “medo de ouvir as coisas que ouvia naquela altura”: “Eu acho que ela, simplesmente, não gosta e isso não vai mudar. Foram muitos anos a ouvir o que eu ouvi, a ser tratada como ela me tratou e de pessoas assim eu prefiro distância”.

Aos 16 anos, Iasmim Lira não aguentou mais e saiu de casa, indo viver com uma tia: “Vai custar-me deixar-te aqui com a Maria, que é a minha irmã mais nova, mas eu preciso de sair de casa. Eu estou farta de estar aqui”.

Contudo, Iasmim Lira, que na altura estudava, acabou por “ficar muito sozinha”: “Era uma tia que ela não ficava muito em casa, ela tinha a vida dela, ia trabalhar e eu acabava por ficar muito sozinha. Às vezes, ia visitar a minha mãe e a minha irmã, mas acabava maioritariamente por ter o meu tempo muito solitária”.

“Aquilo foi-me deixando muito em baixo, porque, entretanto, o meu pai e os meus irmãos estavam todos no Brasil… A minha mãe estava aqui com a minha irmã, mas eu passava os dias e olhava à minha volta e a família unida que eu sempre gostei de ter eu não tinha”, acrescentou Iasmim Lira.

Durante a conversa, Iasmim Lira falou ainda sobre o padrasto, que considera como pai: “É uma pessoa incrível. Ele esteve, para mim, muito presente sempre. É uma pessoa que sempre está ali para nós. Mesmo estando longe, ele está sempre muito presente, não fisicamente, mas liga-nos, quer saber como estamos”. A ex-concorrente não conteve a emoção: “Já não o vejo há muitos anos”.

“Tenho memórias muito boas com o meu pai”, sublinhou Iasmim Lira, comentando que o pai é “uma pessoa incrível”.

Quando a mãe e o padrasto se separaram, Iasmim Lira e os irmãos ficaram no Brasil: “Nós, por sermos filhas mulheres, também acho que foi um bocado complicado para ele lidar com aquilo tudo. Éramos quatro filhos numa casa com um pai. Eu e a minha irmã mais velha e, depois, tenho mais dois irmãos que são meninos”.

Sobre o seu progenitor, Iasmim Lira contou que “nem sequer queria conhecê-lo”: “Os meus pais meio que me incentivaram a fazê-lo para que, um dia mais tarde, quando eu crescesse, pudesse olhar para trás e dizer ‘ok, os meus pais deram-me oportunidade de eu conhecer o meu progenitor’”.

“Na altura, eu fui ter com ele, conheci-o, não quis muito trocar palavras com ele. Passávamos na rua um pelo outro e era uma pessoa com quem eu não tinha contacto. Como eu cresci sem ele, é uma pessoas que é mesmo indiferente para mim”, comentou Iasmim Lira, referindo, contudo, que não lhe deseja mal.

Veja aqui e aqui uma parte da conversa.

Relacionado: