Trabalhador incansável, grande amigo e colega do humorista João Paulo Rodrigues, Pedro Alves, de 38 anos, é apontado como o «comediante do momento». Conhecido pela sua participação em Telerural na estação pública, conseguiu a façanha de integrar, este ano, três canais diferentes: RTP1, TVI e +TVI. Em entrevista ao A Televisão, Pedro comenta agora toda esta «azáfama» que tem vivido nos últimos tempos e afirma com convicção: «Nunca fiz as coisas com o intuito de ser reconhecido». Uma conversa a não perder, já de seguida…
[quote]Viver do improviso não é uma tarefa para mim[/quote]
A Televisão – Este ano, o Pedro esteve em três canais na mesma altura: Feitos ao Bife (RTP1), Não Há Bela Sem João (TVI) e Wipeout (+TVI). Sente que o seu talento está a ser reconhecido?
Pedro Alves – Como sempre, na minha vida profissional, nunca fiz as coisas com esse intuito. Mas é natural que fique muito feliz por esse reconhecimento e saber que as coisas estão a correr bem profissionalmente.
A dupla João Paulo Rodrigues/Pedro Alves pode estar em risco de terminar?
A dupla está mais forte do que nunca. Aguardem por notÃcias ainda este ano!
Como é trabalhar com o João Paulo Rodrigues?
É uma relação que dura há 14 anos e, basicamente, é trabalhar com um dos meus melhores amigos. Partilhamos muitos quilómetros de estrada há muitos anos, onde partilhamos tanto tristezas como gargalhadas. Conseguimos discutir e chegar sempre a um consenso.
Em 2012, o seu colega começou a dar os primeiros passos na apresentação. Gostava de experimentar esta área?
Não faz parte dos meus planos futuros, mas não digo nunca a nada. Se surgisse essa oportunidade, teria de ser algo que eu gostasse de fazer (um formato que me interessasse e com o qual eu me identificaria).
Então e como é a tarefa de viver do improviso (algo imprescindÃvel na sua profissão)?
Não é uma tarefa! Para mim até funciona como algo terapêutico. Posso estar maldisposto ou doente, contudo, a meio de um espetáculo já não me lembro de nada disso. Gosto muito da profissão que tenho e, por isso, não é uma tarefa.
Também é divertido em casa e com os amigos?
Nem sempre, e às vezes é ao contrário que funciona. Os meus amigos também são a minha inspiração e, nos momentos em que estamos juntos, prefiro observar e tirar partido disso.
Como correu o desafio de ser concorrente no programa de talentos da RTP1 – Feitos ao Bife?
Correu muito bem! Foi o primeiro programa de televisão que participei como concorrente e acabou por ser um enorme desafio. Fui posto à prova em áreas que eu estava completamente desconfortável, assim como tive a oportunidade de mostrar à s pessoas que consigo fazer mais coisas – desde dançar, cantar, imitar…
O que é que lhe faltou fazer neste programa?
Acho que não ficou nada por fazer…
Já se vestiu de mulher, por exemplo para interpretar Madonna. É fácil para si «transformar-se» no sexo feminino?
É uma personagem como outra qualquer. E acho que o maior desafio é para o guarda-roupa e caracterização.
Qual o momento mais caricato que já viveu em palco?
Já foram tantos que não consigo enumerar um em especial…
E em televisão?
Alguns diretos que fizemos [eu e o João Paulo] na Praça da Alegria, na RTP1, nas praias de Portugal. Foram momentos muito caricatos.
Tem saudades do Telerural?
Claro que sim e, em particular, do Curral de Moinas.
É abordado com frequência na rua?
Sim, de vez em quando sou abordado. As pessoas costumam falar nos sketches mais marcantes ou mais engraçados e costumam pedir que conte uma anedota.
O que se vê a fazer daqui a 20 anos?
Exatamente o mesmo!
E que sonhos estão por concretizar?
O principal já o concretizei, que é ser pai. Tudo o resto vem por acréscimo.