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Grão a grão enche a RTP1 o papo de espectadores

A Televisão
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A estação pública tem apostado em diversos formatos para conquistar novamente os portugueses, levando assim à subida de audiências e à concretização do seu objetivo: chegar aos 22% de share médio diário até ao final de 2014. É certo que ainda está muito longe de chegar à meta, mas já diz o ditado popular «Roma e Pavia não se fizeram num dia».

A renovação total da RTP1 deu-se em janeiro passado com uma mudança radical no grafismo e na programação. Os concursos em horário nobre extinguiram-se e deram lugar a programas de Informação e séries portuguesas. A primeira aposta foi Sinais de Vida – série de 80 episódios protagonizada por Joaquim Horta, Dalila Carmo e São José Correia – que ficou aquém das expectativas. Registou uma média de 2,3% de rating e 4,1% de quota de mercado, cerca de 220 mil espectadores em média. Esta série chegou ao fim em meados de maio e, como tal, de forma a dar continuidade ao trabalho iniciado, a direção de Programas da RTP1 estreou logo uma nova série.

Bem-vindos a Beirais foi a escolha de Hugo Andrade, diretor de Programas, para o horário nobre da estação do Estado. E, analisando todo o percurso da série até agora, foi a escolha certa. Nos primeiros 50 episódios, a média geral da série protagonizada por Pepê Rapazote, Oceana Basílio e Sandra Santos é de 3,7%, mais ou menos equivalentes a 351 mil espectadores, muito superior à média geral – dos 80 episódios – de Sinais de Vida. No entanto, os bons resultados de Bem-vindos a Beirais não se ficam por aqui porque a série já conseguiu chegar 500 mil espectadores num só episódio. Uma aposta mais que ganha que fez com que a direção de Programas do canal, para além de aumentar o número de episódios de 80 para 100, colocasse em marcha a produção de uma segunda temporada.

Outro exemplo do bom trabalho que a direção da RTP está a fazer é nos programas de entretenimento de sábado à noite. Começou com a tímida aposta de Feitos ao Bife – primeiro gravado e apresentado por Catarina Furtado e depois em direto conduzido por Vasco Palmeirim. O formato de talentos produzido pela Fremantle Media registou uma média de média de 383 mil espectadores. Para substituir este formato, a RTP1 escolheu Sabe ou Não Sabe, desta vez produzido pela Shine Iberia, e apresentado também por Vasco Palmeirim. A escolha não podia ser a mais exata visto que só na estreia o programa alcançou 6,1% de audiência e 16,1% de share, uma média de 579 mil e 500 espectadores. Com este resultado, Sabe ou Não Sabe quase que deixou a RTP1 em segundo lugar na média geral dos canais generalistas com 16,2%. A SIC obteve 17,2%.

Isto tudo para dizer que aos poucos, a nossa (sim, porque é de todos nós) estação pública vai recuperando o que há muito perdeu, espectadores. Aplicando outro ditado popular «Depressa e bem não há quem», logo, ao fim de oito meses de mudança os resultados não podiam ser mais positivos. Hugo Andrade está a focar-se em primeiro lugar nos horários que considera importantes para a estação recuperar as audiências perdidas. Grão a grão enche a RTP1 o papo de espectadores.

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