Ricardo Martins Pereira anunciou esta sexta-feira, que se irĂĄ candidatar Ă presidĂȘncia do Benfica. O responsĂĄvel pelo blogue ‘O Arrumadinho’ explicou os motivos que o levam a avançar com a candidatura.
“O ataque ocorrido ao autocarro da equipa de futebol, mas sobretudo Ă s residĂȘncias particulares onde vivem jogadores e o treinador do Benfica foram, para mim, o ponto sem retorno que me fez decidir-me por uma candidatura Ă PresidĂȘncia do Sport Lisboa e Benfica”, começou por escrever nas redes sociais o marido de Ana Garcia Martins.
“NĂŁo me candidato por nenhuma outra razĂŁo que nĂŁo seja a de tentar devolver ao Benfica a dignidade desportiva e institucional que um clube de topo mundial deve ter. Os grandes clubes e as grandes instituiçÔes nĂŁo valem apenas aquilo que os museus de trofĂ©us dizem que elas valem. Os grandes clubes e as grandes instituiçÔes devem ser, acima de tudo, motores de desenvolvimento de uma sociedade mais justa, equilibrada, sĂ©ria, honesta. Ao Sport Lisboa e Benfica tĂȘm sobrado tĂtulos desportivos, que eu, como adepto e sĂłcio, muito agradeço mas tem faltado a seriedade, credibilidade e honestidade fora do campo, o que a mim, como adepto e sĂłcio, muito me envergonha e entristece. Ă sobretudo isto, embora nĂŁo sĂł isto, que me move neste momento e que me faz tomar a decisĂŁo de avançar para uma candidatura Ă PresidĂȘncia do meu clube. Mas hĂĄ mais. Um candidato Ă presidĂȘncia de um clube nĂŁo tem de ser alguĂ©m que se opĂ”e a tudo o que a atual direção do clube tem feito. Seria absurdo que assim fosse. Muito do trabalho do nosso atual Presidente, LuĂs Filipe Vieira, e da sua equipa, tem sido bem feito e tem trazido excelentes resultados desportivos e tambĂ©m financeiros ao Sport Lisboa e Benfica”, acrescentou.
Ricardo Martins Pereira revela alguns dos pontos que sĂŁo necessĂĄrios mudar.
“Mas as vitĂłrias, os sucessos e as coisas bem feitas nĂŁo nos podem cegar, nĂŁo nos podem impedir de olhar para os muitos problemas que subsistem, crescem e para os quais nĂŁo se vĂȘ, por parte da atual direção, um caminho, uma solução pensada. Pior. Esses problemas nĂŁo sĂŁo sequer trazidos a discussĂŁo, sĂŁo escondidos, retirados da agenda, tratados apenas pelos sĂłcios, adeptos e simpatizantes em conversas de cafĂ©. NĂŁo pode, e sobretudo nĂŁo deve ser assim. O Benfica tem de ser muito maior fora dos campos do que tem sido, sobretudo nos Ășltimos anos. E ser maior fora do campo nĂŁo significa mandar “nos bastidores” do futebol, significa ser a locomotiva da mudança”, rematou.