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«Da Minha Terra Ninguém Morreu» no próximo «Perdidos e Achados»

Pedro Vendeira
2 min leitura

Perdidos E Achados

Em 50 anos, a Azaruja perdeu metade da população. Hoje tem pouco mais de mil habitantes. Esta vila nos arredores de Évora conta uma história invulgar sobre a guerra colonial. Morreram cerca de 8300 militares portugueses na guerra em África, mas todos os filhos da Azaruja regressaram com vida. Foram mais de 100 os mobilizados.

Perdidos e Achados desta semana, recupera a memória de alguns destes ex-combatentes. São relatos emocionantes que atravessam a neblina dos traumas. Entre choros contidos e demorados silêncios, admitem ainda que «há coisas que não se dizem». Cinco décadas depois mostram à SIC o álbum de fotografias da guerra, revêm imagens televisivas das operações em que participaram e desabafam: «Tivemos muita sorte».

Viveram perto da morte enquanto na Azaruja as mães rezavam na ermida de N. Sra do Carmo, de grande devoção na terra. O local tem uma das mais significativas coleções particulares de ex-votos dos séculos XVIII e XIX e guarda centenas de fotografias de ex-combatentes na guerra colonial. Os mais religiosos atribuem a vida dos afortunados soldados alentejanos a uma graça divina. Todos os anos sobem à ermida no dia 10 de junho para se juntarem em agradecimento.

Perdidos e Achados – Da Minha Terra Ninguém Morreu, para ver sábado, dia 1 novembro no Jornal da Noite.

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Amante da tecnologia e apaixonado pela caixinha mágica desde miúdo. pedro.vendeira@atelevisao.com