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Primeiras cenas de “Vitória”

A Televisão
3 min leitura

É na década de 70 que começa a novela “Vitória”, com a chegada do navio “Gil Eanes” que trás os retornados de África. Uma reconstituição de época que contou com mais de 200 figurantes.

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As primeiras cenas desta novela foram gravadas ontem, em Viana do Castelo, no cais desta cidade.

Tudo começa com a chegada do navio “Gil Eanes” ao cais, trazendo centenas de retonrados de África. Entre eles está “Alice” (Danae Magalhães) e “João Maria” (Juan Soutullo). O casal apaixonado acaba de chegar com um filhos nos braços, “Rodrigo”. Aqui são recebidos pelos pais de “Alice”, “Isabel” (Helena Ramos) e “Alberto” (Carlos Mendes). Mas o reencontro dá lugar à angústia, com o desaparecimento misterioso de “João Maria”. Mal põe o pé em Lisboa, “João Maria” é espancado e atirado ao rio, sem que a mulher saiba de nada. A felicidade do casal é abalada com o desejo de vingança de “Eduardo” (Marco Costa). E “Alice” fica desesperada.

Segundo conta Danae Magalhãe ao jornal “24 Horas”, “Esta é uma cena muito emotiva.” e mostra-se satisfeita por poder interpretá-la. “São estas cenas que me dão mais gozo, apesar de exigirem mais de mim psicologicamente.”, conta. “É muito interessante e vive uma grande responsabilidade”, acrescenta Juan Soutullo.

Para retratar o ano de 1975, época em que os retornados chegaram a Portugal, a produção fez uma intensa pesquisa e pensou em todos os detalhes para as gravações. No cais de Viana de Castelo, os mais de 200 figurantes estavam vestidos e penteados a rigor, estando também presentes os carros de época.

Em relação à importância que estas cenas iniciais têm na novela, José Martins, da direcção de actores, conta ao jornal “Diário de Notícias” que a novela “Passa-se na actualidade, mas tem muitas idas a um passado importante da nossa história, ou seja, a transição dos anos 70, nomeadamente um tema que nunca foi abordado em telenovela, o regresso dos retornados”.

Segundo conta Sofia Almeida, chefe de produção, ao jornal “Correio da Manhã”, “Esta novela vai provocar o debate e a atenção que são devidos às pessoas que viveram o drama da descolonização e que o Estado português procurou escamotear”. Convicta de que a novela vai emocionar os portugueses e sobretudo os que “viveram o drama de perder tudo mas venceram, assumindo-se os grandes impulsionadores da economia portuguesa”.

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