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Movimentos poucos revolucionários

A Televisão
3 min leitura

Falar_Televisao 2012

Sem imagens rasuradas ou a censura do lápis azul, símbolo da ditadura portuguesa do século XX, é em grande parte à Revolução do Cravos, que hoje comemora 39 anos que este site como muitos outros existem e que estou neste lugar e nesta posição a escrever abertamente sobre o que se passa em televisão.

Quase quatro décadas depois, o povo é obrigado a voltar à rua, a gritar pelos seus direitos e a ecoar como foi e o que aconteceu depois do adeus, como se de o antigamente se tratasse. Grândola Vila Morena, volta a fazer parte do imaginário da maior parte dos contestatários que se revoltam contra o governo ou as políticas impostas pela Troika.

Mas é do papel que a televisão ocupa em todo este filme, que esta cronica se vai debruçar. A educação o fomento da cultura não se dão apenas na escola ou num museu. A caixinha que mudou o mundo, mudou também este país à beira mar plantado e mudou com ele e com a revolução. A RTP de hoje não é, sem duvida, a de há 39 anos atrás e não estou a certamente a falar de share ou de rating. E o aparecimento dos canais de televisão privados, não apareciam nem em sonhos de António Oliveira Salazar, aquele que os portugueses elegeram o «maior português de sempre» num programa da estação pública.

O papel acima referido não se enceta nem se reduz apenas à RTP1 e à RTP2, é aliás a todas as outras televisões que têm até por lei a obrigação de cumprir a sua quota parte de serviço público. Levar, ensinar e fomentar os valores e história àqueles que mal a conhecem ou querem dela tirar o maior partido é uma das funções que se exigem à emissoras. Seja através de informação ou do entretenimento, o importante é passar a mensagem, ao invés de dedicar a tarde do feriado à emitir filmes como O dia em que a Terra tremeu ou Soldados da Fortuna.

Porque a história não se acaba hoje e os retratos de uma revolução são a melhor forma de se recordar um período. Um pouco mais de sensatez e de menor visão capitalista não ficaria mal aos responsáveis dos canais que devem em grande parte o lugar que hoje ocupam aos que iniciaram um processo revolucionário e devolveram a democracia a Portugal.

 

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