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Fora do baralho

A Televisão
3 min leitura

Depois do término da sua participação em Companhia das Manhãs, talk-show no qual traçava o quotidiano dos portugueses recorrendo às cartas do tarot, Maya, ou melhor, Eunice, está a preparar o seu regresso aos ecrãs nacionais. Com uma ligação com a estação de Carnaxide que já se alonga há vários anos, com a conhecida Tabela da Maya, a “apresentadora” dará a cara por um novo formato que colocará um convidado em estúdio e dará aos telespetadores as conhecidas informações astrais.

Questiono: será esta oferta televisiva do terceiro canal essencial?

Após a má experiência com Contacto, no qual Maya fez dupla com Nuno Graciano, os portugueses poderão a partir de setembro visualizar a também empresária entre as oito e as nove da manhã, num original espanhol. Afinal, qual a experiência de Maya na “caixinha mágica”? Depois dos apanhados da SIC, nos quais demonstrou toda a sua falta de experiência em televisão, a direção de programas do canal de Pinto Balsemão considera importante um programa que anteceda em uma hora o talk-show apresentado por Júlia Pinheiro. Será que resultará?

Maya Fora Do Baralho

Com as minhas dúvidas, não acredito que Maya consiga bater o líder Bom Dia Portugal e o noticiário da manhã da TVI, Diário da Manhã. Aliás, sem querer ser demasiado negativo por ainda ter visualizado esta aposta da SIC, cheira-me que os telespetadores e críticos de televisão poderão estar prestes a contactar com um fracasso ao nível do extinto Programa da Manhã, comandado por Pedro Mourinho e Vanessa Oliveira. Lembra-se, aquele programa que conjugava a atualidade informativa com as notícias cor-de-rosa, e que chegou a bater os 0% de share?

Acredito no sucesso de algumas ideias da direção de programas da estação de Carnaxide, e que a descida da televisão por cabo em setembro nas audiências possa ajudar, de facto, as generalistas, contudo é necessário ser realista e cauteloso. O que menos se deseja neste momento em televisão, é investir num projeto que acabe por ser um autêntico fracasso. A crise económica que o país e o mundo enfrentam não o permite, assim como a queda de telespetadores nos canais abertos.

Neste sentido, colocar Maya a anteceder as manhãs de um canal que está em terceiro lugar nos talk-shows, não será demasiado arriscado numa reentré que se julga demasiado importante no campeonato das audiências?

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