fbpx

Pedro Abrunhosa explica porque aceitou convite para o “Ídolos”

A Televisão
3 min leitura

Foi a grande surpresa do programa de talentos da SIC, que o canal e a Fremantle conseguiram manter escondida até à noite de apresentação à imprensa. Depois de recusar muitos convites, Pedro Abrunhosa aceitou finalmente participar num programa de caça talentos e, durante a conferência de imprensa, explicou as suas motivações para este Ídolos.

Questionado sobre os motivos que o levaram a aceitar o programa, o músico afirmou: “Isto é um programa de televisão, é entretenimento puro e eu estou aqui como músico e escritor de canções. Obviamente que o papel de jurado é complicado, porque se trata de julgar os outros. Eu nunca fui muito bom a fazê-lo, porque ao julgarmos os outros estamos a julgar mais do que a voz, estamos a julgar mais do que os sonhos e isso vai ser difícil para mim. Tenho medo de estar no caminho dos sonhos de muitos.”. O que podemos então esperar de Pedro Abrunhosa jurado? “Vou-me limitar a ouvir e a fazer aquilo que fiz durante muito tempo, enquanto professor, que é, dar a minha opinião modesta enquanto músico.”, admite o cantor.

Quanto aos motivos que o levaram a nunca ter aceite um convite do género, o intérprete justificou-se: “Recusei até hoje, linearmente, participar, porque acho que falta reportório, falta decididamente nós vermos que as pessoas que vêm as programas repetem indifinitivamente o mesmo reportório. Falta escrita e falta fomentar a escrita, da canção, da música, da letra, portanto ter uma boa voz não chega. Acho que dez milhões de portugueses têm uma boa voz e eu não serei um deles. Mas o mais complicado na indústria, é, não a forma como se afina, mas aquilo que se diz e a emoção com que se canta. Essa é a grande questão, e é por isso que, eventualmente, eu não vou procurar um rouxinol, mas sim alguém que cante com alma. Mas para cantar com alma é preciso estar por dentro da escrita e da forma mais teludica daquilo que é música.”

A finalizar e a propósito da sua carreira, Abrunhosa admitiu que “Eu não começaria numa situação destas. E acho que é este recado que se deve dar para casa, para quem vem a este tipo de castings. Isto pode ser uma forma de começar o sonho, mas não é a única forma. É preciso que invistam na sua própria formação  que não esperem por um programa destes e isto significa aprender, estudar, ouvir, cantar e seguramente cantar em grupos, começar nos bares, na estrada”, concluiu.

Siga-me:
Redactor.