Estreou no passado domingo a segunda edição de Dança com as Estrelas. «A febre da dança», como lhe chama Cristina Ferreira, voltou ao ecrã da TVI e promete fazer companhia aos espectadores durante as próximas semanas.
A meu ver, há uma falha neste programa. O formato é bom, as atuações dos concorrentes e dançarinos profissionais são boas, a apresentadora também, o júri está muito bem composto, contudo a música falha.
Nas primeiras edições do formato, em Portugal, ainda na RTP, isto não acontecia tanto, mas ao que parece, a tendência vem das edições estrangeiras. Numa tentativa de modernizar o programa, as estações e produtoras que emitem o mesmo adotaram um registo musical mais contemporâneo que nem sempre resulta da melhor forma.
Para mim, que estou a assistir ao programa, torna-se desinteressante ver uma atuação em que se dança tango, por exemplo, ao som de Uprising, dos Muse, que já aconteceu na primeira edição. Na gala do passado domingo, a falta de harmonia entre a música e o estilo de dança voltou a repetir-se e um dos elementos do júri fez questão de manifestar o seu desagrado.
Os temas musicais deveriam ser mais adequados ao tipo de dança, evitando forçar uma contemporaneidade que, a meu ver, torna a dança desarmonisosa.
