André Nunes, com «Doida Por Ti», regressou à TVI. E neste seu novo trabalho na ficção nacional, teve a missão de interpretar uma personagem que, visualmente, são duas: «Carlos» e «Carlota». Na nova novela da estação de Queluz de Baixo, o ator dá vida ao enfermeiro «Carlos» que, por sua vez, cria a personagem «Carlota» para assim conseguir arranjar um emprego.
«Só posso dizer que as mulheres sofrem muito», começa por dizer o ator à revista TV 7 Dias, acrescentando que «Quando ando vestido de mulher costumo dizer que a meio do dia já estou com a menstruação, e a menopausa é lá para as 06:00 da tarde, mas já começo a habituar-me». Os saltos altos não o chateiam porque não são muito altos, mas ainda assim «não sei como é que vocês, mulheres, não torcem o tornozelo», questiona. «Quando tenho de andar na calçada portuguesa é o pior, porque não está preparada para mulheres elegantes», diz à mesma publicação. E, entre revelações, conta que os colegas já lhe deram uma alcunha: «Dizem que pareço uma matrafona (risos). Tenho umas mãos enormes para serem de mulher e umas costas muito largas.», confidencia.
O ator assume que se está a divertir com este seu novo trabalho: «Claro que me estou a divertir, à parte da logística da personagem. Aliás, ao princípio quase me mutilava a fazer a barba, como qualquer mulher faz (risos). Depois, é preciso ter o cérebro sempre a pensar em várias coisas ao mesmo tempo, algo que consegui desenvolver – agora já consigo fazer duas coisas ao mesmo tempo, coisa que nós, homens, não somos capazes. Os collants também são muito agradáveis», conta. No início das gravações, André Nunes demorava cerca de uma hora a transformar-se em «Carlota», mas «Agora demoro uns 45 minutos. Às vezes acontece-me ir com os olhos pintados para casa porque a maquilhagem é muito difícil de tirar e há alturas em que as maquilhadoras já se foram embora e, então, vou assim… sempre serve para fortalecer o olhar.», contou.
