Se vos disser que os jornais económicos são os únicos que aumentaram as suas vendas, revertendo a tendência geral de todos os outros… O que me diriam?
Bem, o que me dizem pode ser favorável, contraditório, indiferente. Mas o que pertendo com esta primeira rubrica da semana é esplanar a importância da política para a subsistência (atual) dos Media. Imprensa, Televisão, Rádio, Linha e até mesmo nas Artes, a política assume-se como o tema central de qualquer conversa ou discussão.
Discutir números, comentar taxas, observar efeitos secundários das medidas económicas… São funções que ganhámos com esta crise. Chamem-me de louco, idiota ou somente otimista, mas, e se a crise tem tudo de mau, a verdade é que nunca se ouviu, viu e leu tanto sobre política e medidas económico-financeiras. As pessoas estão mais informadas e mais conscientes da economia real, querem saber mais sobre o assunto, a sua preocupação com o futuro deixa-as inquietas mas, sobretudo, interessadas.
E de quem é a culpa? Da Comunicação! Dos Media!
Assim se vê a importância dos órgãos de comunicação social no nosso quotidiano. Nós, cidadãos comuns e ignorantes, falamos do que eles nos dão sobre o que falar. Discutimos o que eles nos dão para discutir. E, desta forma, a política tornou-se o tema central das nossas conversas.
Mas, isso é bom ou é mau? Isso já vai depender da opinião de cada um, claro está. Mas, e se me é permitida a liberdade da escrita, no meu entender é ótimo! Vivendo numa democracia em que o voto se assume como responsabilidade fundamental para o funcionamento conformado com as ideologias gerais, acho fundamental as pessoas, cidadãos a quem é dado o voto de eleição de representantes, mais do que informadas acerca das políticas nacionais praticadas, compreendam o funcionamento e aplicação dessas mesmas políticas. É preciso conhecer e compreender para praticar, para eleger.
Em tom de conclusão direi: nunca antes a comunicação social me pareceu tão, evidentemente, importante. Dai-nos mais sobre o que discutir, Media!
