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Francisco Penim defende “Peso Pesado 3” já no início de 2012

A Televisão
3 min leitura

Depois de vários meses a escrever para o jornal Correio da Manhã, o antigo diretor de programas do canal de Carnaxide é agora um dos cronistas da renovada Notícias TV. E no seu Primeira Fila desta semana defende a aposta na terceira série de Peso Pesado já para o próximo ano.

Em maio, quando Peso Pesado começou a registar tão bons resultados de audiência para a SIC, foi natural a decisão de se produzir uma segunda temporada, hoje no ar. Mas muito mudou desde esse momento. Desde já, o aumento estrondoso do consumo de cabo como um todo que ultrapassou todos os canais generalistas, criando um contexto de resultados de audiência muito diferente daqui para a frente. Depois, porque a concorrência de Peso Pesado na TVI deixou de ser um indigente Perdidos na Tribo para se tornar num muito competitivo Casa dos Segredos. Finalmente, porque a SIC melhorou o conteúdo do programa: Bárbara Guimarães é mais eficaz do que Júlia Pinheiro (dedicando-se ao programa da manhã, que precisa desesperadamente de melhores dias), os novos gordos são melhores do que os primeiros, a nova personal trainer resulta melhor do que a antecessor, a produção técnica da Fremantle está mais cuidada e houve melhoramentos nos cenários, nos conteúdos e na edição de imagem. Peso Pesado tem mais vantagens de grelha ao ser mais barato do que uma novela, ao permitir programação cruzada de conteúdos e ao trazer públicos distintos para a antena. A dificuldade atual de Peso Pesado chama-se resultados de audiência quando comparados com os da primeira temporada: os programas diários têm menos seis pontos percentuais e o programa de domingo menos 9,5 pontos. Agora, em Outubro, a SIC tem de decidir se produz ou não a terceira temporada e para quando. No estrito âmbito do programador, a melhor decisão é avançar rápido em nome da competitividade face à concorrência. Uma terceira temporada de Peso Pesado na SIC contra um conteúdo diferente de Casa dos Segredos na TVI vai fazer melhores audiências, entregará mais público a Rosa Fogo que ainda não repetiu o sucesso de Laços de Sangue, criará melhor fidelidade junto dos telespetadores e melhorará a imagem da SIC – uma estação que, com o objetivo último de ser comercial, consegue promover a saúde, o exercício físico e a boa forma consegue ser melhor do que outra estação que, com objetivos indênticos, entretém.

Esta é a opinião de Francisco Penim. Resta saber se Luís Marques, Gabriela Sobral, Luís Proença e Júlia Pinheiro terão estes argumentos em consideração quando decidirem sobre a continuidade da versão nacional de The Biggest Loser.

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