«Parte! Dá!», é como se de um jogo de cartas se tratasse, que o cosmos televisivo português pode ser entendido. Nos momentos da verdade o mecanismo é sempre o mesmo e na hora de escolher, a ausência de ideias cansa o telespetador que ainda assim tem no telecomando o seu maior trunfo.
Ver os principais canais apostar repetidamente nos mesmo formatos e introduzir sempre os mesmos duques para a palhaçada, gastando receitas de si já gastas não constituiu, por si só, o melhor dos truques e pode mesmo significar um terno nas audiências. Acreditar numa boa mão para apostar em certas quadras do calendário televisivo não é sempre resultado de uma vitória garantida e a aposta pode ser de risco.
No país das quinas no que toca a televisão estamos já habituados a cenas tristes e cartas furadas onde somos obrigados a assistir como se a um jogo de bisca nos reportássemos onde é predominante pescar os naipes que todos quiseram descartar. É neste jogo que os espetadores são autênticos valetes ao serviço de suas majestades as damas de copas Teresa Guilherme e Júlia Pinheiro que servem os reis Luís Marques e Luís Cunha Velho neste verdadeiro país das maravilhas, onde invariavelmente mostram o jogo.
E neste jogos com baralhos personalizados, só os ases podem compor a vazada e escolher o rumo de umas partidas viciadas em que por mais que se baralhe o vencedor é sempre o mesmo.