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Portugal Pergunta

A Televisão
2 min leitura

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Foi com grande apreço que vi a RTP apostar numa inovação – não que a ideia seja original-  que permita finalmente aos portugueses atentos e interessados em fugir à rotina da dinâmica instituída do político entrevistado em estúdio por um jornalista que faz as perguntas que julga são aquelas que as pessoas querem saber.

Agora e confiando inclusivamente no processo de seleção, as perguntas vão certamente ao encontro do que as pessoas querem verdadeiramente saber. Que bom que será ouvir a opinião pública questionar o Primeiro-Ministro e ainda outros intervenientes e membros do Governo pouco habituados a dar entrevistas e esclarecimentos e nada melhor que um cidadão comum dotado de bom senso a refletir a maioria do pensamento do povo.

Confesso que o maior risco será mesmo a escolha dos portugueses que vão poder ser ouvidos. Pegando na amostra dos espetadores que participam nos mais diversos fóruns de opinião, quer em televisão quer na rádio, as perguntas e conclusões que fazem e o equilíbrio que delas se tira está longe de ser alcançado e o risco entre o jornalismo e o reality show, nesta linha ténue entre entretenimento e informação, podem aproximar uma boa ideia em propaganda camuflada.

Confio e gosto do profissional Carlos Daniel que vai moderar o debate. A sua competência e rigor garantem-me – até que me provem o contrário- que para o formato mais do que as ideias o mais importaste será sempre o conteúdo e contraditório para o qual lhe reconheço preparação. A inovação é precisa e corajosa desde que se respeite um produto final que se pede globalmente satisfatório.

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