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Podia acabar a novela com um assassinato

Pedro Vendeira
3 min leitura

Ficção da SIC promete fim surpreendente. Actores tristes com exibição tardia

O JN esteve presente na recta final de gravações de “Podia acabar o mundo” que vai brindar os espectadores com aliciantes recheados de emoção. Eduardo é morto pelo mais insuspeito homicida. Talvez a novela corte a meta com audiências mais simpáticas.

A “Quinta dos Plátanos”, nos arredores de Alenquer, foi o palco das últimas cenas que poderão ser vistas, em breve, da produção da nacional da chancela SP Televisão para a SIC, tendo em conta a “décalage” de sensivelmente três semanas entre as filmagens e a exibição na antena de Carnaxide. Ao derradeiro desfecho, os jornalistas não tiveram acesso, fazendo um compasso de espera para poder assistir às precedentes, e não menos importantes, imagens que integram o capítulo final da saga.

O vilão Eduardo sucumbirá, após ter espalhado um rasto de actos hediondos por onde passava. Mas quem terá coragem para lhe colocar um terminus à vida? A própria mãe. Que nem clímax Shakesperiano, a única a não poupar quem nunca poupou ninguém foi quem o trouxe ao mundo. Aliás, a inspiração no dramaturgo é confessa. Virgílio Castelo, que dá corpo ao mau da fita, disse que a ideia brotou da obra “Macbeth”.

Aparentemente, Rodrigo (Diogo Morgado) e Vera (Joana Seixas) encerrarão as divergências conjugais, sendo que devem mesmo terminar enquanto casal feliz, contrariando o presumível sucesso da relação com Vitória, interpretada por Cláudia Vieira. A par desta actriz, que constituiu um trunfo para a novela, também Diana Chaves, outra jogada do director de Programas, Nuno Santos, foi como que usurpada à TVI. Ambas tinham contrato de exclusividade com Queluz. Paralelamente, foi Manuel Arouca, autor de guiões de êxito na concorrência, a assinar o argumento de “Podia acabar o mundo”.

Mas nem assim, a SIC conseguiu aproximar-se dos imbatíveis resultados da ficção nacional da estação dirigida por José Eduardo Moniz. Aos 19,3% de “share” (quota de público) da intriga da SIC, “Feitiço de Amor”, da TVI, contrapõe 40,5%.

Aliás, as fracas audiências foram apontadas pela sinceridade de uma criança. Afonso Lopes, que veste o pequeno João nesta novela, relacionou o facto de “Podia acabar o mundo” ter sido remetido para um horário tardio com os baixos valores obtidos.E até Virgílio Castelo, que também é responsável pela ficção da SIC, admitiu que “um actor gosta sempre de ver o seu trabalho a ir para o ar em ‘prime time'”. Contudo, um balanço positivo é consensual no núcleo da equipa.

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Amante da tecnologia e apaixonado pela caixinha mágica desde miúdo. pedro.vendeira@atelevisao.com