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O que “elas e ele diziam”, nós já não ouvíamos…

A Televisão
3 min leitura

Há coisa de um mês falava-vos de um género de rubrica dos talk-shows em Portugal, dando como exemplo o Dizem Elas e Ele do programa conduzido por Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira. E eis que, um mês depois, cá estou de novo a falar das três personagens (refiram-se Lili Caneças, Cinha Jardim e Flávio Furtado).

A rubrica das manhãs da TVI foi alvo de críticas por parte do público e dos “famosos” comentados, ainda assim, isso pouco importou aos produtores e apresentadores do programa, até porque se há crítica é porque há audiência. Agora, quando falamos em cortes de despesa e de gastos desnecessários, há que “abrir os olhos” e perceber que a inutilidade daquelas três pessoas é tão maior quanto o Diário da Tarde do reality-show do mesmo canal. A única diferença reside em 30 minutos de duração, sendo que a rubrica do social leva a melhor parte.

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Sejamos francos, no ínicio a coisa até tinha a sua piada. Uns bitaites para aqui, uns bitaites para ali, uma comentariozito menos agradável e tal… Mas e hoje? A rubrica consiste em: “no fim de semana fui à festa X com o vestido da marca Y, penteada pelo cabeleiro Z” ; “A pessoa Y anda a vestir-se mal, aquilo não se usa.”; Reis, princesas, ladrões são todos alvo da mesma apreciação: “Vestiu-se mal, vestiu-se bem. Está magra, está gorda. Ficam bem juntos, ficam mal juntos. Tiveram um bebé, separaram-se, casaram-se, fugiram juntos…”

Um programa bem disposto e descontraído como o Você na TV! não precisa deste espetáculo degradante para atrair audiências, não precisa de gentes cagonas para ter piada e para que a gargalhada se solte. A dupla mais divertida das manhãs consegue, por si, levar alegria e diversão a mais de 300 mil espetadores  e, portanto, o pagamento de valores assombrosos (por certo) a três “abéculas” para um trabalho miserável que é feito em cerca de 35 minutos semanais, não compensa.

Estou certo de que o fim desta rubrica, do programa da TVI, não será motivo de preocupação no que a audiências diz respeito, até pelo contrário… Uma equipa como aquela que trabalha neste talk-show terá criatividade e imaginação suficiente para “magicar” novas rubricas, mais divertidas, descontraídas, interessantes (é inevitável…) e com menos dinheiro!

O que elas e ele diziam, nós já não ouvíamos…

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