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A Reportagem – «Dancin’ Days», o remake

A Televisão
15 min leitura

A Reportagem Dancin Days A Reportagem - «Dancin' Days», O RemakeChega hoje à noite a próxima novela portuguesa da estação de Carnaxide. «Dancin’ Days», a segunda novela coproduzida pela SIC e TV Globo (levada a cabo pela SP Televisão), é o remake da produção brasileira com o mesmo nome, um sucesso dos finais dos anos 70 e que brilhou além-fronteiras. Joana Santos, Soraia Chaves, Albano Jerónimo e Joana Ribeiro são os atores que desempenham os principais papéis desta produção escrita por Pedro Lopes. Hoje, dia 4, após o «Jornal da Noite», estreia a novela onde «Vale a pena sonhar».

A escolha do remake

«Laços de Sangue» foi a primeira novela coproduzida pela SIC e pela TV Globo (levada a cabo pela SP Televisão). No contrato celebrado entre as duas estações, previa-se a produção de duas novelas portuguesas, sendo uma delas um remake de uma novela brasileira.

Dancin Days A Reportagem - «Dancin' Days», O RemakeAntes de a SIC confirmar qual era a produção brasileira escolhida, a imprensa avançou com alguns nomes, tais como «Tieta», «Roque Santeiro» e «Rainha da Sucata». E foi em agosto do ano passado que, pela primeira vez, surgiu a informação de que seria «Dancin’ Days» a novela escolhida, quando uma fonte da SP Televisão o disse à revista TV 7 Dias, acrescentando que «A escolha foi feita entre várias hipóteses, mas achou-se por bem dar destaque a esta novela, que fez um enorme sucesso no Brasil, em 1978. Temos a certeza que em Portugal também vai fazer furor».

Em setembro do ano passado a SIC, em conferência de imprensa, veio confirmar a escolha de «Dancin’ Days» para ser feito o remake. Nesse dia anunciou também que a heroína da história seria interpretada por Joana Santos, que na altura ainda estava no ar como a vilã «Diana» de «Laços de Sangue».

 

A versão original

«Dancin’ Days», de Gilberto Braga, estreou no Brasil a 10 de julho de 1978 e terminou a 27 de janeiro de 1979 (chegou a Portugal em 1979, pela RTP). Sónia Braga (conhecida em Portugal pelo seu papel em «Gabriela») deu vida à heroína «Júlia» e Joana Fomm ficou com o papel da sua irmã «Yolanda»; Glória Pires desempenhou a «Marisa» (filha da «Júlia» e disputada por esta e pela irmã), o seu primeiro papel marcante nas telenovelas.

Para o título da novela, Gilberto usou o nome da famosa boate de Nelson Motta, a Frenetic Dancing Days Discothèque, mantida pelo produtor musical durante quatro meses de 1976, no recém-inaugurado Shopping da Gávea (Rio de Janeiro). Com o sucesso da novela, Nelson Motta reabriu a sua discoteca em 1978 (mudando-a para o alto do Morro da Urca).

Sónia Braga, no papel de «Júlia», ditou a moda com as suas roupas de cetim e meias soquetes de lurex. As meias eram quase fluorescentes, listradas, coloridas e a «Júlia» usava-as com sandálias de tiras e salto alto.

Mas não foi só na moda que «Dancin’ Days» marcou; a novela acabaria também por espalhar discotecas pelo país. A própria banda sonora internacional vendeu quase um milhão de cópias (batendo o record anterior que era da banda sonora nacional de «Estúpido Cupido», com músicas dos anos 60).

A novela foi apresentada em cerca de 40 países, entre eles a Argélia, a Bélgica, a Bolívia, a China, a Colômbia, a Espanha, a França, a Polônia, em Portugal e no Uruguai. Foi, em 1986, a primeira novela brasileira a ser exibida no México, país com tradição na produção de novelas; a história foi apresentada pela Televisa, uma das principais exportadoras de telenovela para o mercado internacional.

Da moda à música, passando pelo enredo, a novela veio a tornar-se num dos maiores sucessos da história da televisão brasileira.

 

A versão Lusa

Em 1998 a TV Globo cogitou a possibilidade de fazer o remake de «Dancin’ Days», querendo, na altura, que Sónia Braga desse vida a «Yolanda» (irmã de «Júlia», papel que fez na versão original). A atriz disse que só faria uma participação especial e que interpretaria o papel da carcereira de «Júlia» (quando esta é presa, logo no início da novela). O projeto acabou por ser engavetado pela Globo e ali ficou durante 13 anos, até a SIC anunciar que faria o remake da novela.

«Dancin’ Days», na SIC, mais do que um remake, será uma adaptação da novela aos tempos modernos e à realidade portuguesa; temas do dia-a-dia, como o desemprego ou a crise económica, estarão presentes na novela. Esta produção pretende ser bem portuguesa, tal como garantiu Guilherme Bokel, responsável da TV Globo, ao A Televisão: «Há muitas diferenças. Primeiro porque a novela original deu-se em 1978 no Brasil. Agora Dancin Days 2 A Reportagem - «Dancin' Days», O Remakenós estamos trinta e cinco anos depois, portanto tivemos que atualizá-la, porque muitas coisas naquela época existiam e hoje não existem mais, como cartas, e-mails, telemóveis não existiam, eram telefones, essas coisas têm que ser atualizadas, é muito interessante de fazer e o facto de ter trazido para a sociedade portuguesa também é importante, é uma mudança muito grande, à ambientação da novela.». E, da versão original, manter-se-á o fio condutor, bem como o ambiente das discotecas e os núcleos (tendo muitas das personagens mudado de nome na nova versão); Pedro Lopes, autor da versão nacional, chegou a adiantar à revista Telenovelas que «Pretende-se preservar a história original ao máximo e vamos manter os núcleos.». Uma das principais alterações prende-se com uma aposta no núcleo cómico, adiantou ainda Guilherme Bokel ao A Televisão: «Temos um núcleo cómico muito forte que na novela original não existia, pois na época não se fazia. Hoje já fazemos. Mas para Portugal é muito importante neste momento, em que o país está a viver problemas tão graves, dar um refresco para a audiência ter um núcleo cómico forte. E aqui temos uns atores maravilhosos, personagens maravilhosas, muito bem desenhadas».

Nesta novela entram muitos atores que passaram por «Laços de Sangue», como é o caso de João Ricardo, Custódia Gallego, Ana Guiomar, Joana Seixas, Alexandre de Sousa ou até mesmo Joana Santos, a eterna vilã «Diana». E a par da primeira novela coproduzida pela SIC e TV Globo, em que alguns atores brasileiros atuaram na produção portuguesa, não está fora de questão que o mesmo se venha a repetir em «Dancin’ Days»: a TV Globo já pôs a hipótese das protagonistas (ou uma delas) da versão original virem a atuar no remake – Glória Pires, Sónia Braga e/ou Joana Fomm – e até Susana Vieira já se ofereceu para voltar a fazer uma participação especial. Também a par de «Laços de Sangue», que teve um autor brasileiro a supervisionar o texto da novela (Aguinaldo Silva), também «Dancin’ Days» o iria ter (como foi avançado quando a SIC anunciou o remake): curiosamente, seria Gilberto Braga, autor da versão original, que iria supervisionar o texto desta nova produção, mas problemas de saúde afastaram-no dessa missão.

 

Os protagonistas

«Dancin’ Days» é uma novela de estreias! A começar pela estreante Joana Ribeiro, a jovem de 19 anos de Leça da Joana Santos Joana Ribeiro Soraia Chaves Dancindays A Reportagem - «Dancin' Days», O RemakePalmeira, que vai dar vida a «Mariana» (filha de «Júlia» e criada por «Raquel»); este seu papel (que na versão original foi interpretado por Glória Pires) foi conquistado num casting que a SIC fez para jovens dos 14 aos 20 anos, onde compareceram mais de duas mil candidatas. Joana Ribeiro tem, assim, nesta novela, o seu primeiro papel na ficção.

Também Soraia Chaves, conhecida dos portugueses pelos seus papéis no cinema, vai ter agora a sua primeira personagem numa novela, como protagonista e que se manterá na produção do início ao fim. Anteriormente, a atriz que se estreou em «O Crime do Padre Amaro», só tinha feito duas participações especiais em novelas: um papel em «Jura» e outro em «Rosa Fogo». Agora a atriz, que em televisão estava mais habituada às séries, irá ser «Raquel» (papel que na versão original se chamava «Yolanda» e foi interpretada por Joana Fomm), a irmã de «Júlia», que criará a «Mariana».

Albano Jerónimo, afastado das novelas desde o remake de «Vila Faia» da RTP1 (2008), vai estrear-se na SIC nesta nova produção. O ator que, nos últimos anos, se tem dedicado, em televisão, às séries, vai ser «Duarte» em «Dancin’ Days» (papel que, na versão original, se chamava «Cacá» e era interpretado por António Fagundes), um homem que se apaixonará por «Júlia».

Um dos papéis com mais destaque é o de Joana Santos, a personagem «Júlia» (interpretada por Sónia Braga na versão original). A atriz, que se destacou em «Laços de Sangue» com a vilã «Diana» (chegou a ser premiada por este papel), já passou pela ficção da TVI e da RTP1. Joana Santos foi a primeira atriz confirmada no remake, ainda «Laços de Sangue» estava no ar.

 

O autor

A101 163615625977110042450521439 A Reportagem - «Dancin' Days», O RemakePedro Lopes é quem escreve a nova novela da SIC que substitui «Rosa Fogo» de Patrícia Müller. O autor, que nos últimos anos tem escrito para a RTP1 («Pai à Força», «Liberdade 21» ou «Cidade Despida») e SIC («Perfeito Coração», «Lua Vermelha» e «Laços de Sangue»), é também Diretor de Conteúdos da SP Televisão.

Em 2010 Pedro Lopes assinou a primeira coprodução entre a SIC e a TV Globo, «Laços de Sangue», produzida pela SP Televisão. É, assim, um dos responsáveis pela conquista do Emmy Internacional na categoria de Melhor Telenovela que aquela produção alcançou. Agora, Pedro Lopes irá escrever o remake de «Dancin’ Days», a segunda coprodução entre aquelas duas estações.

 

Sinopse

1996. A história começa na noite de passagem de ano quando duas irmãs, «Júlia» e «Raquel», à data com 18 e 24 anosDancin Days Logo Final A Reportagem - «Dancin' Days», O Remake, saem com um grupo de amigos para comemorar a entrada no novo ano. «Júlia acaba» por confidenciar que está grávida. Ao regressarem a casa de carro, «Raquel» atropela um homem. Numa reação de pânico, foge do local, contra a vontade de «Júlia», que insiste que têm de voltar para prestar auxílio, mas «Raquel» recusa fazê-lo porque esteve a beber. Durante esta discussão surge a polícia e «Júlia» acaba por assumir que era ela quem conduzia o carro quando atropelaram o homem. Mas o que «Júlia» não esperava é que a vítima acabasse por morrer no hospital, o que transforma o caso em homicídio e fuga. A coincidência do homem ser credor do pai de «Júlia» e «Raquel» agrava as suspeitas de crime premeditado, levando a que «Júlia» seja condenada a uma pena de prisão de 18 anos por homicídio qualificado.

Poucos meses depois de ser presa, «Júlia» dá à luz uma rapariga, «Mariana», que entrega à sua irmã para que esta a eduque até que saia da prisão, pedindo-lhe ainda que nunca conte à menina que a mãe está presa, mas sim que está em viagem pelo mundo. Nos primeiros meses, «Raquel» ainda visita a irmã todas as semanas, mas depois de casar com «Zé Maria» e depois de lhe ser diagnosticado um mioma no útero que a obriga a uma histerectomia vai-se afeiçoar a «Mariana». A juntar a tudo isto, a própria vontade de «Júlia» em não querer que a filha cresça a vê-la na prisão, leva «Raquel» a desligar-se por completo de «Júlia», abandonando-a à sua sorte.

«Júlia» acaba por sair em liberdade condicional ao fim de cumpridos 16 anos de prisão e o inevitável confronto com a irmã acontece, com «Raquel» conseguindo manter «Júlia» afastada de «Mariana». É nesta fase conturbada da sua vida que «Júlia» conhece «Duarte», um diplomata desiludido acabado de chegar de Bruxelas.

Para «Júlia», a vida passa a ter um só objetivo: aproximar-se da filha, criando condições para lhe contar tudo o que se passou sem que esta a rejeite.

Conheça os núcleos, personagens e respetivos perfis aqui e conheça o 1º episódio (com fotos) aqui.


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