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Fazer «Gabriela» foi «desafiador, estimulante e enriquecedor» para José Wilker

A Televisão
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José Wilker Fazer «Gabriela» Foi «Desafiador, Estimulante E Enriquecedor» Para José WilkerJosé Wilker foi um dos atores que entrou na primeira versão de «Gabriela» da TV Globo e, recentemente, no seu remake. Na produção da década de 70, deu vida a «Mundinho Falcão» e, na atual versão, que é exibida de segunda a sexta-feira na SIC, o ator interpreta o coronel «Jesuíno».

«O meu primeiro sentimento ao fazer “Gabriela” é que estou a revisitar um grande amigo, num período que foi muito feliz. Agora temos a hipótese de o reencontrar. Na primeira versão fiz o oposto, o “Mundinho Falcão”; digamos que o “Jesuíno” é a vanguarda do atraso. Foi desafiador, estimulante e enriquecedor», afirmou José Wilker à revista TV 7 Dias. O ator esteve em Portugal há 33 anos, quando «Gabriela» era um fenómeno de audiências no país, e revela que a receção foi esmagadora: «Eu estive em Portugal em 1979 e senti na pele o êxito de “Gabriela” na primeira apresentação. Era uma coisa assustadora! Para onde me virava havia uma “Gabriela” e um “Mundinho Falcão”, já que a novela representava um momento político tão difícil para nós e também para Portugal… era um género de líder da novidade. Quando soube que “Gabriela” ia ser reeditada nesta versão não tinha a noção que pudesse representar um êxito tão grande. Pensei que a força da primeira versão ofuscasse o êxito da segunda, mas Jorge Amado merece ser sempre revisitado. Na primeira versão tivemos um manifesto político, e nesta há uma aposta na diversão, mais no riso que no protesto.», confessou o ator.

O que tem variado entre as duas produções é a mensagem que ambas possuem: «É o sinal dos tempos. Lembro-me que nos anos 70 se falasse m**** era punido pela televisão e proibido pela censura. Num momento desta novela digo: “Deem-me licença que vou cag**”. Isso era absolutamente impossível naquela época, era uma ditadura idiota, mas efetiva. “Gabriela” conseguiu não passar a linha da sensualidade e enveredar na pornografia.», contou.

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