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Comparação? Não há como fazê-la

A Televisão
7 min leitura

Comparar os programas de informação dos 3 canais é como comparar chocolate branco, preto e de leite.  São produtos diferentes, cada qual com a sua característica própria, mas que satisfazem uma mesma necessidade.

Recuemos ao ano de 1959, onde surge o primeiro telejornal da televisão portuguesa, com a realização de Vasco Teves e apresentação de Mário Pires e Alberto Lopes. Foi um passo importante na afirmação da RTP, que 53 anos depois continua a ser o canal da qualidade da informação. Pelo menos, é assim que se auto reconhecem e são reconhecidos pelos telespectadores. “Bom dia Portugal”, “Jornal da Tarde” e “Telejornal” apresentam diariamente as notícias da atualidade nacional e internacional no que diz respeito ao desporto, política, economia, sociedade e meteorologia. A informação chega ainda mais longe, num leque repleto com programas de jornalismo de investigação, como foi o caso do “Sexta às 9” conduzido por Sandra Felgueiras, onde o objetivo tornava-se bastante claro – abordar temas polémicos que despertassem a curiosidade da sociedade, sem tabus e doesse a quem doesse. Era um risco a correr. Arriscaram e o sucesso ficou a vista. Eis que surge assim um programa que em muito contribuiu para a cultura de reportagens do canal, onde reina a contestação e questionamento de temáticas sensíveis ao telespectador. Indo ao encontro da mesma base de programação, “Linha da Frente”, de uma forma franca e dura, sem omitir a realidade dos factos, desvendou as histórias que se passaram no mundo não desvalorizando o foco português, decifrando deste modo aquilo que se passa na atualidade com a seriedade e o rigor da informação que o povo já reconhece da RTP. Internacionalmente também é possível acompanhar o trabalho efetuado pelos repórteres e jornalistas da Rádio e Televisão Portuguesa, através da RTP Internacional ou via internet, no site oficial da estação.

“Crescemos juntos” é o slogan que marca os 20 anos da Sociedade Independente da Comunicação. É verdade… já lá vão duas décadas de factos e personalidades que fazem as notícias do País e do Mundo, revelados e tornados públicos pelo canal generalista. Logo de manhã, às 07:00h em ponto, a SIC apresenta em primeira mão os principais destaques das páginas dos jornais diários, a meteorologia, o trânsito de Lisboa e do Porto, não esquecendo os mercados bolsitas e o jornal de economia. O dinamismo da informação não é esquecido no “Primeiro Jornal” e “Jornal da Noite”, apresentados por  Clara de Sousa e Rodrigo Guedes de Carvalho. Nos principais noticiários do dia, são apresentadas secções de reportagem que marcam a diferença face aos restantes canais de televisão como o “Perdidos e Achados”, onde são recuperadas pequenas histórias que foram notícia e que nunca mais se ouviram falar, retratando o antes e o depois. Reportagens que nos fazem recorrer ao nosso pequeno grande espaço de memórias que coabita no nosso intelectual. O “futuro hoje” também se tornou um importante marco na divulgação das ideias que mudam o universo dos jogos, das máquinas e as interações com o utilizador no mundo virtual. Lourenço Medeiros dá a conhecer as inovações tecnológicas que são lançadas no mercado, onde muitas das vezes, para as adquirir, o telespectador tem de dar uma vista de olhos às suas “contas poupança”. Em tempos de crise o dinheiro passa a ter mais valor e é necessário saber geri-lo. É o que esta recente rúbrica do “Jornal da Noite” procura informar e mudar comportamentos da sociedade de forma a controlar da melhor maneira o orçamento mensal das famílias. Mas sejamos imparciais, e o que é certo é que nem tudo brilha na informação deste canal. Os pivots muitas vezes cometem gaffes e nos rodapés ao nível da escrita são grandes os erros ortográficos que sobressaem aos olhos de qualquer um. Ponto desfavorável para a reputação dos noticiários da SIC que uma vez ou outra lá se encontra no youtube como motivo de galhofa por parte dos internautas.

A TVI começa o dia com a síntese da informação das primeiras notícias que marcam a atualidade com o “Diário da Manhã” apresentado pela Ana Sofia Cardoso e Frederico Mendes Oliveira. Em constantes ligações em direto com repórteres espalhados pelos vários pontos do país e a presença de convidados que dão o seu comentário pessoal às notícias que são foco de destaque nas edições, formam um programa dinâmico e de qualidade reconhecida por todos aqueles que preferem o canal líder de audiências. À hora de almoço e jantar, fazem-lhe companhia nomes como Pedro Pinto e José Carlos Castro no “Jornal da Uma” e ainda José Alberto Carvalho e Judite Sousa, recentes apostas da TVI que conduzem o “Jornal das 8”. A TVI pretende assim reafirmar a sua marca no mercado, mostrando que é capaz de diversificar e modernizar, afastando-se daquilo que é comum na concorrência. Credível, responsável e por vezes ousado é também aquele a quem todos os portugueses depositam o seu apreço e confiança merecidos. Marcelo Rebelo de Sousa apresenta, Domingos á noite, o seu lado imparcial sobre as notícias que fizeram a semana, respondendo a questões colocadas pelos telespectadores e fazendo, no final, uma sugestão de obras literárias. Semanalmente, “Repórter TVI” apresenta à semelhança da SIC e RTP um espaço de reportagem sobre temas polémicos, investigações e alertas sociais, que complementam o leque da informação. “Eles informam, você decide”.

A informação em Portugal está de parabéns. Premiações atrás de premiações enriquecem o valor das reportagens e investigações efetuadas pelos nossos jornalistas e repórteres. A SIC que venceu recentemente o Prémio Gazeta da Televisão com duas reportagens, a TVI distinguida com o premio AMI Jornalismo contra a Indiferença e o Premio ACIDI pela excelência do jornalismo de Alexandra Borges e ainda o Prémio da Sociedade da Informação atribuído a Vasco Trigo, jornalista da RTP, enchem-nos de orgulho e provam que em Portugal se fazem bons trabalhos ao nível da informação.

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