O Presidente da República marcou presença nas cerimónias fúnebres do ator, que se realizaram durante a tarde desta terça-feira no hipódromo de Cascais. À saÃda, o chefe de estado pronunciou-se sobre o trágico desaparecimento.
“Eu pude privar com ele mais de perto, mas os milhões que privaram com ele à distância não esquecem e agradecem. Muita saudade, uma saudade infinita e, ao mesmo tempo, feita de solidariedade”, começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa.
“Todos os portugueses sofreram, naturalmente, neste perÃodo de confinamento, de problemas de consciência, de reflexões, de aparências muito simples e de fundos de alma muito complicados, mas não têm a noção do que isso foi no mundo da cultura e no mundo do espetáculo, que parou completamente. Parou. Parou com a vida das pessoas, virou-as para dentro, para os seus problemas, e isso criou situações que eram imprevisÃveis e incompreensÃveis”, acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa quis recordar, ainda, as “memórias felizes” que guarda do artista. “Ele era o retrato da vida, o retrato da felicidade. Nunca o vi infeliz. Essa é a grande memória que eu tenho dele”, rematou.
O retrato da felicidade que mostrava exteriormente, mas que por dentro se encontrava em profundo sofrimento. A viagem para o Céu deu-se no passado sábado, 20 de junho. Iniciou-a na praia, aquele que era um dos seus locais favoritos e onde, tantas vezes, se deixou fotografar na companhia da mulher, Anna Westerlund, e dos cinco filhos.
