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Parabéns, TVI!

A Televisão
5 min leitura

Há 19 anos nascia a segunda televisão privada portuguesa e a última, em sinal aberto, a surgir. Propriedade da Igreja Católica, a ‘Quatro’ foi-se reinventando ao longo dos anos: deixou de pertencer à Igreja, mudou de nome e ganhou uma nova identidade. E apesar de tudo ter surgido em fases diferentes, a verdade é que a TVI, tal como a conhecemos hoje, traçou o seu caminho no ano 2000 (com os reality shows e as novelas nacionais a impulsionar toda a grelha). Tudo graças ao trabalho de muitas pessoas, mas à determinação de quem comandou o “barco”: José Eduardo Moniz.

Com o fim da década de 90 do século XX, Moniz teve a determinação de agarrar no «Big Brother», aproveitando a lacuna da SIC (Emídio Rangel, então Director-geral da estação líder, optou por não produzir o formato), e fazer do reality show a alavanca da estação e o motor que lhe daria força para chegar à liderança. Em massa chegou a ficção nacional, com séries e novelas, e surgiram os programas populares. Os dados estavam lançados e, mais cedo ou mais tarde, a estação haveria de colher os seus frutos.

E foi em 2005 que a TVI atingiu o patamar da liderança; já vinha a “minar” e a ganhar alguns horários, acabando com anos de liderança da outra estação privada, a SIC. Com uma grelha maioritariamente falada em português de Portugal, a estação acabou por ganhar a preferência do público. A informação – um pouco «duvidosa», convenhamos! – podia ser o «calcanhar de Aquiles» da estação (do ponto de vista deontológico), mas o seu jeito popular e trivial não deixou os telespectadores indiferentes. Nesta área, a responsável tem um rosto e um nome: Manuel Moura Guedes, a «mulher do patrão»!

Durante estes anos, na pré-liderança e durante a liderança, foram muitos os rostos (para além dos referidos) que contribuíram para o sucesso da estação: na ficção, o leque é muito vasto; no entretenimento, com presença diária ou à frente de grandes formatos, destacam-se Júlia Pinheiro, Manuel Luís Goucha, Cristina Ferreira, Teresa Guilherme, entre outros; na informação, Júlio Magalhães, Pedro Pinto e José Carlos Castro são só alguns nomes. Com menos visibilidade no ecrã, mas também com grande importância pelos cargos directivos que ocuparam, estiveram aqueles que foram os, também, pilares da estação ao lado de Moniz: Gabriela Sobral, João Maia Abreu, Filipe Terruta, Luís Cunha Velho, Bernardo Bairrão, entre outros. E, das listas apresentadas, dos diversos nomes referidos, muitos deles já não estão na estação que levaram ao topo!

De há uns tempos para cá a estação tem-se vindo, mais uma vez, a modificar. Não tem perdido o seu foco, é certo, mas há um brilho que parece estar a perder-se. A liderança, essa, ainda é assegurada (não da mesma forma de antes, visto que agora quem domina as audiências e tem a preferência do público é o universo do Cabo), mas talvez haja algo mais importante a manter: o conceito de família. Após a saída de José Eduardo Moniz, já muitos outros profissionais deixaram a estação. Com a entrada de pessoas vindas da RTP, a informação já se modificou, o entretenimento (apesar de se manter a linha da estação, pois recentemente terminou um reality show e, actualmente, está no ar um programa semanal bastante popular) ganhou as festas de fim-de-semana a la estação pública e algumas Galas especiais, características da TVI, perderam-se. Veremos se as novas mudanças serão tão bem sucedidas que aquelas que foram levadas a cabo há mais de 10 anos.

O dia de hoje assinala não só o nascimento da TVI, como também todo o seu trajecto; faz-nos também felicitar a TVI24, a TVI Internacional, a Plural e outras tantas «marcas» que constroem o universo TVI. A festa faz-se hoje em Queluz de Baixo e apesar deste ano ser mais pobre que nos anos anteriores (devido à conjuntura económica, dizem eles!), é um dia que não pode passar despercebido… Não só porque a TVI (e todos aqueles que diariamente trabalham para que o canal se apresente aos telespectadores) está de parabéns pelos seus 19 anos, mas também por todo o seu percurso. Parabéns, TVI, que venham muitos mais anos!

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