fbpx

Entrevista com protagonistas de «Falling Skies»

Diana Casanova
14 min leitura

Falling Skies Entrevista Com Protagonistas De «Falling Skies»

Com a estreia da segunda temporada no nosso país, hoje, A Televisão traz-lhe uma entrevista com três elementos do elenco de «Falling Skies». São eles Noah Wyle, que interpreta Tom Mason, Max Will Patton que é Captain Weaver na série e Moon Bloodgood que é Anne Glass.

Numa entrevista realizada pela produção da série, eles respondem a questões relacionadas com o novo ano da série e também genericamente sobre as series norte-americanas. Com um ambiente descontraído, pode ler em seguida esta entrevista.

Noah, disseste que estavas nesta série porque querias oferecer um herói aos teus filhos…

Noah Wyle: Sim.

Gostavas de ficção científica, ainda continuas a gostar?

Noah Wyle: Estou a gostar desta série. Sim, quero dizer, ainda não vi assim tanta ficção científica. Como respondo a isso? Estou a gostar muito de contar esta história, muito mesmo. Tem sido uma temporada excecional até agora. Acho que de várias formas temos uma temporada muito mais forte este ano

Primeiro que tudo não temos de dedicar tanto tempo de antena à exposição do que se trata este mundo e o que aconteceu, e quem são estas personagens. Conseguimos começar do momento em que paramos, e aumentou a eficiência da narração da história. Temos abordado vários assuntos mais profundos do ponto de vista das personagens e conflitos mais interessantes.

Noah, o que descobriste da tua personagem este ano? Porque no ano passado fizeste dez episódios e não sabias se estariam de volta, mas para um ator, quanto mais representas uma certa personagem, mais conheces essa pessoa, já que esta temporada mudou bastante, estou curioso por saber se descobriste algo.

Noah Wyle: Bem, o primeiro «arco» da primeira temporada… eu olhava para ele como a destruição de um intelectual, é como uma personagem académica que é metida neste mundo e nesta situação em que lhe é exigido que seja muito mais físico e dinâmico. Essa foi a jornada no início.

Esta temporada é mais acerca dele abraçar isso e dar o passo lógico seguinte que é relutantemente aceitar as responsabilidades de liderança e sentir que mereceu esse direito e que tem as capacidades para ser bom nisso.

Podemos colocar essa questão aos outros? Como mudaram as vossas personagens?

Max Will Patton: Muito bem. Bem, na primeira temporada eu era um menino, e ainda sou, em muitos aspetos. Mas acho que a minha personagem está a começar a tornar-se mais adulto e a aprender mais acerca da milícia e eu estou a tentar ajudar o resto da Second Mass.

Alguém ganhou uma pistola…

Max Will Patton: Sim, recebi uma pistola esta temporada e… isso é muito excitante e faço algumas coisas porreiras com ela. Mas sim, a minha personagem está a tornar-se mais madura com o avançar dos episódios. É bem porreiro.

Moon Bloodgood: Meu Deus, suponho que passei de alguém que perdeu a sua família e é uma pediatra, para uma melhor médica… Vemos a relação entre o Noah e eu evoluir, esse lado romântico, assim como a minha relação com a família dele e a relação com a Lourdes, papel desempenhado pela Seychelle Gabrielle. De facto, sou alguém que está envolvida na parte médica entre tantas personagens diferentes.

Max Will Patton: Acho que provavelmente o Weaver aprendeu muito com o Tom e acho que nos temos guiado um ao outro para cuidar destas pessoas. Acho que de várias formas, algumas das coisas acerca do Tom tornaram-se mais parecidas com o Weaver e algumas coisas do Weaver estão mais parecidas com o Tom.

Noah Wyle: Sim.

Max Will Patton: Acho que no início, a Anne e eu estávamos em desacordo, de certa forma, e tivemos de percorrer um caminho juntos, viver no mesmo mundo e aprender um com o outro. Tive de aprender como lidar com as pessoas, mais do que soldados; tem sido uma espécie de abrir de olhos.

Tiveram de fazer algo diferente nesta série que nunca tivessem feito?

Noah Wyle: Bem, posso dizer honestamente que durante 12 anos fiz 22 episódios por temporada, e estou mais exausto por gravar os últimos nove do que alguma vez estive. E não sei se isso tem a ver com as gravações em todas as localizações e não fazer trabalho de estúdio, ou esta temporada ser bastante focada no facto do nosso grupo ser móvel o que faz com que estejamos mais frequentemente em contacto com a natureza. Gravamos durante o inverno, gravamos à chuva, gravamos com neve e ficamos todos doentes, e fomos todos trabalhar, e isto tem sido fisicamente o trabalho mais exigente que já fiz.

Max Will Patton: É como estar numa zona de guerra, sobrevivência, fim do mundo, esse tipo de coisa.

Noah Wyle: Sim, o que é perfeito.

Max Will Patton: Sim.

Especialmente tu, Moon, estiveste em dois filmes pós-apocalipse.

Moon Bloodgood: Sim, eu sei, parece que faço muito esse género de filmes. Não sei. Às vezes, parece que tenho de tentar inventar coisas novas, novos jogos para me passarem na cabeça, só para a manter a funcionar, porque às vezes sinto-a um pouco velha, mas acho que é um mundo em que gostaria de habitar.

Sobre quê é que estão mais expectantes para que os fãs vejam na segunda temporada e que podem não ter visto na primeira temporada?

Moon Bloodgood: Definitivamente acho que o elemento ficção científica, agora que estamos a falar nisso; acho que foi muito melhorado. É muito mais dinâmico do que na minha opinião foi no ano passado. Ainda estávamos a tentar encontrar o nosso chão, foi… Foi muito sobre a família Mason, e agora é mais acerca da família Mason e da sua relação com estes alienígenas, por isso acho que é muito mais aventureira, comparativamente com simples batalhas, vão encontrar tantos mais mistérios para resolver.

Noah, depois de teres feito duas temporada de «Falling Skies», agora acreditas no valor de…

Noah Wyle: Não sei. Não sei mesmo.

Max Will Patton: Claro que sim!

Noah Wyle: O quê?

Max Will Patton: Eu disse que claro que sim.

Noah Wyle: Quando era miúdo, encontrei um círculo em plantações. Mesmo à saída de Lexington KY.

Moon Bloodgood: Encontraste mesmo?

Noah Wyle: Encontrei mesmo com os meus primos. Pode ter sido apenas alguém a fazer uma queimada. Mas fizeram-me acreditar que era algo do espaço. Não sei mesmo a resposta a essa questão. Não é totalmente implausível, Stephen Hawking disse que não era implausível, e quem sou eu para questionar o Stephen Hawking?

Podem falar um pouco sobre o facto de estarem a gravar em Vancouver; não sei se a maioria de vocês vive em Los Angeles quando não estão a gravar, então sentem-se mais perto de casa nesta temporada?

Noah Wyle: Não fez diferença nenhuma. Trabalhamos provavelmente em média 14 a 16 horas por dia, cinco dias por semana. E mais nas sextas-feiras, o que entra pelo sábado adentro, então as viagens para casa nos fins de semana não têm sido um fator para nenhum de nós.

Max Will Patton: Para além disso, não vivo em LA, estou em Nova Iorque, portanto nunca vou para casa.

Noah Wyle: O Will nunca volta para o hotel, tem uma casinha aqui.

Max Will Patton: É verdade.

Noah Wyle: Toronto é uma cidade porreira para se trabalhar, sem querer ofender os habitantes de Toronto, mas acho Vancouver uma cidade mais bonita para trabalhar. As equipas de produção aqui têm sido excecionais, acho que temos tido sorte com as pessoas que temos trazido para a equipa, escolhemos algumas pessoas da última temporada e mantivemo-las. Mas acho que tanto atrás como à frente das câmaras temos um grupo muito sólido para fazer o nosso melhor.

Então vocês têm uma premonição acerca do enredo das vossas personagens quando uma temporada começa ou apenas…

Max Will Patton: Eles mentem-nos, depois fazem outra coisa qualquer.

Noah Wyle: Muito vagamente. Muito vagamente. Estão sempre a ser mudados e redefinidos. Há muitos bandidos nesta cozinha, e tentamos fazer todos felizes, mas entre o Sr. Spielberg, a Dreamworks e o TNT, e a nossa própria infraestrutura, há muitas opiniões e muito debate que é desenvolvido para definir como estes episódios são estruturados e quais são as dinâmicas destas personagens. Às vezes tens de fazer compromissos sobre as coisas que esperas mesmo que não passem, mas apenas talvez em temporadas subsequentes.

Enquanto o Tom foi embora numa nave alienígena, três meses passaram, como mudaram as coisas para todos os outros?

Noah Wyle: A personagem do Drew Roy [Hal Mason] começa a assumir uma posição de liderança. O meu filho do meio, o Ben, redefiniu-se completamente enquanto personagem, passando de um miúdo dócil para o mais dinâmico e agressivo lutador. E como o Max já referiu, também cresceu.

A televisão tem mudado muito nos últimos anos, em termos de produção e história. Atores podem passar do cinema para televisão, da televisão para o cinema.

Max Will Patton: Sim, sim acho que é verdade. Às vezes encontras melhores argumentos na TV: Acho que todos sabem disso agora. Avanças com o que gostas ou o que te faz ter uma boa expetativa. Com as pessoas com as quais tens interesse em trabalhar, ou uma história que te cativa. Isso pode acontecer em qualquer sítio – palco, filme ou televisão. Sim.

Quero dizer, neste caso particular o que te cativou?

Max Will Patton: Recebi aquele primeiro guião e senti algo tipo a tocar-me. Foi algo fora de comum, entusiasmou-me, fez-me avançar. Naquela altura não era suposto ir tão longe.

Noah Wyle: Foi tua culpa.

Max Will Patton  – Entusiasmou-me. Algo sobre a forma de escrever da Rodette é fora de comum para mim. Tinha vida própria, uma espécie de perigo, coisas que não esperava. Tive um instinto; seriam boas pessoas para trabalhar.

Acham que os argumentos são melhores no cabo do que nas estações principais?

Noah Wyle: Bem, basicamente existe o Cabo e depois existe o Cabo Pago. Há uma grande diferença entre os dois. Sinto que é uma batalha injusta com que nos deparamos na série, em que a escrevemos numa estrutura de seis partes. O que quer dizer que há muitos anúncios. E quando escreves com essa estrutura, estás em cima e em baixo, em cima e em baixo.

Uma série na HBO é escrita para uma hora, não 4-6 minutos e não tem de ter estes intervalos de entrada e saída e então são capazes de contar de uma forma mais clara, histórias fluídas. Podes mostrar nudez e podes usar profanidades, podes colocar mais tacos no teu saco de golfe, por assim dizer. Então há vantagens mesmo no mundo do cabo. Acho que a maior vantagem em fazer uma série no cabo é a temporada menor. Fazer 10, 12 ou 13 episódios, permite-te ter uma qualidade de vida e uma liberdade de procurar outros trabalhos e não sentires que estás a servir um «patrão» todos os dias. Acho que essa é a maior diferença. Mas as estações maiores pagam melhor.

«Falling Skies» chega esta noite ao canal de Cabo SyFy, para a sua segunda temporada. A não perder a partir das 22h15.

 

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=pNLJZ72mlHA]

Redatora e cronista