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Rumo a Oslo 02.05.2010

David Ferreira
7 min leitura

HALLO!

E lá acabou mais um festival da Eurovisão, este ano pode-se dizer que foi um regresso ao passado, há 28 anos que a Alemanha não ganhava, há mais de 45 anos que não se via um estranho entrar no meio de uma actuação (a última foi em 1964 durante a actuação suíça em protesto contra os regimes ditatoriais de Salazar e Franco, Portugal e Espanha respectivamente) e também há dois anos que eu não via uma votação tão previsível lá para os lados de leste. Está no ar mais um voo, desta vez com destino incerto, pelo menos até ver onde se celebrará o ESC em 2011.

Na Alemanha desde sábado vive-se em clima euforia, é que 28 anos depois de Nicole ter ganho o ESC para a então denominada República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental), eis que aparece uma jovem de 19 anos oriunda de Hannover e de seu nome Lena que volta a fazer este país fundador do ESC subir ao mais alto lugar do pódio. Esta é uma vitória merecida, já que além de ser um dos debutantes em 1956 é também exemplo de um país que apesar de pagar uma fatia significativa do ESC e de ter maus resultados consecutivos não desistiu e este ano finalmente viu esse esforço premiado.

Esta final foi o oposto da do ano passado, se em 2009 a Noruega era a favorita em todas as sondagens, em 2010 uns davam Israel como vencedor, outros Arménia, Azerbaijão e Alemanha, a vencedora já todos sabemos quem foi, agora o que importa salientar é um falhanço das sondagens, por exemplo a realizada pelo Oikotimes dava como vencedora a Dinamarca e situava a Alemanha na terceira posição depois de Israel, o mesmo pódio foi apostado pelas OGAE, que colocava Portugal na última posição das 39 juntamente com outros cinco países, e depois finalmente temos a sondagem da casa, realizada pelo TV Universo quedava a vitória a Israel e situava a real vencedora em 11º, apesar da grande diferença há que dizer que ao contrário do que acontece com as sondagens do Oikotimes e das OGAE, esta foi bem mais pequena em termos de votantes, o que acaba por ser aceitável. Em relação à votação real, esta foi um pouco injusta com certos países, como a Irlanda, Islândia, Israel, Chipre e Portugal que mereciam ter ficado mais acima na tabela final, pelo menos à frente da Rússia. Eu sinceramente continuo sem perceber como pôde esta música do pior que já vi no ESC ficar à frente de canções como a nossa e a israelita, mas a culpa já todos sabemos de quem é…

Para os mais atentos nas votações, certamente que repararam que este ano o voto por amizade e por Diáspora voltou a marcar presença no festival, como tal, fiz uma tabela que ilustra alguns (não todos) dos casos de votos por vizinhança e por Diáspora desde 2000:

Asd

Há casos como o Chipre-Grécia e o Bielorússia-Rússia que são demais evidentes, quem é que todos os anos gosta da música do mesmo país sem ter outro favorito? É estranho mas acontece muito, agora deixo aqui um desafio ao leitor, aqui ou no fórum queria que desse a sua opinião acerca do voto de diáspora e por amizade, participe porque a sua opinião poderá ser publicada na crónica da próxima semana.

EUROVISION SONG CONTEST 2011

A eurovisão é um mundo que não pára e já está em marcha a edição 2011 de um festival já com 56 anos de idade. Há já vários países que confirmaram a sua participação no próximo ano:

  • Azerbaijão;
  • Bélgica;
  • Chipre;
  • Dinamarca;
  • Estónia;
  • Finlândia;
  • Alemanha;
  • Grécia;
  • Islândia;
  • Malta;
  • Roménia;
  • Espanha;
  • Suécia;
  • Turquia;
  • Ucrânia
  • Portugal

Possivelmente no próximo ano o Liechtenstein irá estrear-se no festival, este país era para se ter estreado este ano, mas motivos financeiros teve de adiar por um ano a sua entrada. Outra possível estreia é a do Qatar, e agora eu pergunto o Qatar fica na Europa desde quando?! A mesma pergunta faço em relação à Arménia, Geórgia e Azerbaijão. Quanto a regressos, temos a Áustria possivelmente, é que esta semana o director da TV austríaca anunciou que depois da vitória alemã no certame a ORF está a reconsiderar a sua reentrada em 2011.Depois temos a Hungria que muito possivelmente vai mudar de estação responsável pelo ESC. E como não podia deixar de ser temos a novela “Luxemburgo e Itália: é este ano?!” na minha opinião ainda não, e dificilmente a Itália volta, o Luxemburgo a meu ver está a fazer aquilo a que se pode chamar uma birra, não percebo como um país com 5 vitórias e que foi muito bem sucedido não queira voltar, certo é que se fôssemos como o Luxemburgo já nos tínhamos retirado há muitos, mas muitos anos!

Por último quero deixar um desafio, quem querem ver a representar Portugal no próximo ano? O que mudavam no Festival da Canção? As melhores respostas serão publicadas aqui na crónica de 15 de Junho, Além desta iniciativa não se esqueça de dar a sua opinião acerca dos votos por amizade e por diáspora.

No verão e como a informação é escassa, esta crónica altera a sua periodicidade, passando de semanal a mensal, sendo assim a próxima edição será publicada a 6 de Julho

David Ferreira

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