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A boa fé do Daniel

A Televisão
2 min leitura

A programação pode ser cada vez mais obsoleta mas se há coisa onde as estações generalistas funcionam na perfeição é na forma como gerem a sua grelha e a adaptam às circunstâncias que acabam por moldar cada dia. Tarefa não muito difícil, bem vistas as coisas. Mas mesmo assim não deixa de ser algo curioso de notar entre a RTP, SIC ou TVI.

Com o desaparecimento de alguma figura marcante da sociedade nacional ou internacional, essefator é levado ao expoente máximo. No passado recente, tal aconteceu com José Saramago, em 2010, com António Feio, no mesmo ano, entre muitas outras situações. Nesta sexta-feira, com a morte de José Hermano Saraiva, o “comportamento” foi o mesmo. Pelo menos, por parte da RTP e da SIC. A estação pública emitiu esta noite uma entrevista exclusiva ao historiador, tendo já agendada para este sábado a exibição de um documentário biográfico de Hermano Saraiva.

Já na SIC, a situação é muito mais paradigmática. Não é a primeira vez que a estação de Carnaxide, sem este tipo de “obrigações” típicas da televisão do estado, utiliza o Alta Definição como montra de homenagens e recordações de figuras públicas. Na boa fé, partimos do principio de que os responsáveis da SIC e, neste caso em especial, Daniel Oliveira, retransmitem a entrevista concedida por José Hermano Saraiva com um único sentido: o da homenagem. Mas a distância entre a homenagem e a mera oportunidade para subir as audiências, amanhã, pelas 14:00, é uma linha demasiado ténue para a minha boa fé…

 

 

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