A confusĂŁo permanece instalada no mercado audiovisual portuguĂȘs, separado por duas medidoras de audiĂȘncias aparentemente divergentes. Depois de terem abandonado o sistema audiomĂ©trico oficial e de avançarem com um regresso Ă Marktest, a TVI e a RTP veem-se agora pressionadas pelo mercado publicitĂĄrio a usarem a empresa alemĂŁ para poder vender publicidade. Isto porque os anunciantes, fazendo parte da ComissĂŁo de AnĂĄlise e Estudos de Meios, consideram e aceitam unicamente os nĂșmeros fornecidos pela GfK.
Numa notĂcia avançada pelo Correio da ManhĂŁ, foi possĂvel adiantar, por fontes prĂłximas do setor, que o abandono definitivo das duas estaçÔes da CAEM e do sistema de audiĂȘncias ainda nĂŁo aconteceu formalmente, revelando que dificilmente as agĂȘncias aceitarĂŁo dois modos de faturação, jĂĄ que, segundo Manuela Botelho – SecretĂĄria-Geral da APAN – «a faturação dos anunciantes tem sido sempre feita com os dados da GFK». AndrĂ© Marques, diretor da agĂȘncia de meios Carat complementa a informação e revela que «nĂŁo seria sustentĂĄvel (…) e que qualquer mĂ©trica (painel audiomĂ©trico) tem de estar validada por todos os intervenientes» da associação.
Assim, a TVI, que culpabilizou o painel em vigor em relação Ă perda de milhĂ”es de euros, e a RTP, utilizam por enquanto os nĂșmeros fornecidos pela GFK para trabalhar com as agĂȘncias e os anunciantes, podendo contornar a situação, ao confirmar a sua saĂda da associação, ainda que nĂŁo resolva os problemas de desacordo que assolam a comissĂŁo.