O internamento de Ângelo Rodrigues levou a que muitos tentassem perceber o motivo para que o ator vivesse obcecado com a sua imagem e o seu corpo.
Recuando no tempo é possível perceber que, durante muitos anos, o ator que deu os seus primeiros passos em ‘Doce Fugitiva’ foi vítima de bullying na escola.
Foi à Notícias TV que o ator admitiu que, quando era mais novo, sofria por causa da sua imagem, confessando que não gostava de se ver ao espelho. “era muito magro, não gostava de me ver ao espelho. Era gozado na escola e já fui vítima de bullying”.
Terá sido o gozo de que foi vítima que ajudou a moldar a sua personalidade: fechada, tímida e insegura. “Depois comecei a crescer, a desenvolver a minha personalidade. Comecei a gostar mais de mim, comecei a ir ao ginásio e a gostar mais de me ver ao espelho. E o resto veio por arrasto”, disse na entrevista.
À Notícias TV referiu também que “foi no início da adolescência e foi algo que me marcou. Essas coisas não se explicam bem. Aconteceu, nem sempre existe uma explicação lógica para o bullying. Mas geralmente tem que ver com as minorias. São as pessoas mais magras, ou os que usam óculos, os que primam pela diferença”.
“Ia ser muito hipócrita se dissesse que não [que a imagem não contou], se dissesse que apenas o meu talento é que me fez chegar onde estou hoje. Infelizmente, vivemos numa indústria em que a ditadura da imagem é cada vez maior. No entanto, quero acreditar que isto é uma coisa cíclica. Acho que a minha indústria já viveu mais essa ditadura, espero que esteja a mudar”, acrescentou ainda na conversa tida com a referida publicação.
Numa outra entrevista, o ator considerou que “era subnutrido até aos 20 anos” e desafiou a que comparassem o Ângelo da altura dos ‘Morangos Com Açúcar’ e o da atualidade.
Foi no Brasil, durante o tempo em que esteve em formação, que se apaixonou pelo exercício físico, tendo sido acompanhado em todos os treinos por um personal trainer, que cimentou o culto da imagem ao ator.
Ângelo Rodrigues também revelou, em entrevista a Daniel Oliveira, que durante muito tempo foi um “azarado emocionalmente” com as suas paixões, tendo o amor chegado apenas na sua vida adulta.
