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“Anjo Meu”: o caminho até “Vila do Anjo”

A Televisão
50 min leitura

Reportagemanjomeucopy &Quot;Anjo Meu&Quot;: O Caminho Até &Quot;Vila Do Anjo&Quot;Foi durante a apresentação de Sedução à imprensa, a 18 de Outubro, que André Cerqueira, então director de programas de Queluz de Baixo, lançou a “primeira pedra”, que é como quem diz, anunciou que a próxima telenovela da TVI seria uma produção de época, e mais tarde, veio-se a saber que os anos 80 foram os escolhidos.

Seis meses e dois dias depois, Anjo Meu chega hoje aos ecrãs da televisão de Queluz de Baixo. No dia da estreia, o TV Universo apresenta-lhe mais uma Reportagem TVU onde lhe dá a conhecer tudo o que tem que saber sobre esta nova história.

O Início

Tal como referido, foi precisamente na estreia da telenovela de Rui Vilhena que André Cerqueira anunciou esta nova trama. Na altura, a imprensa chegou a escrever que alguns actores de Sedução chegaram mesmo a “pedir” ao argumentista para matar as suas personagens de modo a que pudessem fazer parte do elenco desta história. Todavia, nenhum deles viu o seu desejo concedido, até porque o elenco de Anjo Meu sofreu, ao longo destes últimos meses várias alterações.

Escrita por Maria João Mira, em parceria com o seu filho e companheiro de sempre, André Ramalho, Anjo Meu é rodada em Sobral de Monte Agraço, mas na história, a terra chama-se Vila do Anjo e situa-se no Alentejo. A primeira fase da história remonta ao pós-25 de Abril, sendo que passam depois dez anos e é aí que se desenvolve a trama.

Em entrevista recente à TV 7 Dias, a argumentista abriu um pouco da ponta do véu desta sua nova telenovela: “A novela começa precisamente no 25 de Abril de 1974, porque nessa altura acontecem algumas coisas a algumas personagens”, começou por dizer, continuando: “as realidades são bastantes diferentes e isso é que será engraçado, pois nessa época a nossa vida era outra. Não havia telemóveis, nem Internet, entre outras coisas”.

As expectativas são elevadas e um verdadeiro elenco de luxo promete ajudar os portugueses que viveram os tórridos anos 80 a reviverem-nos e aqueles que não os viveram a ficar com uma ideia de tudo o que se passou na altura.

A história

Tudo começa pouco tempo depois do 25 de Abril de 1974, quando a família Rebelo da Cunha perde o seu poderoso império empresarial e a herdade da Tamargueira, propriedade da família, ocupada no verão quente de 1975. Sendo eminente a prisão de Geraldo, o patriarca, a família prepara a fuga da terra, mas não sem antes passar pela tragédia da morte da mulher deste homem, vítima de uma bala perdida. Geraldo parte, então, com a filha, Eva, para Nova Iorque e confia as jóias da família a uma criada de confiança, Joana Rita, para que ela as entregue, mais tarde. Mas tal nunca chega a acontecer.

Dez anos depois, em Nova Iorque, Geraldo ainda não recuperou do desaire financeiro e emocional. Frequenta casas de jogo clandestino e contrai dívidas com a Máfia. Um dia, a sorte do patriarca dos Rebelo da Cunha muda, ao ganhar uma fortuna ao jogo, e decide voltar para Portugal.

No Alentejo, Joana Rita passou de criada a patroa. Comprou a herdade onde anteriormente trabalhava e é figura de proa na Vila do Anjo, preparando-se para concorrer a Presidente da Câmara. Mas a chegada do antigo patrão pode mudar tudo. Ele quer descobrir a verdade sobre a morte da mulher e desaparecimento das jóias da família. Joana Rita é, naturalmente, o alvo das suas suspeitas. O regresso desencadeia uma segunda revolução, na Vila do Anjo. Uma guerra de onde ninguém sairá ileso. Nem mesmo Eva e Matias.

Eva e Matias conheceram-se em circunstâncias dramáticas, antes da fuga. Desde então, os dois trocaram cartas apaixonadas. De volta a Portugal, a jovem espera encontrar o amado e, finalmente, viver o romance que alimentou durante dez anos. Está longe de suspeitar que Matias é filho de Joana Rita, porque ele nunca lho revelou. Mas a inimizade dos pais não é a única barreira que separa Eva e Matias.

Na Vila do Anjo, diariamente, o telespectador reviverá os anos 80 através das histórias que se cruzam entre personagens que amam, odeiam, sonham, vencem ou vivem dramas e desilusões. Dos triângulos amorosos, à ambição política e à eterna procura da felicidade, famílias irão lutar pelos seus lares, emigrantes vão regressar à sua terra natal e os fantasmas do passado irão adensar os mistérios que a vila e seus habitantes podem esconder.

Da cosmopolita Nova Iorque a uma pequena vila do Alentejo, Anjo Meu revisita o Portugal dos anos 80 e a sua relação com o resto do mundo.

Rebelo da Cunha

Geraldo Rebelo da Cunha (João Reis) – É um homem conservador e orgulhoso dos seus valores. Vive preso ao passado e quando acredita numa causa, leva-a até ao fim, sem olhar a meios. Esconde a faceta mais terna que só se revela com a filha (e ainda assim, raramente). É um solitário, preso num universo extinto mas demasiado orgulhoso para o admitir. Só o afecto pode mudá-lo.

Eva Rebelo Da Cunha (Sara Matos) – Nasceu em Lisboa, filha única de Geraldo e Maria Luísa. Teve uma educação conservadora, em colégios internos e pouco conviveu com o pai, até à mudança para os Estados Unidos da América, onde se tornou no suporte emocional do progenitor. Apesar de educada nos valores tradicionais da família, tem ideias próprias. Herdou o orgulho do pai, mas não a sua obsessão pelo passado. Vive cada dia como pode e procura sempre o lado positivo. Generosa e altruísta, avança para ajudar quem precisa sem pensar em si própria e muitas vezes vê-se em grandes aflições por causa disso. Mas quando se sente traída não perdoa facilmente. Pragmática por obrigação, não deixa de ser sonhadora e romântica. Cresceu com referências que não reconhece como suas. Procura um tronco seguro a que se agarre, a terra onde nasceu pode sê-lo e o amor também. Mas terá de lutar muito para conquistar qualquer deles. Vive uma paixão proibida com Mateus.

Saraiva

Joana Rita Saraiva (Alexandra Lencastre) – Viúva, nasceu na herdade da Tamargueira onde os pais trabalhavam. Ainda adolescente começou a trabalhar como criada na casa dos Rebelo da Cunha e casou com Alípio, que era muito mais velho do que ela. Este passou a maior parte da vida emigrado em França mas ela nunca quis deixar Portugal. Tiveram dois filhos, Matias e Henrique. Aquando do 25 de Abril, era governanta leal de Geraldo que se servia dela como objecto de prazer. Essa lealdade custou-lhe cara. Durante a revolução era olhada de lado pelo povo. Mas quando Geraldo fugiu com a família, deixou-a para trás e foi um golpe duro para Joana Rita. Sentiu-se traída, abandonada e com todos contra si. “Virou a casaca” e tornou-se uma revolucionária. Liderou a ocupação da herdade e, anos mais tarde, quando o marido morreu e lhe deixou uma herança, comprou-a e transformou-a no sucesso que é hoje. Tornou-se patroa onde antes era criada. Personalidade importante na Vila do Anjo prepara-se para disputar as eleições à Câmara Municipal. Tem uma vontade de ferro e orgulha-se das suas origens humildes. É alegre, viva e positiva. Usa os recursos que dispõe e não se envergonha disso, porque foi a vida que a fez como é. É uma mulher de afectos mas não deixa que interfiram nos seus objectivos. Vai até ao fim, custe o que custar.

Hermano Saragoça (Rui Mendes) – Irmão de Joana Rita. Trabalhou sempre na herdade da Tamargueira. No 25 de Abril, foi um dos que lideraram a ocupação da herdade, mas um acidente durante o processo deixou-o incapacitado para trabalhar. Hoje sustenta-se da caridade da irmã que lhe ofereceu um lugar de encarregado do Lagar, na Tamargueira. Vive repassado de ressentimento e rancor. Tem uma inveja secreta da irmã mas bajula-a.

Matias Saraiva (Pedro Teixeira) – Filho de Joana Rita e Alípio Saraiva. Em criança, foi viver para França, com o pai. Voltou no 25 de Abril, para participar na revolução, mas ficou desiludido. Isolou-se da família e da sociedade, aceitando trabalho de braço para sobreviver. Volta agora, por pressão da mãe para tomar o lugar na família e na empresa. Mas as feridas do passado e as dificuldades de adaptação são muitas. É leal, generoso e detesta a hipocrisia e a mentira. Não perdoa a traição. É emotivo e por vezes comete excessos. Quando erra, não tem vergonha de o admitir. Tem uma paixão avassaladora por Eva.

Zé Maria Cabrita (Nuno Gil) – Nunca conheceu os pais. Joana Rita trouxe-o do orfanato e deu-lhe casa, educação e afecto maternal. É invulgarmente inteligente e perspicaz. Foi o primeiro na escola e no curso de Direito. Nunca deu dores de cabeça em casa, mas não tem o primeiro lugar no coração de Joana Rita. É o seu braço direito na empresa agrícola, mas só porque Matias recusou essa função. Com o passar dos anos, desenvolveu um rancor contra ele que esconde com habilidade. É dissimulado, insidioso e mortífero. Tem uma fraqueza: Uma paixão secreta por Eva que pode interferir com o seus objectivos de vida. É contido e tudo o que diz é pensado, planeado e intencional. Raramente deixa transparecer as emoções.

Henrique Saraiva (Victor Emanuel) – Filho mais novo de Joana Rita e Alípio Saraiva. Foi sempre mediano. Zé Maria e Matias brilhavam mais do que ele. Estudou em Lisboa onde conheceu Gracinha. Apaixonou-se por ela e casaram rapidamente. Voltou com ela para o Alentejo onde vivem agora, na herdade da Tamargueira. É um homem despretensioso. Gosta das coisas simples, da terra e de passar horas na conversa com os amigos. Está bem com a vida e com os outros. Conciliador, bem-humorado e raramente se exalta. Adora a mulher e acha graça à sua vivacidade.

Maria Da Graça Saraiva (Gracinha) (Helena Costa) – Mulher de Henrique. Nasceu e cresceu em Lisboa, numa família numerosa e com poucas posses. Desde cedo aprendeu a lutar a pulso para conquistar um lugar ao sol. Fez a escolaridade obrigatória e trabalhava num centro comercial quando conheceu Henrique, o rico proprietário alentejano. Era a sorte grande e não a deixou escapar. Rapidamente casaram e mudaram-se para o Alentejo. É vistosa, divertida, solar, desbocada, auto-confiante e cheia de recursos. Quando se mete em sarilhos, sai deles com facilidade. Sobrepõe-se a tudo e a todos, menos a Joana Rita, que a controla com rédea curta. Não tem filtros éticos. Chegou até ali com esforço e tenciona garantir o que conseguiu. No fundo gosta mais do marido do que admite a si própria.

Gabriel Quintela (Pedro Laginha) – É solteiro e viveu sempre em Lisboa. Enólogo e filho de uma família abastada, viu tudo desmembrar-se após o 25 de Abril. Perdeu a família e a noiva. Entrou num processo de alienação. Afastou-se da família e de tudo o que tinha relação com a sua vida anterior. Passou os últimos anos a deambular pelas ruas de Lisboa sem se importar com a própria sobrevivência. Aos poucos construiu o universo paralelo onde vive agora, como se tivesse regressado à adolescência, antes da tragédia. Lê muito. Histórias de aventuras e heróis, daquelas que acabam sempre bem. Acaba por ser instrumento num plano de Zé Maria para desacreditar Matias. E, por ironia, tornar-se-á no melhor amigo de Matias, sem saber que ele poderá ter sido o responsável pelo seu infortúnio.

Girão

Rogério Girão (Paulo Pires) – Marido de Madalena, é médico e Presidente da Câmara de Vila do Anjo. Nasceu no Alentejo. A mãe, Rosa, trabalhava na herdade da Tamargueira. O pai era Francisco Rebelo da Cunha (pai de Geraldo). Quando nasceu, não foi reconhecido como filho legítimo mas Francisco pagou a sua educação. Namorava com uma rapariga de Lisboa que engravidou e tiveram de casar. Divorciaram-se pouco depois do nascimento da filha, Matilde. Rogério voltou para o Alentejo com a filha e abriu um consultório em Vila do Anjo. Pouco tempo depois, casou com Madalena que vivia em Évora. Desse casamento nasceu Teresa, a única filha do casal. O casamento com Madalena não o fez feliz, mas ele não pode dispensá-la. Por causa das aparências mas também porque precisa da energia dela. Deixou-se sempre guiar pela mulher e despreza-se por isso mas esconde-o sob uma capa de “cinismo blasé”. Tem aventuras extra-conjugais discretas e aí sente-se poderoso e dominador. Fora de casa é contido, impessoal e afável. Na intimidade com a esposa há uma tensão constante a que ambos já se habituaram, que se tornou no carburante emocional do casamento.

Madalena Girão (Manuela Couto) – Nasceu em Évora, descendente de uma família rica e tradicional, é doméstica. O ambiente onde cresceu era pouco cosmopolita e carregado de preconceitos. Apaixonou-se por Rogério e casaram-se contra a vontade da família dela, que a rejeitou. Do casamento nasceu a única filha, Teresa. Com o passar dos anos, a paixão arrefeceu e o ressentimento tomou o seu lugar. Madalena arrepende-se de ter deixado tudo pelo marido, que afinal não merece o sacrifício. Tem uma personalidade forte, magnética e dominadora. Alguma arrogância em relação aos mais fracos e tem valores conservadores. Quando alguma coisa perturba o cenário que é a sua vida, reage com agressividade. O casamento com Rogério não foi feliz mas ela recusa-se a admiti-lo, assim como a frustração que isso lhe provoca. Não sabe como conseguir uma relação mais próxima e cúmplice com o marido. A intimidade é um circo de agressões mútuas. E no fim, ninguém ganha. É proactiva e enérgica. Nunca admite que errou e reage mal quando se sente confrontada. Adoptou uma atitude sarcástica e corrosiva como forma de dominar os outros. Raramente mostra o que sente porque vive para as aparências. Barricou-se no projecto de vida que traçou e não é capaz de procurar outros horizontes. Sofre por isso mas não o admite.

Rosa Girão (Estrela Novais) – Mãe de Rogério. Trabalhou na Tamargueira desde quase criança. Foi aí também onde engravidou do patrão, Francisco Rebelo da Cunha. Ele nunca reconheceu o filho, silenciando-a com dinheiro e pagando pela educação de Rogério. Rosa sempre ficou ressentida contra os Rebelo da Cunha, mas calou-se. Quando o filho foi para Lisboa estudar, fugiu para Espanha, onde trabalhou arduamente e juntou algumas poupanças. Rosa nunca mais voltou ao Alentejo. A razão ilegítima do seu desaparecimento só mais tarde virá a lume, mas abalará toda a confiança e devoção que Rogério tem pela mãe. Mulher dotada de uma tenacidade notável, nunca pediu desculpas pelo que fez ou disse. A sabedoria da idade ensinou-a a não revelar os seus segredos, mesmo ao próprio filho.

Matilde Girão (Rita Brutt) – Filha de Rogério, enteada de Madalena. Nasceu em Lisboa mas cresceu na Vila do Anjo. Estudou enfermagem e trabalha na clínica do pai. Cresceu entre o afecto do pai e as agressões da madrasta, que, com o passar dos anos, se tornaram menos disfarçadas. Matias foi o seu primeiro amor, mas era demasiado tímida para o demonstrar. A julgar pela sua atitude, qualquer um diria que não passa de um boneco nas mãos dos outros. É muito calma, afável, e evita o conflito directo e a agressão, tem ideias próprias e luta por elas. É observadora e ponderada, leal, honesta, doce e romântica. Procura sempre ver os dois lados da moeda. Afectuosa e emotiva quando se sente à vontade. Positiva, sonhadora e generosa. Quando a sua relação com Matias é ameaçada pela chegada de Eva vai lutar pelo amado com as armas que tem. Com lealdade e sem se deixar abater facilmente.

Teresa Girão (Joana Duarte) – Filha de Rogério e Madalena, é meia irmã de Matilde. Foi sufocada pela personalidade dominadora da mãe, nunca deu muita luta. Os pais achavam que era pouco esperta e por isso não exigiram muito. Quando terminou o secundário, foi estudar artes plásticas para Nova Iorque. Está agora a acabar o curso e vai voltar para Portugal com o namorado, Duarte (filho de emigrantes portugueses nos Estados Unidos). O tempo que passou em Nova Iorque abriu-lhe novos horizontes e já não está disposta a acatar as ordens da mãe. Resta saber se terá a energia necessária para o fazer.

Duarte Vilela (Francisco Côrte-Real) – Namorado de Teresa. Filho de emigrantes portugueses nos Estados Unidos, nasceu e cresceu em Newark e quando saiu de casa mudou-se para Brooklyn. É artista plástico e faz trabalhos de olaria que vende a estúdios de design. É um não-alinhado que desafia os valores tradicionais.

Calado

Vera Calado (Sandra Faleiro) – Mulher de Rui. Cresceu com os mesmos valores da sua irmã Madalena e tem o mesmo projecto de vida. Conheceu Rui através de Rogério, casaram apaixonados e tiveram dois filhos: Simão e . Dedica muito tempo à casa e aos filhos. A irmã mais velha é o seu modelo, gostaria de ser forte e controladora como ela. Aliás, tenta sê-lo mas nem sempre com sucesso. Rui é o oposto e um espinho cravado na vida arrumadinha que Vera aspira ter. Tem dificuldade em exteriorizar emoções, porque isso é um sinal de fraqueza. Por esse motivo, a relação com os filhos é pouco cúmplice. Muitas vezes – e por oposição ao pai, vêem-na como “uma chata”. Na intimidade, tenta não extravasar demasiado aquilo que sente, pois foi assim que foi ensinada, mas raramente o consegue. Tudo irá mudar. O universo de papelão que construiu à sua volta vai ficar abalado por uma doença fatal e a sua vida emocional mudará para sempre, para o bem e para o mal.

Rui Calado (Luís Gaspar) – Médico ginecologista, sócio de Rogério no consultório em Vila do Anjo. Nasceu em Angola e voltou para Portugal depois da independência. É casado com Vera e têm dois filhos, Simão e . É um bonacheirão que está de bem com a vida e com os outros. Adora os filhos e tem uma relação de grande cumplicidade com eles. Ainda está apaixonado pela mulher e gostaria que ela fosse menos rígida e menos convencional. Ainda não perdeu a esperança de a mudar. É positivo, empenhado e entusiasta. Para ele, por muito grande que seja o problema, há sempre uma solução.

Simão Calado (Alexandre Jorge) – Filho de Vera e Rui. É o mais próximo da mãe mas começa a contestá-la. No entanto ainda é, aparentemente, bem comportado. Isso irá mudar, com a chegada de Lara. Os dois terão um romance. O primeiro, para Simão.

Isabel Calado (Bé) (Rita Alves) – Filha de Vera e Rui. É quem mais contesta Vera lá em casa. Um diabrete que nunca se cala. Cresceu com uma carência de afecto por parte da mãe e refugia-se no pai. Tem o hábito de roubar pequenos objectos, uma tendência cleptomaníaca que começa a manifestar-se.

Carolina Oliveira (Júlia Belard) – Nasceu numa cidade grande. O pai é operário numa fábrica e a mãe trabalha num supermercado. Cresceu ao “Deus d’ará” numa família numerosa. Com poucos estudos e sem sorte, nunca conseguiu mais do que empregos temporários e mal pagos. Fartou-se e quando uma amiga a convidou para ir dançar num bar no Alentejo, aceitou. Trabalha actualmente no “Curral das Gatas”, de Sílvio Saragoça. Apesar da dureza da vida, manteve uma candura e um optimismo pouco habituais. Acredita que os contratempos vão acabar e que um dia há-de surgir a sua oportunidade. Mas fecha-se em si e nos seus comportamentos desajeitados e peculiares que muitos estranham. Tudo para não ser magoada pelos outros, especialmente pelos homens. Mas isso pode mudar. Basta que conheça alguém capaz de a entender verdadeiramente.

Alberto Faria (Padre Teodoro) (Miguel Monteiro) – Nasceu em Angola, filho de colonos. Trabalhava com o pai no comércio de café, mas ambicionava conhecer a metrópole. Depois da descolonização, o negócio afundou e os pais procuraram melhor sorte no Brasil. Alberto, aproveitou o desaparecimento do Padre Teodoro para usurpar a sua identidade. Viajou para Portugal, agora como Teodoro e apresentou-se às autoridades da igreja. Foi colocado na paróquia de Vila do Anjo, onde está há cerca de cinco anos. É popular entre os anjinhos, embora alguns estranhem o seu comportamento nem sempre ortodoxo. Rui Calado, o médico, é seu amigo desde os tempos de Angola e conhece o seu segredo. Teodoro tem uma idade próxima da de Rui.

Sardinha

Felicidade Sardinha (Cristina Homem de Mello) – Empregada na casa de Joana Rita. Filha de Felicidade e mulher de Libório, pouco estudou porque começou cedo a trabalhar na herdade da Tamargueira. Casou muito nova com Libório Sardinha (que mais tarde se tornou capataz na herdade) e tiveram duas filhas: Maria Clara e Maria Francisca. Teve uma vida de muito trabalho e muito sacrifício. Depois do 25 de Abril e da ocupação da herdade, Libório tornou-se camionista de longo curso e nunca mais voltou a casa, em permanência. Felicidade nunca mais deixou de sentir um gosto amargo na boca. Odeia os homens, odeia as pessoas felizes, odeia o mundo em geral. É alcoviteira e venenosa. Consegue ver sempre o lado mais negro das coisas. O seu maior afecto é a filha mais nova, Maria Francisca. Projecta nela a vida que nunca teve nem nunca terá.

Avelina Vicente (Márcia Breia) – Reformada rural, quase analfabeta mas “esperta que nem um alho”. Trabalhou toda a vida no campo. Sabe da vida de toda a gente e está por dentro de muitos segredos. Raramente perde a boa disposição. Não tem papas na língua. Teve uma vida muito dura mas não se queixa porque há quem tenha tido pior. É mãe de Felicidade, avó de Maria Clara e Maria Francisca.

Libório Sardinha (Nuno Melo) – Antigo encarregado da Tamargueira. Marido de Felicidade. Homem rude e de poucos estudos. Casou novo. Lucrou com o pós-25 de Abril e com a Reforma Agrária do Alentejo, mas ao invés de partilhar com a família, comprou um camião de longo curso e partiu rumo ao estrangeiro. Mulherengo, nunca deu descanso a Felicidade. A sua ausência e o seu individualismo, nunca lhe permitiram criar laços fortes com as filhas, mas tem um especial carinho pela mais velha, Maria Clara. Com a sogra Avelina sempre teve uma relação tensa. A sua volta poderá alterar a dinâmica da casa e suavizar a amargura da esposa, ou não.

Maria Francisca Sardinha (Mafalda Matos) – Filha de Felicidade e Libório. Teve que abandonar a escola antes de terminar a escolaridade obrigatória porque não desemperrava. É mimada pela mãe que projecta nela os sonhos desfeitos. Durante o dia, trabalha na pensão, em Vila do Anjo. À noite, faz o mesmo no Curral das Gatas, bar de alterne clandestino gerido por Sílvio Saragoça. É muito vistosa, exuberante e gosta de provocar a atenção dos homens. Tem fama de se ter envolvido com muitos. Mas não consegue o único que, na verdade, a tocou.

Maria Clara Sardinha (Sofia Arruda) – Filha de Felicidade e Libório, é o patinho feio da família. A “Gata Borralheira”, maltratada pela mãe, gozada pela irmã. Só a avó a defende. Foi muito boa aluna na escola e nunca teve namorados, refugiando-se nos livros e nos sonhos. Agora é secretária na Câmara Municipal e como hobby escreve e representa rádio novelas na Rádio Firmamento (a estação local). É o oposto da irmã, Maria Francisca.

Pensão Versalhes

Basílio Garcia (José Wallenstein) – Nasceu no Alentejo e emigrou cedo para França, mas nunca se deu bem. No 25 de Abril, voltou para a terra e abriu a pensão Versalhes. É um solteirão inveterado, machista e conservador mas muito bem-disposto. A vida não é para ser levada a sério. Adora a sua terra, a comida e as tradições. Impulsivo, fala demais e leva tudo à sua frente.

Miguel Valente (Mico) (Hélder Agapito) – Afilhado de Basílio. Passou a infância e juventude em França. Volta agora para trabalhar em Portugal. Sonha alto mas tem poucos recursos para perseguir os sonhos, no entanto, nunca desiste. É demasiado crédulo e uma “Maria vai com as outras”. Tem alta opinião sobre si próprio e acha está talhado para grandes voos. Tem sucesso com as mulheres.

Claudette Valente (Ana Catarina) – Nasceu em França onde os pais estavam emigrados. Casou com Mico e volta agora com ele para Portugal, país que mal conhece. É espevitada, senhora do seu nariz e mandona. Julga-se acima dos habitantes da Vila do Anjo porque veio de um país civilizado. Mas nunca fez nada pela vida.

Curral Das Gatas

Sílvio Saragoça (António Pedro Cerdeira) – Filho de Hermano Saragoça. Tem um negócio de venda de “tudo-e-mais-alguma” coisa, numa carrinha que anda pelas vilas e aldeias da região. A coberto desse negócio, tem outro de contrabando. À noite, o armazém onde guarda as mercadorias transforma-se num bar de alterne clandestino, conhecido como “O Curral das Gatas”. É o típico macho latino moderno. Sanguíneo, fala-barato e brigão. Tem enorme sucesso com as mulheres e fama também.

Maria Da Purificação (Gina) (Rita Seguro) – Lisboeta, filha de operários, concluiu o ensino obrigatório. Queria ser modelo mas a carreira nunca arrancou e acabou por trabalhar em bares nocturnos. Um contacto levou-a até Sílvio e trabalha agora no Curral das Gatas como alternadeira. Já não tem ambições de chegar longe e tudo o que quer é amealhar um bom pé-de-meia para abrir um cabeleireiro num qualquer subúrbio da capital. Ambiciosa, calculista e com poucos escrúpulos.

Videoclube “Sexo Dos Anjos”

Simone Figueiredo (Patrícia André) – Lisboeta de gema. Filha de um casal desfeito, tem fraca opinião sobre casamento e relações duradoiras. Inteligente, dinâmica, independente e prática. Resolveu que não precisava de dramas nem de emoções. Decidiu que iria passar a vida sozinha e ter um filho cedo. Aos 20 anos, recorreu a um banco de esperma e teve uma filha, Lara. Vive sozinha com ela. Tem alguns namorados ocasionais mas não se deixa prender. O seu maior defeito é ferver em pouca água. É honesta e frontal, por vezes exageradamente. À data em que começa a história, muda-se para Vila do Anjo para aí abrir um videoclube.

Lara Figueiredo (Marta Peneda) – Filha de Simone. Adora a mãe mas é o oposto dela. As duas têm uma relação de quase irmãs. Como a mãe, é viva, dinâmica e independente, mas também sonhadora e impulsiva.

Rádio Firmamento

Vasco Afonso (Isaac Alfaiate) – Nasceu na Vila do Anjo. Os pais tinham uma mercearia que teve de fechar por causa de um hipermercado que se instalou na região. Os pais emigraram para ganhar dinheiro e ele ficou sozinho. Montou uma rádio pirata, a “Rádio Firmamento”. Não pensa em sair da terra. Muito pelo contrário, acredita no seu potencial e quer explorá-lo. É positivo e empreendedor. Amigo de toda a gente e muito popular. Tem valores conservadores. Gosta de Maria Francisca mas desaprova os seus valores e modo de vida e por isso rejeita-a.

A Escolha do Elenco

Até se chegar aos nomes anteriormente anunciados, muitos rumores surgiram sobre quem integraria o elenco de Anjo Meu. Desde sempre se soube que Alexandra Lencastre daria vida à grande protagonista da história. Todavia, as duas personagens centrais, Eva e Matias não foram desde logo “pensadas” para Sara Matos e José Carlos Pereira.

Para interpretar a jovem filha de Geraldo chegou a falar-se no nome de Rita Pereira, que havia brilhado na pele de Mel em Meu Amor. E tudo indica que era mesmo ela a desejada para dar vida à rapariga, todavia, tal acabou por não acontecer, até porque a actriz optou por ficar mais tempo nos Estados Unidos da América a estudar e, escreveu-se na altura, porque António Barreira lhe queria dar a grande vilã de Eclipse. Acabou por dar o lugar a Sara Matos.

Já para dar vida ao herói da história, sempre se falou no nome de José Carlos Pereira, que saiu mais cedo do elenco de Mar de Paixão para iniciar tratamentos contra a dependência do álcool. Protagonizar Anjo Meu seria a forma de regressar em grande à televisão e de mostrar estar melhor do que nunca. O actor chegou, inclusivamente, a iniciar gravações, no entanto, ao fim de duas semanas de rodagem, a produção e o próprio perceberam-se que este ainda não estava em condições de fazer aquilo que um protagonista exige. José Carlos Pereira deu, assim, o seu lugar a Pedro Teixeira. Todavia, neste caso, Maria João Mira acabou por escrever outra personagem para “Zeca”, que deverá entrar a meio da história.

Não foram apenas as duas personagens centrais a sofrer alterações no que aos que as interpretam diz respeito, sendo que, em tempos, chegou-se a escrever que Patrícia Tavares, Joana Solnado, Núria Madruga, Rodrigo Menezes ou Ruy de Carvalho também integrariam o elenco de Anjo Meu.

As duplas repetidas

São pelo menos dois os pares românticos de Anjo Meu que já o foram também em outras telenovelas. E, curiosamente, ambos contracenaram em temporadas diferentes de Morangos com Açúcar, uma das maiores “fábricas” de talentos nacionais.

A primeira dupla é Isaac Alfaiate e Mafalda Matos. Foram os protagonistas da quarta temporada de Morangos com Açúcar e, se ele já deu que falar em outras produções televisivas, ela tem somente agora a sua segunda oportunidade nos ecrãs. A avaliar por aquilo que um e outro já disseram, estão prometidos muitos momentos de tensão, alegria e boa-disposição.

Já Joana Duarte e Francisco Côrte-real preparam-se para ser par romântico pela quarta vez nas suas carreiras. Todavia, se a primeira dupla nunca se queixou de trabalhar junta, pelo menos até à data, esta segunda já deu provas de que não foi do seu agrado contracenar novamente, enquanto casal. Nas palavras do actor “não há química” entre os dois, mas, a avaliar por aquilo que já fizeram, talvez resultem melhor juntos do que aquilo que imaginam.

Curiosidades:

– O nome inicialmente falado na imprensa para esta trama foi Anjo Mau, no entanto, “durou” pouco tempo, uma vez que é o nome de uma telenovela brasileira que deu que falar no passado. E de Anjo Mau passou para Anjo Meu, e assim ficou. À semelhança de Espírito Indomável, esta foi uma das poucas telenovelas de Queluz de Baixo que não viu o seu nome de “projecto” alterado.

– Embora a vila fictícia onde se passa a história seja no Alentejo, na realidade os exteriores de Vila do Anjo são gravados na vila de Sobral de Monte Agraço. Esta situação chegou a motivar algumas críticas de António Pedro Cerdeira à imprensa: “Vamos estar a gravar numa réplica que foi construída e que recria uma vila alentejana. Acho que as produções ganham sempre mais quando começam, são desenvolvidas e têm uns cenários que são reais”.

Anjo Meu é a primeira telenovela portuguesa de época e trata-se de um grande investimento por parte de Queluz de Baixo que, para que os portugueses ficassem com uma ideia quase que real da década de oitenta recorreram a uma larga equipa de criativos e designers para que estes investigassem todos os pormenores e os enaltecessem, quer nos figurinos, quer nos próprios cenários.

– Depois de Espírito Indomável é a segunda telenovela com o selo TVI a marcar presença no Facebook, sendo que a sua página oficial, ao contrário da da telenovela protagonizada por Vera Kolodzig e Diogo Amaral, surgiu ainda antes da sua estreia nos ecrãs.

O primeiro episódio

Img 0282 &Quot;Anjo Meu&Quot;: O Caminho Até &Quot;Vila Do Anjo&Quot;

A noite de 25 de Abril de 1974 era clara, de luar. Na Herdade da Tamargueira, a família Rebelo da Cunha dá um jantar para outros lavradores ricos da zona e suas famílias. A mesa está posta com bastante requinte, Geraldo está sentado à cabeceira da mesa e Maria Luísa, sua esposa, na outra ponta. Eva, a filha dos dois também está sentada à mesa e Joana Rita, a governanta e amante de Geraldo, assegura-se que tudo corre bem. Rogério, meio-irmão de Geraldo, e Madalena sua mulher também estão presentes. A um canto está Afonso, pai de Geraldo, sentado numa cadeira de rodas, visivelmente debilitado. O ambiente é de festa.

Img 4152 &Quot;Anjo Meu&Quot;: O Caminho Até &Quot;Vila Do Anjo&Quot;

Seguem todos para a sala. Enquanto a família Rebelo da Cunha e os convidados se vão sentando, no painel começam a ser projectadas imagens da família relativas à época do Estado Novo, contudo rapidamente as atenções se viram para o rádio, onde se ouve a música “Grândola Vila Morena”. O espanto é geral, Afonso fecha os olhos e deixa cair a cabeça.

No dia seguinte, a caminho da Vila do Anjo, Geraldo encontra Libório, que distribui o trabalho. Hermano, um dos trabalhadores mais reaccionários, protesta por não ter trabalho quando o patrão e a sua filha passam de charrete e tentam perceber o que se passa. Este queixa-se de não ter trabalho mas Geraldo não mostra o mínimo de preocupação, apenas Eva, que critica a frieza do pai.

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Joana Rita recebe uma visita que a deixa radiante: Matias, o seu filho, que vivia com o pai em França. Depressa se desvanece a felicidade quando este a avisa que voltou para alistar-se nas forças armadas.

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Meses depois…

Em Lisboa, Eva chega do Colégio e vê várias malas junto à porta. Geraldo diz à filha que terão de fugir de Lisboa o mais depressa possível. Bastante nervoso, queima alguns papéis que retirou do cofre. Ouve-se a campainha a tocar insistentemente. À porta, estão Matias, Vítor e Luís, três camaradas da revolução, com uma ordem de prisão para Geraldo.

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Enquanto o pai se esconde na cave, Eva abre a porta e diz que este não se encontra em casa. Os três soldados empurram-na e entram para revistar a casa. Com o objectivo de proteger o pai, a rapariga pega numa arma e dispara sobre um dos soldados. Matias ordena que chamem uma ambulância, em vez de continuarem as buscas e prende Eva com o coração despedaçado.

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Matias conduz o jipe, em silêncio, tenso. Ao seu lado, Eva, algemada, tem os olhos postos no infinito, ainda em choque. O rapaz pretende protegê-la, fazer alguma coisa que ponha fim ao sofrimento da sua amada. Aquele longo momento constrangedor é quebrado pelo som do intercomunicador, que faz com que o rapaz desperte e decida, sem pensar, soltar Eva. Esta desata a correr mas pára por instantes, os olhares cruzam-se e a rapariga segue-o com os olhos até Matias desaparecer.

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Na sede da COPCON (Comando Operacional do Continente), o Capitão tenta perceber como é que Rebelo da Cunha e a sua filha conseguiram escapar. Vítor informa que o colega Matias os traiu e deixou escapar a rapariga, acrescentando que talvez se deva ao facto de pertencer a Vila do Anjo, a mesma terra de Geraldo. Matias perde a cabeça e dá um murro a Vítor. Contudo os seus esforços para salvar Eva são em vão, pois o capitão recebe uma chamada a dar conta do paradeiro dos dois e Matias é algemado.

Rogério, farto de viver na sombra e às custas do irmão, desliga o telefone com um peso enorme na consciência depois de o ter denunciado às autoridades.

Eva e Geraldo chegam finalmente ao Alentejo e contam a Maria Luísa que todas as empresas e bens foram nacionalizados e que perderam tudo. Os poucos amigos que ainda estão em Portugal foram presos. O clima é de tensão e insegurança.

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Na vila, Hermano espicaça os trabalhadores da Herdade da Tamargueira e alguns populares, entre eles estão Sílvio, Inácia, Vitalino, Avelina, para se juntarem a ele e lutarem pelos seus direitos, ocupando as terras da Herdade. Há um coro de exclamações de apoio às palavras proferidas por Hermano.

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Joana Rita informa o Visconde que os trabalhadores estão na Herdade e exigem falar com ele, pois querem ocupar as terras. Geraldo gela por instantes. Maria Luísa leva a mão à boca, num gemido abafado e agarra-se a Eva.

A rapariga recebe uma chamada de Matias a informar que o COPCON está a ir em direcção à Herdade para prender Geraldo. O patriarca dos Rebelo da Cunha sente-se perdido e decide fugir.

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Joana Rita pergunta para onde vai a família, à qual Geraldo responde que vão para Espanha e que de lá vão para Nova Iorque. A empregada tem na mão uma mala de viagem e diz que irá com eles, contudo este diz-lhe que terá de ficar para tomar conta da casa até ele voltar. Joana Rita, que sempre apoiou o patrão e esteve sempre ao seu lado, sente-se traída e abandonada.

Geraldo pega no cofre com as jóias da família e pede-lhe que as guarde, reforçando que terá de esconder muito bem o cofre. Geraldo, Maria Luísa e Eva entram para o carro. Os trabalhadores rodeiam a viatura, abanando-o e batendo nos vidros.

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O patriarca dos Rebelo da Cunha conduz, em direcção ao portão da Herdade, de olhos postos na estrada. Sem se aperceber, Geraldo atinge Hermano com o carro, deixando-o no chão inconsciente. Subitamente ouve-se um tiro, Geraldo olha para o lado e vê que Maria Luísa foi atingida por uma bala perdida.

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Joana Rita vai ajudar o irmão que está no chão rodeado de sangue. Hermano geme de dor e abre os olhos. O irmão de empregada diz-lhe que foi o patrão que quis acabar com ele e atingiu-o com o carro. Joana Rita fica em choque. Populares e trabalhadores invadem a casa e iniciam o saque. A empregada envolve o cofre numa manta e guarda-o consigo. Enquanto enterra o cofre, com a ajuda de Avelina, quase cai na tentação de ficar com uma das jóias mas acaba por não o fazer.

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Passado umas semanas, Matias volta à Herdade da Tamargueira derrotado. Já não pertence ao exército nem acredita na revolução. Joana Rita conta-lhe tudo o que se passou no dia em que Geraldo e a família fugiram. Matias revolta-se contra a mãe, por esta não ter ficado do lado da família Rebelo da Cunha. O jovem entra na biblioteca e repara no papel caído junto à secretária que tem a nova morada de Eva e Geraldo, em Nova Iorque, e decide escrever uma carta de amor à rapariga ocultando a sua verdadeira identidade.

Passados dez anos…

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Decorre o ano de 1986, em pleno Alentejo, a Vila do Anjo está rendida aos pés de Joana Rita que tomou conta da Herdade e prepara-se para concorrer à presidência da câmara. A empregada passou a patroa, querendo ter tudo o que era do Visconde Geraldo, mas a sua ganância levou a que Matias se afastasse. Joana Rita conta agora com a ajuda de Zé Maria e Matilde para a ajudarem.

Uma coluna de fumo enorme mostra que a casa de Matias está a arder. Este fica em pânico e entra na casa a arder, pensando apenas nas cartas que trocou com Eva durante dez anos. Maria, afilhado de Joana Rita, fica preocupado e pensa nas palavras ameaçadoras da madrinha antes de sair: “Se o problema é a barraca, acaba-se com a barraca…”

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A promoção

Tal como é habitual a estação de Queluz de Baixo apostou numa promoção forte a esta grande telenovela. Iniciada no dia de aniversário do canal, foi agora nesta última semana que muitos Mupi’s com publicidade a Anjo Meu invadiram o território nacional. Fique com algumas das promos que passaram nos ecrãs da TVI ao longo dos últimos dias.

http://www.youtube.com/watch?v=FTq_usvwTok

http://www.youtube.com/watch?v=v4JpFbLg4JE

http://www.youtube.com/watch?v=M5WXcJVUrXI

Apresentação à imprensa:

http://www.youtube.com/watch?v=WW5No33jaZ0

O Trailer:

Anjo Meu, Depois da Revolução, a Revolta. Para ver hoje à noite, pelas 21h15, na sua TVI.

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