Dei por mim a pensar nas alternativas que a televisĂŁo por cabo portuguesa nos oferece. Há muitos canais mas em muitos deles o tempo que passo ligado Ă antena dessas estações concentra-se abaixo dos 5 segundos. Afinal, o lĂder de audiĂŞncias, o cabo, tem muito para dar mas Ă semelhança dos canais em sinal aberto Ă© preciso saber filtrar o que se pode ver. Ainda assim, a fasquia Ă© muitas vezes elevada mesmo que a Ăşnica referĂŞncia  à lĂngua de Camões sejam as legendas em portuguĂŞs.
A grande qualidade ao nĂvel do entretenimento está mesmo na televisĂŁo por cabo, nos talent shows com verdadeiros talentos, nas sĂ©ries que na SIC, TVI e RTP1 nĂŁo tĂŞm honras de horário nobre, nos doc-reality com edições que prendem os espetadores e nos reality shows que nĂŁo gastam a premissa da casa mais vigiada do paĂs e que de facto estimulam algo aos que estĂŁo de comando na mĂŁo.
É disto grande exemplo, o Lago dos Tubarões. O reality show em que a SIC Radical aposta para as noites de sábado, nomeado para o Emmy de Melhor Reality Show em 2012, é uma grande aposta da ABC e em particular do canal juvenil da estação de Carnaxide. Face a atipicidade dos canais generalistas a televisão por cabo volta a estar na moda. Programas como este são tema de conversa de café e apaixonam alguns telespetadores que se entusiasmam por um formato popular mas com os traços de grande entretenimento que se pede à caixa que mudou o mundo.
As alternativas são poucas mas boas na televisão, oxalá fosse assim num governo moribundo de Portugal, que também ele devia apostar na inovação, crescimento e no fomento da criatividade.