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Perder o Norte

A Televisão
3 min leitura

Falar Televisão

Depois de perder o Norte, Sara conquistou o horário nobre da RTP, ao mesmo nível  que estaria Aníbal Cavaco Silva, o Presidente da República, no dia seguinte e onde havia estado Jorge Nuno Pinto da Costa, Presidente do Futebol Clube do Porto. Entre eles, um mínimo denominador comum, a jornalista Fátima Campos Ferreira.

Na RTP onde a informação é privilegiada parece-se olhar cada vez mais para as audiências como um todo. Depois de abertamente se ter contratado José Sócrates, com o intuito de aumentar audiências, é agora a vez de se apostar numa entrevista para lá de social com uma ex-presidiária, famosa por uma participação numa série de televisão e que certamente garantiria bons números junto das massas e dos mais interessados nesta novela que tanta tinta fez correr na imprensa cor de rosa.

Mas é precisamente o trabalho de Fátima Campos Ferreira que é alvo de escrutínio, ainda que bem preparada e a escolher um tom que não é certamente o seu, muitas foram as vezes que vimos mais a mulher do que a jornalista. Foi já no final que a jornalista perdeu a compostura e apertou as mãos da jovem atriz, um gesto para lá de maternal que indubitavelmente fez as delicias das donas de casa mas lhe fez perder ainda mais pontos junto de uma classe onde já goza de pouca popularidade e credibilidade, a jornalística.

Há por estes dias a convicção de que a certos jornalistas de elite lhes é permitido tudo desde desejar muita força ao seus convidados a elogiar e enaltecer a beleza dos entrevistados como fez Judite Sousa num verdadeiro momento de vergonha alheia que os portugueses partilharam quando a pivô da TVI entrevistou o ator brasileiro Reynaldo Gianecchini.

Em nota de rodapé A Televisão completa hoje o seu segundo aniversário, e por entre, críticas e elogios, dias bons e menos bons, a força, a vontade e a paixão continuam intactas. O diálogo e a pluralidade são bem-vindas e por isso continuo e continuarei a Falar Televisão.

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