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Cartão Vermelho de São José Correia

A Televisão
2 min leitura

São José Correia em entrevista ao Correio da Manhã traçou um cenário negro da falta de qualidade e originalidade de que padece a ficção nacional. Nas novelas como no futebol não há lugares cativos ou titulares indiscutíveis.

A melhor defesa é o ataque e quando apanhada na zona mista a avançada com sede de vitória afiou bem à ponta da lança e atirou-se aos guionistas, aos colegas atores, aos lóbis da indústria que descreve como pequena e de limitada criatividade onde a beleza dos protagonistas se impõe ao talento.

Que a ficção nacional em especial a do clube de Queluz estava obsoleta, onde a falta de concorrência provocou um conforto instalado na cultura guionista, parece inquestionável. Mas a concorrência que parecia adormecida foi ao mercado, renovou o plantel e já morde os calcanhares dos rivais na classificação.

Das duas uma, ou estes ecos expõem o que ninguém quer ver – histórias repetidas, personagens lineares –  e provocam a chicotada psicológica que o povo precisa mas não sabe pedir ou cerram-se fileiras e a estação impõe o blackout  por parte dos atores que tanto se preocupou em fazer assinar contratos de exclusividade.

Face à falta de estímulos de que se queixa, espero que a São José corajosa e frontal não seja a maçã podre que contamina o balneário. Entre os conservadores haverá quem pense, que quem não está bem muda-se.

Em televisão, como na vida não há tempo para adormecer à sombra da bananeira e oxalá o “grito do ipiranga” de São José incite a mudanças no universo televisivo onde a competição e a qualidade é doce e nunca amargou.

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