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Fora de série?

A Televisão
2 min leitura

Quem não se lembra de Sabrina, A Bruxinha Adolescente, na RTP 2, ou mesmo FRIENDS? Para mim séries eram assim: curtas, diárias, cómicas. Mas Portugal começou a receber as séries de 40 minutos, os policiais, os dramas, as comédias/dramas… Uma enchente de séries tão diferentes que mudaram a forma como usufruímos do entretenimento.

Lembro-me vivamente de quando a SIC começou a emitir Donas de Casa Desesperadas nas tardes de Domingo, antes da tão conhecida sessão de cinema. Naquela altura foi uma novidade, pelo menos para mim. Comentei inclusive com alguns colegas o que era aquilo que dava antes dos filmes, porque não era costume. Avançando uns anos, continua uma incógnita aquela imposição bruta da série, num espaço estranho, sem promoção devida, sem avisos prévios. Começou com pouca gente a aperceber-se do que se tratava: um filme em várias partes?
Series
Hoje as palavras séries, temporadas, seasons, episódios, já fazem parte do nosso vocabulário diário. De realçar que no nosso país a explosão das séries é relativamente recente, e para a qual contribuíram a proliferação dos canais cabo/satélite, a democratização do acesso à Internet de banda larga, a instrução cada vez maior da população na língua inglesa, entre outros factores. É frequente ver nos comboios Intercidades jovens com os seus portáteis e netbooks a verem alguns episódios das suas séries preferidas, muitos sem legendagem. Também a frase: já viste o filme X?, muitas vezes já deu lugar a já viste a série Y?

Assim, pergunto-me: será que esta cultura de séries poderá ser benéfica para os canais generalistas, ou antes, está a sê-lo efectivamente? Poder-me-ão dizer que depende da série em questão ou do horário de exibição, o que concordo. Deixo a reflexão no ar…

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