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A guerra dos números

A Televisão
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Depois do primeiro confronto entre Cante Se Puder e Dança Com As Estrelas, na noite do passado domingo, começou a guerra dos números. Quis o destino que os números da GfK dissessem que durante o confronto directo os concursos da SIC e da TVI estiveram muito próximos. Os dados do serão de domingo dão margem para imensas interpretações – e foi isso que se constatou no dia seguinte.

Que em fóruns, caixas de comentários e afins haja acesas lutas entre «partidários» de um canal e do outro, isso já é habitual. A diferença desta vez foi que as próprias estações reclamaram para si a vitória nas audiências. Uns com números apenas do confronto directo (até perto das 23h), outros com intervalos incluídos, outros ainda com dados do chamado «público comercial», todos defendiam a sua tese.

Não vou aqui alimentar essa «guerra». De facto, tanto a SIC como a TVI têm motivos para cantar vitória. Ambas as estreias estiveram bem. Mas há uma outra análise que deve ser feita. Cante Se Puder teve uma grande estreia, e com 15,9% de rating e 33,1% de share torna-se o programa dominical da SIC com a melhor estreia dos últimos tempos. À luz dos resultados habituais da estação de Carnaxide, a estreia do concurso de César Mourão e Andreia Rodrigues dificilmente poderia ter corrido melhor.

Quanto ao formato apresentado por Cristina Ferreira, apesar de ter sido o programa mais visto do dia e ter liderado com grande vantagem a partir do momento em que Cante Se Puder terminou, não brilhou na estreia. Com 16,1% de rating e 38,5% de share, esta é a pior estreia de um «programa de domingo à noite» da TVI desde a entrada em funções da GfK. E convém não esquecer que concorreu durante parte substancial da sua emissão com a repetição de Aqui Não Há Quem Viva.

Vamos ver se a proximidade entre os dois programas se mantém, ou se um irá destacar a sua liderança sobre o outro. Se isso não acontecer, a guerra de números continuará.

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