A nova novela portuguesa da SIC, escrita por Manuel Arouca, começou no dia 1 deste mês. Com dificuldade em se impôr em relação às novelas da TVI, a novela, que trás vários temas actuais, promete abordar situações que andam na ordem do dia. E isso acontecerá já esta semana.
Cerca de 30% de share a novela da SIC da novela da TVI. Enquanto que “Podia Acabar o Mundo” atinge 15% de share, “Feitiço de Amor” e “Olhos nos Olhos” chegam aos 45% (valores aproximados).
“O feedback que tenho tido sobre Podia Acabar o Mundo tem sido muito positivo”, diz o autor, Manuel Arouca, ao jornal “Diário de NotÃcias”. Em relação à receptividade da história por parte do público, o autor diz que “Há que ter paciência… Estamos a acreditar no produto. Temos a esperança e a convicção de que a telenovela ainda vai agarrar mais os espectadores. Temos uma telenovela forte, diferente…”.
Quanto à s baixas audiências, o autor da novela diz que “Eu não tenho acesso a esse tipo de análise. A única coisa que posso dizer é que, como em todas as coisas, as dificuldades se ultrapassam com muito trabalho”, realçando que “Uma telenovela é o trabalho de uma grande equipa, que envolve direcção de programas, produção, actores, técnicos… Trabalhamos sempre, independentemente dos resultados.”.
Mas, para inverter esta situação, vai-se apostar na actualidade, com situações reais que sejam muito presentes. “Desde o inÃcio que existe uma estratégia montada. As histórias vão ficar cada vez mais fortes”, explicou Manuel Arouca. “Neste momento existe uma diferença de 20 episódios entre a escrita e a transmissão. Ainda esta semana vai ser falada a questão dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo e o jogo Portugal-Suécia, por exemplo. Haverá mais actualidade na telenovela. Mas esta era uma estratégia que estava montada desde o inÃcio”, acrescenta.
Apesar das audiências, Manuel Arouca não está desiludido com o resultado final. “Estamos muito contentes com a qualidade do produto. Tenho pena que a comunicação social não faça uma crÃtica à s telenovelas, como já se fez. Gostava de ver os media a analisar a qualidade da ficção que se faz…”, conclui.