A série portuguesa da SIC, que recria o lado mais Ãntimo do ditador português, terminou ontem as gravações. A série ainda não tem data de estreia.
A última cena gravada desta série foi o atentado de bomba feito em 1937 que, por questões de centÃmetros, não matou Salazar quando este saÃa do seu carro. A cena foi recriada ontem em Lisboa.
Diogo Morgado, que interpreta o “Salazar”, confessa o jornal “Diário de NotÃcias” que “Este é o papel de maior responsabilidade que fiz até hoje, não só a nÃvel histórico, mas por representar um pessoa que não foi comum, que teve um percurso peculiar. E por ter sido tão marcante na história portuguesa.” e ainda acrescenta que “Houve coisas difÃceis de compor. A nÃvel emocional, é uma personagem muito fria. Isso deu-me uma certa liberdade, porque a emotividade tende o ser o que é mais difÃcil para um actor interpretar. Ele era uma pessoa muito inteligente, e como tal lidava com os sentimentos de forma muito racional”.
Todos os dias, enquanto que Diogo Morgado interpretou “Salazar” numa fase envelhecida, a cadeira de caracterização era o local onde o actor ficava três horas sentado. Segundo Diogo, este acto era “penoso” pois «a pele da cara era esticada, a maquilhagem para o envelhecer aplicada, e “o cabelo levava uma massa para ficar com aspecto de careca, para depois ser aplicada a peruca”, explicou.».
A minissérie que foi concluÃda ontem, onde a Rua do Jau ganhou uma vida diferente por lá ter sido recriado o atentado bombista. «Para tentar recriar o atentado anarquista de 4 de Julho de 1937, que correu durante a Guerra Civil Espanhola, uma equipa especialista em explosivos foi responsável por reproduzir, de forma controlada, a tentativa de atentado.», diz o jornal. Em 1937, Salazar sobreviveu pois o carro onde se deslocava não parou no local onde os autores do atentado planearam.
Diogo Morgado ainda destaca a importância desta série para os portugueses, dizendo que “Espero que as pessoas fiquem a saber mais, porque estão reunidos um conjunto de pormenores que a maioria das pessoas desconhece”.