20 anos depois da sua criação, a SIC estreou no seu horário nobre a série documental «Momentos de Mudança» que mergulha a fundo nas maiores transformações vividas pelo país de 1992 a 2012.
Os casos que todas as semanas nos entram pela casa dentro, mostram pessoas normais, que podiam ser nossos vizinhos e que em vinte anos experimentaram, lado a lado com o país, mudanças profundas e marcantes.
Em 1977, a RTP estreava Gabriela, a verdadeira de cravo e canela, e passaram então a maioria dos portugueses a jantar na companhia da jovem humilde, mas muito sensual. 5 vezes por semana os portugueses juntavam-se para ver o cheiro do cravo e a cor da canela, num pais onde escasseavam os televisores. O ritual, juntava vizinhos na casa com televisor mais próxima, clientes em cafés com expediente alargado e os nem os homens escapavam à febre da novela apimentada que marcou uma sociedade.
35 anos passados, e num país que se diz agora digital, continuam nos mais remotos lugares de Portugal e quem sabe bem perto de nós numa grande metrópole, a haver pessoas que para verem televisão ainda têm que se deslocar a casa dos vizinhos e dos familiares. Estranhe, quem for mais distraído que provavelmente para voltar a ver Gabriela, agora num remake que voltou a espalhar esta mania. Não que não existam em casa dos portugueses, provavelmente mais do que um televisão, das mais modernas e com todos as aplicações possíveis e imaginárias mas que graças à digitalização do sinal, que 7 meses depois da sua implementação ainda apresenta falhas, recorrentes que ultrapassam o limite do razoável.
A tese do investigador da Universidade do Minho, Sérgio Denicoli, veio há dias despoletar um terramoto junto da entidade reguladora e da empresa que alegadamente beneficiou com o processo, pouco claro, da implementação da televisão digital terrestre.
A promiscuidade que coabita entre as empresas e o poder político não é nova e já existia há 3 década atrás. No entanto a seriedade de todo o processo (na elaboração das leis, dos regulamentos, dos concursos, das adjudicações e das alterações subsequentes) deveria ter constituído o superior interesse da população.
Talvez ninguém em televisão se preocupe com aqueles que não a podem ver, por serem já muitos os que a veem, mas Portugal merece mais , maiores, e melhores momentos de verdadeira mudança.
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2 Comentários em "Momentos de (pouca) mudança"
Bando de presunçosos, sic fanáticos, nao tem nada mais útil
para fazer que dizer bem da sic, já chateia, nota-se tao bem neste falar tv , o
vosso fanatismo pela sic, nem tentam esconder, bando de preguiçosos inúteis,
vão trabalhar mas é bando de putos mimados , devem ter papás ricos, ne, sabem o
que é a vida, se pensam que se pode passar a vida a escrever coisas sic
fanáticas sem nexo nenhum!!!
Cresçam e apareçam, bando de presunçosos inúteis, corja do
piorio!
E acabem com esta rúbrica deplorável, que pede um fim há
tanto tempo, visto que não vale mais que o “material” que que cai nas
sanitas!