De regresso a Madrid, a capital espanhola, Cristiano Ronaldo aceitou dar uma entrevista ao jornal espanhol ‘El PaÃs’. Falou sobretudo da forma como encara o estrelato.
CR7 diz que sente que o mundo está sempre pronto para lhe apontar o dedo, mas que há muitos anos que se preparou para ultrapassar isso: “Sei que há pessoas que estão com uma espingarda esperando que Cris falhe um penalti, ou que fracasse num jogo crucial. Mas isso faz parte da vida e tens de estar preparado”.
Diz que vê o futebol como uma missão que consiste em “ir para o campo, ganhar, ser melhor”, mas admite que sente uma pressão adicional: “As pessoas estão sempre a julgar: Já está acabado. Tem 33, 34 ou 35 anos, já deveria deixar de jogar”. Cristiano explica que ganha forças para continuar, na vontade de surpreender tudo e todos.
O craque refere ainda que se aborrece por ter de de provar, ano após ano, o que vale. “É difÃcil. Tens o que tens e ainda mais essa pressão adicional de ter de demostrar à s pessoas, não só a ti. Até à s pessoas que estão à tua volta. A tua famÃlia, a tua mãe o teu filho (…) Isso faz-te mais ativo. Tens de estar sempre a treinar , mas há um momento em que dizes: Deixem-me”.
Questionado sobre se acha que as pessoas o veem como um robot, Cristiano responde que não acredita, mas que acha que o vêem “como uma pessoa que nunca pode ter um problema, nunca pode estar triste, nunca pode ter preocupações”. O internacional português vai mais longe e acusa as pessoas de associarem dinheiro à falta de problemas: “Como é que Cristiano pode estar triste ou estar mais em baixo se tem milhões!?”, diz o jogador tentando reproduzir a ideia da sociedade.
