Seja bem-vindo(a) a mais um Cine-Opinião. O mês de maio de 2013 fica marcado por uma nova temática no Cine. Este mês o Cine-Opinião viaja ao mundo da ficção cientifica.
Contrariando todos os cânones do cinema, o realizador e criador Christopher Nolan, atravessa fronteiras e torna qualquer êxito de bilheteira em arte. Inception é disto exemplo, quando alia o sucesso em cifrões com uma história inesquecível e de qualidade que constituem um salto criativo no cinema criado para encher os cofres das distribuidoras.
De argumento complexo, talvez até demais para um filme que em pouco ultrapassa as 2 horas, Inception bombardeia o espetador com informações constantes e fugazes. No entanto as sequências de ação deixam todos fascinados, e quem entrar numa sala de cinema, aberto a uma viagem pelos sítios mais recônditos da mente, rapidamente se deixa levar pela película de Nolan que assegura as ferramentas necessárias para a compreensão do filme, que é em si tão abstrato.
O conceito de Inception é brilhante. Aliando os elementos que muitas vezes prendem os espetadores aos filmes, como o elenco ou os efeitos especiais, Inception garante uma realização inspiradora, uma fotografia cativante, e uma banda sonora milimetricamente pensada pelo magnifico Hans Zimmer.
Em Inception, o realizador britânico reinventa todos os lugares comuns, desde a formula de clássicos filmes de assalto, em que se planeia um assalto, seguido da execução com os devidos imprevistos, a viagem pela mente é criada de forma espetacular, onde faltam superlativos para classificar a longa metragem. Nolan mostrou toda a sua mestria ao fazer uso de clichés assim e torná-los sedutores ao olhos dos mais críticos.
Inception conquista tanto pelo seu poderio visual, como no fim, mais do que fazer pensar faz sentir, aqueles que olham para a sua estrutura trivial como mais um filme e não como uma obra prima.
