Depois de Os Perfeitos 2, Paulo Soares apresenta em 2016 O Círculo. Aos 19 anos, o jovem realizador, que estuda Cinema, Vídeo e Comunicação Multimédia na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, concretizou mais um sonho ao ver o seu filme projetado numa sala de cinema. A antestreia do novo projeto decorreu nos NOS Alvaláxia, em Lisboa.
Cinco amigos e muita magia negra é o mote deste filme repleto de efeitos especiais. Ao A Televisão, Paulo explicou o motivo que o levou a apostar uma vez mais no mundo do «fantástico». «Quando estou a ver um filme gosto de ser transportado para outros universos. O “fantástico” é o que sempre me atraiu». Coube ao jovem realizador escrever, produzir, filmar e editar O Círculo, tudo sozinho e só com uma câmara atrás. «Eu ando sempre à procura de uma equipa, de alguém que me queira ajudar, mas como é um projeto não renumerado, torna-se difícil. Tenho duas opções: ou desisto, ou faço tudo sozinho. No entanto, este ano tive a ajuda preciosa de dois amigos do meu curso de Cinema durante as filmagens, que já foi fantástica.»
Dada a disponibilidade dos atores, que pertencem ao grupo de amigos de Paulo Soares, as gravações tiveram que acontecer num curto espaço de tempo. No verão de 2015, em apenas dez dias, com alguma pressão à mistura, mas sempre com um ambiente de entreajuda, as filmagens ficaram finalizadas. Seguiram-se quatro meses de uma dura e intensiva edição. «Nunca me orgulhei tanto de outro projeto como este. O Círculo deixou-me muito orgulhoso de mim próprio», disse o realizador. Para Paulo, fazer a antestreia do seu filme numa sala de cinema foi o realizar de um sonho. «Não é todos os dias que tenho o privilégio de ver um trabalho meu exibido num espaço daqueles». No dia 24 de janeiro, O Círculo teve sala cheia, com 350 lugares ocupados.
Já a estreia, que aconteceu uma semana mais tarde no YouTube, chegou rapidamente às três mil visualizações em apenas dois dias. «Foi algo que eu não estava à espera. Apanhou-me completamente de surpresa.» Feliz com o resultado final, o mais jovem realizador português já tem planos para o futuro e promete não baixar os braços. «Tenho muitas ideias, muita vontade de fazer. Não vou parar», promete.
