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«Person of Interest»

A Televisão
5 min leitura

Uma das melhores tramas. Uma  enorme audiência média. Ação. Mistério. Dinâmica. É assim «Person of Interest», a série com produção executiva de J.J Abrams e argumento de um dos mais talentosos escritores americanos, Jonathan Nolan. Uma produção arrojada que fisga o telespetador e o vicia. «Person of Interest» é tudo aquilo parece ser: eletrizante, com cenas ação bem feitas onde não há lugar a amadorismos e envolvente, pela inteligência  das suas histórias, capazes de deixar o mais impávido fã, a saltar de excitação e surpresa.

Person Of Interest «Person Of Interest»

O grande trunfo de «POI» (como é carinhosamente tratada) são as suas histórias complexas  e bem elaboradas, fáceis de entender, criando o paradoxo perfeito, que um telespetador pode pedir. A verdade, é que a qualidade da série poderia ficar comprometida pela estratégia «um caso por episódio» ao estilo «procedural» que parece ter pedido fãs no panorama mais recente da televisão. Mas a mestria da dupla Abrams/Nolan não deixa nada ao acaso e em cada episódio são poucas ou nenhumas as pontas soltas.

Mas é das suas personagens que «Person of Interest» retira o que de melhor uma série pode ter. Deliciosamente enigmáticos, o telespetador parece ganhar empatia por estes personagens que parece conhecer mas de quem sabe tão pouco. ‘Harold Finch’, interpretado por Michael Emerson (o eterno ‘Ben’ de «Lost», e com quem Abrams já teve o prazer de trabalhar), é um bilionário genial, inventor da ‘Máquina’ que aponta quais serão as pessoas envolvidas em atos violentos sejam elas vitimas ou criminosos. Tal maniqueísmo só torna as coisas mais interessantes.

‘John Reese’, interpretado por Jim Caviezel, é um ex-agente das Forças Especiais do Exército Americano, e também ex-agente da CIA, que era dado como morto. Morto para a sociedade mas não para a vida, ‘Reese’ vive na realidade como mendigo pelas ruas de Nova Iorque. Parecendo distantes e sem sentimentos, ‘Reese’ e ‘Finch’ têm mais em comum do que aparentam. Tal como o seu patrão milionário, também ele perdeu alguém importante que vemos em flashbacks muito misteriosos.

Ainda que sempre desconfiados um do outro, ‘Finch’ e ‘Reese’ têm muito mais o que os una do que aquilo que os separa e criam entre si uma amizade sui generis, que se traduz na empatia magistral dos dois atores.

Também as personagens secundárias enriquecem esta história. O detetive ‘Lionel Fusco’ (Kevin Chapman), um agente da polícia corrupto que é chantageado por ‘Reese’ e acaba  por ser a primeira ligação da dupla dentro da polícia de Nova Iorque e mais tarde com a ‘HR’. ‘Fusco’ tem como principal função atrapalhar e vigiar a  ‘Detetive Carter’ (Taraji P. Henson),  determinada em descobrir quem está por trás dos acontecimentos que rodeiam Nova Iorque, onde um homem de fato parece ser o denominador comum.

Numa jogada arriscada, «Person of Interest» mostra a sua trama da temporada apenas a partir do episódio 7. Nesse episódio é apresentado ‘Charlie Burton’, um professor que vê o seu número apontado pela ‘Máquina’. Na verdade, ‘Burton’ é ‘Elias’, o vilão, líder da máfia da «Big Apple». Com uma inteligência comparável à de ‘Finch’, ‘Elias’ é  por ventura o grande vilão de toda a primeira temporada.

Além dos vilões, e das tramas pessoais de cada episódio, «Person of Interest» alimenta «plots» recorrentes de menor interesse que ainda despertam o entusiasmo dos seguidores.

Depois de um episódio final de cortar a respiração, onde não faltaram as reviravoltas e o gancho para a próxima temporada, a vontade de saber que diligências irá tomar ‘Reese’ para resgatar o seu patrão é grande, e setembro parece tão longe.

Quem não acredita em tantos elogios, deve ver para crer. Mas estará assim tanta gente enganada? Afinal, não são muitas as séries que têm a pior audiência na casa dos 11milhões e encerram a temporada com mais espetadores do que começaram.

Confira uma das melhores cenas da primeira temporada:

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