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A Entrevista – Paulo, ex-concorrente da «Casa dos Segredos 5»

David Soldado
11 min leitura

Destaque Paulo A Entrevista - Paulo, Ex-Concorrente Da «Casa Dos Segredos 5»

Paulo foi o quinto concorrente a abandonar a Casa dos Segredos 5, sendo o quarto a ser expulso por decisão dos portugueses. Desempregado e com 44 anos, Paulo decidiu entrar na casa mais secreta do país a convite do filho. Numa entrevista exclusiva ao site A Televisão, o pai do Hugo não se mostrou arrependido da sua entrada no «jogo». As discussões com a Agnes foram um dos vários assuntos comentados.

2 A Entrevista - Paulo, Ex-Concorrente Da «Casa Dos Segredos 5»

 

Como é que foi conviver no meio de pessoas mais jovens do que o Paulo?

Foi viver como mais um jovem. Sentia-me mais um, entre aqueles jovens todos. Não sentia falta de ter alguém da minha idade para falar, para desabafar…zero! Senti-me integrado como se fosse um jovem de 25 anos.

Mas tendo 44 anos, onde é que foste buscar aquela energia toda, aquela boa disposição que mostraste na casa?

É a minha maneira de estar na vida. Eu sou mesmo divertido, sou mesmo brincalhão. Aliás, se vires o meu filho (tenho lá um filho, como sabes), é exatamente como eu – brincalhão, quer é palhaçadas, quer é fazer partidas. É exatamente como eu sou. Sempre foi assim. Foi super fácil estar na casa, isolado do exterior. Eu como tenho uma vida de trabalho como um bom português – de manhã à noite –, pouco tempo tenho para esse tipo de situações.

Entraste na casa porquê?

Porque o meu filho quis entrar nesta brincadeira e convidou-me. E eu, epá, porque não? Abracei logo isto. Não tive nenhum receio em entrar na casa.

Que expectativas é que tu tinhas?

As minhas expectativas eram das melhores. Era: vou ali para me divertir, viver um dia de cada vez e tenho que sair aqui pelo melhor. E foi aquilo que eu fiz.

O facto de teres o teu filho na casa tornou mais fácil lidar com essa pressão de estar fechado?

Não, não. Era a mesma coisa. Se o meu filho não estivesse lá, seria a mesma coisa. Eu comportava-me da mesma maneira. Ia ser a mesma pessoa.

Sentiste-te o pai daquelas «crianças»?

Não me senti o mais velho. Além disso não senti aquela pressão de dar uma boa imagem lá para fora por ser o mais velho. Eu fazia muitas coisas, inclusive era pior que eles. Aliás, as raparigas do meu quarto até diziam: «Oh Paulo, tu és o pior. Pára com isso!». Eu fazia partidas mesmo fortes, porque é a minha maneira de estar na vida. Mas obviamente que depois tentava arranjar uma organização – fazer o comer, ajudar na cozinha…

Há quem diga que tu estavas inserido num grupo que combinava nomeações…

Não, nada disso. Era o meu maior receio – entrar neste jogo e haver um líder, tipo «eu é que mando aqui». Isso para mim era complicado, porque eu quero ser um líder – e sabes que fui considerado o líder – mas o líder no aspeto de «Menino, olha!» [de manter o respeito]. Mas de resto… palhaçada, palhaçada… Percebes? O líder no bom sentido. De todo, não existia mesmo líder. Obviamente que isto é um jogo. Começa a haver dois ou três – «isto é uma estratégia de jogo…». «Espera aí, já viste o que ela disse?» Isto acaba por acontecer. O ser humano é mesmo assim.

Esperavas a saída?

Não, não esperava a saída…[Os mais velho tendem a ser os primeiros a sair] Não sei, se calhar… «sai daí, deixa eles partirem aquilo tudo!» (risos)

Achas que os portugueses ficaram com uma boa imagem de ti? O que é que as pessoas te têm dito?

Ai acho, mesmo. Aliás, já estou aqui há dois ou três dias nisto…Têm dito: «Devias ter ficado na casa, a Flávia é que devia ter saído». Mas o que eu digo às pessoas é que isto é um jogo: tem coisas boas, tem coisas más. É como jogar ao Poker…

E as confusões entre ti e a Agnes, o que é que realmente te fez confusão nesta concorrente?

Foi o início, foi aquela revolta como mulher. Não sei se sabes a história dela, da vida dela… Tem muito a ver com a maneira de ela estar na vida. Aquela revolta, porque é que tens cá um filho e eu não tenho os meus filhos? Porque é que tu choras se eu não choro? Mas depois quando entrou na segunda hipótese que ela teve, ela mudou e tem vindo a mudar. Pronto, entretanto, como sabes, fiz-lhe um strip, dancei com ela. Tanto que ela despede-se de mim, quando eu estou cá fora, e diz as palavras: «Foi pena não ter conhecido mais o Paulo». A mim guardava ali aquela coisa «será que tu estás a ser mesmo boa, será que não estás?». No fim foi demonstrado um bocadinho mais…

Mudaste de opinião quando soubeste o segredo dela?

Pá, isso faz sofrer muito uma pessoa… Faz com isso ganhemos algumas defesas, não é? E ela então defendia-se muito. E agora como entrou, e começou a ver realmente eram jovens que queriam tentar brincar e divertir-se e meter-se com as pessoas, ela começou a pensar: «Espera aí, isto não é um jogo. Eu não estou a ser torturada… Eu estou somente a viver com jovens que estão um bocadinho mais acima de mim».

A imagem que vocês passaram cá para fora foi que estavam todos contra a Agnes. Achas que o facto de vocês terem criado aquelas discussões deu um maior protagonismo (e mais popularidade) a ela?

Pode ter acontecido… Se eu dissesse que não, se calhar estava a ser injusto para comigo. Pode ter acontecido. Mas não acredito que a minha saída está relacionada com o episódio da Agnes. Não quero pensar por aí… Como sabem, eu fui nomeado – não pelo jogo, mas pelo amor (se não fosse eu, era o Hugo). Pronto, foi um jogo. Tanto é que antes de começar esta edição, na Casa dos Segredos 5, sabia-se que muita coisa ia haver, muita coisa se ia alterar. Podíamos contar com tudo, podíamos contar com nada. Foi o que aconteceu comigo.

Em relação ao Hugo, ele deu tudo a perder devido ao comentário racista que fez. O que tens a dizer sobre isso?

Epá, vocês são jovens e às vezes a gente conta umas anedotas um bocadinho melhores – ou do cigano, ou do chinês…O meu filho vive num bairro. Ele andou na escola com ciganos e pessoas de cor. Ele já pediu desculpa. Não temo quando ele sair da casa. O facto de estares na televisão parece que as coisas estão muito mais lá em cima, mas depois acaba por chegar a uma conclusão do que se passou.

E a relação do teu filho com a Inês, o que é que tens a dizer?

Um jovem com esta idade quer é viver o momento. Está a viver aquele momento com uma grande cumplicidade, com uma grande compaixão. Eu posso dizer-te isso, porque ele é meu filho. E a pessoa mais próxima a mim, que eu apoiava e gosto muito é a Inês. Então, sei perfeitamente o que estou a dizer. É uma cumplicidade, e estão-se a agarrar. Ambos são meigos, ambos precisam de um carinho, precisam de alguém. Mais agora que sai o pai, ele vê-se mais ligado a ela.

O facto de ele ter descoberto a história com o Bruno e o facto de agora a Inês ser considerada a «mentirosa» lá da casa pode abalar essa relação de cumplicidade?

Ele já sabe um bocado da história. Ela omitiu algumas coisas, com medo que daí perdesse o Hugo e perdesse o amigo dela, que era o Paulo. Como sabes, ela a mim também omitiu. Mas penso que quando ele souber mais um bocadinho da verdade, vai continuar na mesma. Ele sabe que houve ali um enlace [Entre Bruno e Inês], mas não sabe que teve mais tempo que o que ela diz. Ela diz que namoriscou, mas não foi um ano.

Qual foi o segredo que te surpreendeu mais?

Foi o segredo do Didi [Ódin – «Tenho um fetiche pela Teresa Guilherme»]. Mesmo olhando para aquela tatuagem, quem é que vai descobrir?

E o que é que vai ser agora o teu futuro?

Agora o que eu espero é ir para o meu trabalho, depois daí começar a ver o que é que me pode aparecer – consoante as propostas chegam, eu vejo. «Olha, isto é bom, ok!». Mas para que eu saia do meu emprego, tem que ser mesmo uma coisa que me faça tirar. Eu tinha um projeto novo antes de entrar na Casa dos Segredos, que é um bar onde vou trabalhar. Esse vai ser o meu projeto, tendo dito [antes de entrar] ao meu sócio/gerente «esperas por mim, que eu vou ali…»; «tens todo o meu apoio», assim aconteceu.

1 A Entrevista - Paulo, Ex-Concorrente Da «Casa Dos Segredos 5»

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