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Bastos Bestial

A Televisão
2 min leitura

Há muito que tenho escrito sobre o insucesso coletivo de Sedução, e o sucesso individual de alguns dos seus atores. De facto, há situações que, por vezes, de tão estranhas que parecem ser, acabam por suscitar dúvidas.

Já defendi a excelente prestação de Fernanda Serrano, podia elogiar a sofrida Maria João Luís, o terrível Pedro Granger, a irrepreensível Sofia Ribeiro ou até mesmo a prestável São José Correia, entre muitos outros, mas não. Hoje, o Falar Televisão é dedicado a uma das atrizes que mais me surpreendeu nesta história.

Desde o primeiro minuto que achei piada à escritora Ester. O seu guarda-roupa diferente daquilo a que estamos habituados, o lado extravagante, um tanto ao quanto “hollywoodescos”, inspirado em atrizes, escritores, jornalistas, que fazem parte da nossa televisão, captaram de imediato a minha atenção. A intérprete, Maria João Bastos, há muito que provou que é capaz de fazer qualquer papel, mas nesta Sedução conseguiu seduzir-me de uma forma diferente.

E é assim que se explica o crescimento da sua personagem e o impacto que está a ter na história, tanto que, talvez surpreendentemente, pareça que, atualmente, tem muito mais importância na ação do que a própria Júlia, de Fernanda Serrano. Por um lado é de lamentar, mas por outro é de elogiar.

Maria João Bastos está fantástica e a sua Ester merece os maiores elogios. As suas tramoias, o seu lado mais maléfico, o mais divertido, tudo junto só podia ter um fim: sucesso. E, embora os portugueses não tenham dado o devido valor à trama de Rui Vilhena, o autor conseguiu criar grandes valores para a carreira de cada um dos atores que integram esta produção.

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