A responsável da produtora pela novela «Dancin’ Days» tem a seu cargo trinta mil euros para comprar todos os adereços dos seis meses de gravações. Segundo a revista Sábado, o seu gabinete nos estúdios da SP Televisão, onde são gravadas as cenas de interiores da novela, é uma espécie de «fábrica chinesa capaz de vender todos os objetos imaginados pelos argumentistas».
A coordenadora de adereços já está habituada a lidar com as exigências das celebridades. Inclusive, já teve de recusar vários pedidos de atores que queriam ter um iPhone no lugar dos telemóveis normais das suas personagens. Por exemplo, Ricardo Carriço, que vai fazer uma participação especial na novela, não quis usar uma pasta lhe que foi destinada. Preferiu levar a sua de casa, porque tinha uma alça maior e dava para usar ao ombro. Por outro lado, Miguel Costa, que interpreta uma personagem secundária que trabalha numa loja de música, achou indispensável que o seu ‘Ivo‘ tivesse um theremin, o instrumento de música mais antigo de sempre, com um valor algo elevado.
Brevemente, a loja de música de Ivo vai ser substituída por uma de lingerie. E, os sutiãs e cuecas que vão estar distribuídos nas prateleiras, têm todas a mesma etiqueta: Insónia. Esta foi uma marca inventada pela SP Televisão e desenhada em computador, sendo depois cosida à mao em cada peça por uma equipa de nove pessoas. Relativamente às revistas e jornais que as personagens costumam ler, são inventados e escritos pela produtora. Apenas o início dos textos é real, depois deixa de fazer qualquer sentido. Por exemplo, a Gente Gira é uma revista Maria verdadeira com uma capa falsa colada por cima. O dinheiro usado na novela é impresso em papel normal, apesar de parecer bastante real. Os rótulos das embalagens de bebidas são elaborados consoante a classe social das personagens que os consomem.
E ficam assim desvendados alguns pormenores da novela líder de audiências da SIC.
