Tem 32 anos, mas uma carreira já com alguns anos. Contudo, só agora dá vida à principal personagem de uma telenovela, o Diogo Montez de Rosa Fogo. Mas será que o ator nunca fora convidado a dar vida à personagem principal de uma trama portuguesa? A resposta é afirmativa e a justificação é dada em entrevista à Notícias TV desta semana:
“Nunca aceitei um protagonista. Houve convites. Os papéis protagonistas até hoje não tinham sumo suficiente para eu aprender como ator. E pensei: ‘Vou fazer um protagonista porquê? Porque me vai dar notoriedade e não reconhecimento? Fama? Ter mais campanhas publicitárias? Nunca me levaram a mal estas negas. Não vejo isto como um ato vanglorizador, mas sim como um gesto humilde”, explica.
E será desgastante dar vida a um vilão tão mau carácter? “Tem sido, antes, muito desafiante no sentido da relação que tenho com as outras personagens da novela. O Rogério Samora obriga-me a uma postura muito diferente da que tenho com a Cláudia Vieira, com o Ângelo Rodrigues, Andreia Dinis ou Sandra Barata Belo, por exemplo. São várias maneiras e posturas que tenho de assumir, diariamente. Todas elas acabam por não ser verdadeiras e isso é confuso na mentalidade humana”.
A terminar, José Fidalgo admitiu que sente a pressão e responsabilidade de estar a interpretar o primeiro protagonista da sua carreira: “Sim. A pressão que eu coloco. Digo aos meus amigos que estou encostado à parede e com uma faca nas costas (risos). Claro, sinto essa responsabilidade maior por já ter negado outros protagonistas e não pela necessidade de provar ao público que sou bom ou mau. Isso também me preocupa, mas passa-me um pouco ao lado. A prova é para mim mesmo”, concluiu.
