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(Quase que) só deu TVI

A Televisão
10 min leitura

André Cerqueira confessa-se em duplicado. Rodrigo Guedes de Carvalho pode estar a caminho da TVI. José Eduardo Moniz afasta-se de Queluz de Baixo. Pedro Granger co-apresenta Secret Story. Sara Butler com grande desafio em Malmequer.

Senhoras e senhores, sejam bem-vindos à Frente de Destaques desta semana!

Antes de começar, um pequeno esclarecimento. Apesar de o canal do grupo Media Capital receber um enorme destaque nesta rubrica, não quererá demonstrar qualquer tipo de “favorecimentos” da minha parte ou gosto pessoal. Apenas lhe trago, como sempre, aquilo que, de alguma forma, marcou a imprensa desta semana.

AltA TVI foi, sem sombra de dúvidas a estação que mais destaque teve na imprensa desta semana. Talvez porque, após três meses enquanto director de programas do canal, André Cerqueira resolveu conceder duas entrevistas, uma ao Diário de Notícias e outra à TV Guia. Confesso que gostei de ambas. Foram um pouco diferentes, dado que, enquanto que na conversa com o jornalista da publicação diária se falou mais sobre temas mais concretos, como a perda de Gabriela Sobral e a “guerra de transferências”, na revista do grupo Confina houve uma maior diversidade de temas. Em ambas é notória a inteligência, ambição, e espírito empreendedor que o caracterizam. Houve duas situações que achei bastante curiosas nesta última entrevista: em primeiro lugar, o facto de dizer, por diversas vezes que novidades sobre os novos formatos da TVI só serão conhecidas em finais de Agosto e, quando questionado sobre o porquê de não ter ido buscar Catarina Furtado, em vez de Fátima Lopes, dizer que a estrela da RTP não foi solução porque não a contrataria “para um programa diário”. O outro facto curioso é ter dito, por diversas vezes que não fazia ameaças à SIC e, quando lhe foi pedido um comentário sobre as declarações de responsáveis por Laços de Sangue, que afirmaram, em tempos, que a TVI ia sair derrotada quando a nova telenovela estreasse, ter, efectivamente, deixado uma pequena ameaça no ar. Estas foram as respostas mais curiosas que “detectei”, mas não quero com a exposição das mesmas retirar todo o mérito que André Cerqueira possuí enquanto responsável pela direcção de Queluz de Baixo. Até porque há mais do que provas dadas de que tem feito um óptimo trabalho. Mas só em 2011 se verão, verdadeiramente, resultados de todo o projecto desenvolvido pelo brasileiro, como li esta semana.

E, se o actual director de programas de Queluz de Baixo falou em dose dupla, o que dizer de José Eduardo Moniz, antigo responsável máximo do mesmo canal? Também ele, esta semana, falou com diversas publicações, embora em declarações mais curtas, sobre a TVI. Em tudo aquilo que li, há algo que não me sai da cabeça e que vem reforçar a ideia com que fiquei, aquando da sua saída do canal: o marido de Manuela Moura Guedes não saiu “de bem” com os donos da empresa. Basta ter em mente que, quando questionado sobre um possível regresso, José Eduardo Moniz tenha dito, prontamente: “Já me perguntaram várias vezes quando é que voltava a tomar conta da TVI e eu já disse que não volto. É um ponto encerrado.” Poderá isto ser um recado para os responsáveis da RTP ou SIC, que ficam com mais possibilidades de o contratar? Não me parece, sinceramente, até porque o próprio vice-presidente do Grupo OnGoing desmentiu nesta mesma entrevista um regresso a curto prazo à televisão. Todavia, sabendo nós da grande mestria deste senhor e de tudo o que ainda tem para dar à televisão, será que um convite aliciante de Carnaxide, para fazer algo semelhante ao que fez com a TVI em 2000, receberia um “não”? Tenho algumas dúvidas, até porque esta seria uma excelente forma de voltar a fazer aquilo que de melhor faz. Apesar de tudo, não acredito que haja assim tanto dinheiro na SIC para que as condições necessárias sejam oferecidas. O certo é que seria, claramente, uma grande “bomba” nas nossas televisões.

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E já que falei no mercado de transferências, o que dizer da noticia avançada pelo Sol, que dá conta de que há um novo alvo dos administradores da TVI? Foi com muita curiosidade que tomei conhecimento de tal artigo. Rodrigo Guedes de Carvalho em Queluz de Baixo? Parece quase impossível, mas, a meu ver, há algumas hipóteses de se tornar realidade. Para isso, basta que lhe ofereçam aquilo que ainda não fez, ou seja, a direcção de informação da TVI. Apenas e só para pivô, duvido muito que vá. Para cargos que não sejam a chefia, também tenho algumas dúvidas, até porque tem uma função com algum destaque na informação de Carnaxide. Logo, porquê mudar para fazer o mesmo ou “pior”? neste caso, tenho a ideia de que Rodrigo Guedes de Carvalho a mudar-se, só se fosse pelo novo desafio/projecto que lhe oferecessem. Mas, como tudo nesta altura se resume, em grande parte, a muita especulação, talvez ainda não seja destas que a informação da TVI receba uma nova “revolução”. Quem perderia com tudo isto? A SIC, claro, que, depois de ver sair a sua “face” no que ao entretenimento diz respeito, perderia também um dos seus maiores talismãs na informação. Por este motivo, acredito que Francisco Pinto Balsemão não baixe os braços e que reveja a situação do pivô do Jornal da Noite.

E, como semana em que não se fale no novo reality-show parece já não ser semana, eis que surgem novas movimentações. Para além de Teresa Guilherme voltar a ser uma hipótese para a condução, ao que tudo indica, já está encontrado o co-apresentador/repórter do mesmo. Segundo a Notícias TV desta semana, será Pedro Granger o responsável por essa função. Embora André Cerqueira tenha dado a entender que tal situação seja impossível, fiquei com a ideia de que, à semelhança de muitas outras estrelas, o director de programas fez bluff. Com provas mais do que dadas, o actor e apresentador é um símbolo de jovialidade, que muito ajudará o programa e, para além disso, está há algum tempo afastado de um grande projecto de entretenimento, logo seria um grande regresso. Todavia, o facto de ser uma das grandes estrelas de Malmequer, deixa algumas duvidas, até porque implicaria um esforço redobrado, mas, nada que Pedro Granger não conseguisse fazer, claro está.

E como ultimo destaque desta Frente, falo-lhe, precisamente, da nova trama de Rui Vilhena. É que ficou-se a saber, a partir da revista TV Guia qual o nome da actriz que dará vida a uma das personagens mais “desafiantes”, a meu ver, da história: uma hermafrodita. Com alguma surpresa minha, confesso, é a Sara Butler, antiga cara de Inspector Max, por exemplo, quem calhou “a sorte grande”. Estará ela preparada para uma personagem tão forte? Não sei, mas gostei de a ver no seu ultimo trabalho, Dias Felizes. E, sabendo nós da mestria de Rui Vilhena em fazer grandes desafios a jovens actores, acredito que a actriz se saia muito bem. Talvez com um bom “trabalho de casa” e ajuda de veteranos, a tarefa seja facilitada. Lá para Outubro, segundo as publicações, poderemos tirar todas as conclusões, até lá, tudo será especulação.

Alt

 

Ainda antes de terminar, há que lhe revelar a minha escolha para protagonista desta semana: como não poderia deixar de ser, essa “distinção” vai, evidentemente, para o grande António Feio, que brilha agora noutros palcos, bem longe daqueles onde brilhou tantas vezes. Todas as publicações, sem excepção, falaram do actor, que faleceu na passada quinta-feira à noite. Uma perda enorme para todos nós que, sempre acreditámos na sua recuperação. Ainda assim, há algo que ficará sempre na nossa memória: o talento, garra e força de alguém que sendo Feio, embelezava tudo o que fazia.

Deixo-lhe agora algumas sugestões para a semana que se avizinha:

Amanhã, não perca a estreia da quarta temporada de Diagnóstico Crime, no Fox Crime, pelas 19h15. Quarta-feira, quando o relógio marcar 16 horas, assista ao arranque da 72ª Edição da Volta a Portugal em Bicicleta, que a RTP transmite, a partir das 16 horas. No dia seguinte, veja o primeiro episódio da série La La Land, às 22 horas, no FX.

Termina assim esta quadragésima edição de Frente de Destaques! Até para a semana e, se for o caso, boas férias!

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