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A Entrevista – Idevor Mendonça

A Televisão
15 min leitura

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Foram meses à procura dos novos apresentadores do Curto Circuito e no passado dia 31 de julho essa procura chegou ao fim. Inês Aires Pereira e Idevor Mendonça são os novos anfitriões do emblemático programa da SIC Radical. O facto de este ter sido um casting longo, que começou em abril, teve as suas vantagens, segundo Idevor. «Foi uma jornada difícil, pelo tempo que demorou, mas acho que também teve uma parte boa: apresentámos vários programas», conta o jovem.

1 A Entrevista - Idevor Mendonça

Idevor, fala-me de ti.

O Idevor Mendonça é um jovem de 28 anos, como outra pessoa qualquer, bem-disposto, que gosta de estar com os amigos, que gosta de se divertir. Sou uma pessoa normal, gosto de aproveitar a vida. Acho que é basicamente isso.

Porque é que decidiste concorrer ao casting do Curto Circuito?

Era a minha última oportunidade, tendo em conta a faixa etária que eles procuram. Depois, o facto de ter 28 anos, já achava que a nível de maturidade estava preparado para enfrentar um casting e agarrar esta oportunidade. Sempre fui um fã do programa e, de uma maneira mais ou menos regular, fui sempre acompanhando. É um formato que eu gostava, achava que me poderia encaixar e decidi que ao arriscar não perdia nada.

Podias ter arriscasco em castings anteriores.

Essa dúvida surgiu sempre e muitas pessoas diziam-me: «Devias concorrer. Acho que tem a ver contigo, com a tua maneira de ser». Mas havia sempre aquele receio de não ficar. Agora, nesta altura, juntei uma data de fatores: o facto de eu já estar a trabalhar de uma forma regular em televisão há alguns anos deu-me uma maior confiança para tentar. Também já estava muito mais à vontade com as câmaras, com todo o ambiente que envolve um programa. E achei que estavam reunidas as condições perfeitas para arriscar. Achei que era agora ou nunca.

Foi uma jornada difícil?

Sim, foi uma jornada difícil, pelo tempo que demorou. Mas por outro lado, o facto de ser um casting longo, acho que também teve uma parte boa: tivemos a oportunidade de apresentar vários programas. Quando chegou 31 de julho eu já tinha tido a oportunidade de apresentar com o João, com a Maria, sozinho (que foi um grande desafio) e também com os outros finalistas. Portanto, também permitiu que eu me fosse habituando ao formato, que me fosse habituando ao programa em si, que fosse descobrindo também o que é que funcionava e o que é que não funcionava. Mas foi mais benéfico do que cansativo!

Como é que reagiste à bomba «És o vencedor do CC Casting WTF 2014»?

Reagi muito bem [risos]! Foi uma agradável surpresa, porque foi um processo longo. Nós começámos com os castings em abril e o vencedor só foi anunciado a 31 de julho. Já levávamos ali a nível psicológico, não digo cansaço, mas já tinha passado muito tempo, já tínhamos tido a oportunidade de apresentar vários programas. E foi uma agradável surpresa. Lá está, quando eu concorri, é óbvio que o meu objetivo era ganhar e foi para isso que trabalhei. E foi muito bom puder ter esta oportunidade agora de estar num programa que sempre vi, e do qual gosto. Foi uma notícia espetacular.

Consegues dizer-me alguma característica tua que possa ter contribuído para este final feliz?

Olha, não sei… A única coisa que eu queria era divertir-me e esperava que as pessoas se divertissem comigo. O facto de ser um programa que não tem grandes regras também te permite que tu estejas à vontade, digamos, dentro do programa e que possas ser tu próprio. Se eu tiver que dizer alguma característica que acho que possa ter feito com que tivesse corrido bem o casting, foi isso: vou divertir-me, não vou preocupar-me muito com certos aspetos, vou aproveitar esta oportunidade que me está a ser dada.

Que balanço fazes dos teus primeiros meses no programa?

Começámos agora em setembro e tem estado a correr muito bem. Uma das coisas que já tinha acontecido desde o casting é que é um ótimo ambiente de trabalho. Tenho sentido um grande apoio de todas as pessoas, tanto do João como da Maria (os apresentadores que já lá estavam), como da Inês (que ficou comigo e que é uma pessoa com quem eu me dou muito bem). E depois, toda a parte da produção, da equipa, é realmente um ótimo ambiente e sinto que é um grande apoio, pois perceberam que acabámos de chegar agora e que temos muito trabalho pela frente.

É bom trabalhar com os outros apresentadores (a Inês, o João e a Maria)?

É muito bom. Gosto muito do João e da Maria, foram muito importantes tanto na fase do casting, no apoio que nos prestaram, como agora (como colegas). Têm sido incansáveis. Gosto imenso do João, acho que o João é super divertido e é uma pessoa completamente pronta para tudo. A Maria, acho-a uma grande profissional, com uma grande técnica, um grande domínio do formato de televisão (ou da linguagem de televisão). E a Inês é uma pessoa com o qual eu me dei muito bem durante o casting, super espontânea e super divertida. São três registos diferentes, três maneiras de estar completamente diferentes, mas acho que fazem todo o sentido e que se complementam muito bem uns aos outros.

Identificas-te com algum dos apresentadores que já passou por lá?

Eu acho que acabamos sempre por nos identificar com alguns aspetos de apresentadores que lá estiveram. Sim, identifico-me com grande parte dos apresentadores que lá passou. Claro que sim.

O João Arroja e o Rui Porto Nunes saíram do programa antes de tempo. Foram casos que não resultaram muito bem. Tens receio que o mesmo possa acontecer contigo?

Eu estou confiante no trabalho que faço, não me preocupo com esse tipo de situações. Acho que aí são fatores que são externos e são completamente alheios a mim. Preocupar-me com essas coisas em demasia também deixa de ser saudável para aquilo que eu tenho de me preocupar, que é com o programa. Eu vou dar o meu melhor, faço o meu trabalho e quero muito agarrar esta oportunidade. Essas coisas se tiverem que acontecer, acontecerão. Não é uma coisa que está sempre presente aqui na minha cabeça. Acima de tudo, é concentrar-me agora no presente, naquilo que tenho de fazer e fazer o melhor possível.

Notas uma grande diferença no CC de hoje?

Não noto, sinceramente, uma grande diferença. Os conteúdos são diferentes, o programa agora também é mais curto, portanto, antigamente como era mais extenso notava-se a existência de uma maior liberdade. Eu penso que o programa continua a ter muita liberdade. E uma das coisas que eu gosto muito neste formato é o facto de ser em direto, porque é um direto, é uma hora em que estamos ali, falamos com as pessoas e tudo pode acontecer.

Achas que o programa melhorou ou piorou?

Eu acho que o programa, tal como tem acontecido nestes quinze anos, vai sofrendo algumas alterações, mas são alterações normais. Às vezes são feitas comparações entre os apresentadores (que são registos completamente diferentes), os públicos também são diferentes… O público que via o Curto Circuito há uns anos atrás provavelmente não é o público de agora. A própria maneira de se relacionarem com a televisão é diferente, a própria interação… Se calhar havia menos oferta há 15 anos atrás ou até mesmo há cinco. Eu penso que o programa não está nem melhor nem pior, está adaptado às necessidades e àquilo que os jovens hoje em dia pedem. As gerações são diferentes, portanto, acho que é mais por aí. O público é que muda, e não tanto o programa. É normal que se calhar pessoas que viam há 15 ou 10 anos também já cresceram. Atualmente o programa está feito para uma idade que hoje em dia já não têm, e por aí fora.

Este programa é considerado uma das grandes rampas de lançamento na televisão, já o foi para muitos dos apresentadores anteriores. Esperas honrar essa tradição?

Eu tenho presente a responsabilidade que me foi dada com esta oportunidade. O Curto Circuito já é um programa com 15 anos e que criou imensos apresentadores, pelo qual passaram pessoas que hoje em dia têm belíssimas carreiras televisivas e que têm provas dadas. Quero dar o meu melhor, quero aproveitar a oportunidade que me está a ser dada, porque realmente é uma grande oportunidade que eu não quero perder e é a responsabilidade de manter, digamos, este legado de pessoas, mas sem a pressão de tentar ser alguém ou de tentar seguir os passos de alguma pessoa que lá esteja.

Gostavas de ter um contrato de exclusividade ou preferes a emoção de não saber o dia de amanhã?

Obviamente que o contrato de exclusividade dá uma segurança. É muito importante teres uma segurança, teres alguma tranquilidade no aspeto de estares ligado a uma casa. Por outro lado, também o facto de não ser exclusivo ou de não estar ligado em exclusividade a algum canal permite a oportunidade de surgirem outras coisas. Como é óbvio, nos tempos que correm, é ótimo teres essa base, esse vínculo que permite estar um bocadinho mais estável, mas também há coisas boas pelo facto de não estares preso necessariamente a um canal, acho eu.

Isto da televisão não é propriamente uma novidade para ti. Tens participado no Canal Q, em programas como Camada de Nervos, Inferno ou Nada de Especial. Como têm corrido estes projetos?

Têm corrido muito bem. A minha aventura no Q vai fazer agora três anos. Começou com o Salvador Martinha, com o Nada de Especial, e depois acabou por correr bem essa experiência e tenho vindo a colaborar sempre com o canal. É um sítio onde eu me sinto em casa. Gosto muito de trabalhar com as pessoas que lá estão, têm apostado em mim e dá-me muito prazer e permite-me trabalhar toda a parte da representação, todo o trabalho como ator. Gosto muito de trabalhar com o Canal Q, sem dúvida nenhuma. Tem sido um ótimo sítio para eu experimentar e aprender.

A representação também tem um lugar muito especial na tua vida?

Tem, claro. Eu diria que é a minha grande paixão, é a representação. Sempre trabalhei nesse sentido.

O que é que costumas ver na televisão portuguesa? Preferes a oferta televisiva dos canais generalistas ou dos temáticos?

Olha, eu vou ser muito sincero. Com esta história da internet e tudo, eu hoje em dia acabo mais por ver ou séries ou filmes. Na televisão portuguesa, gosto de ver sempre um bocadinho de tudo. Gosto de ver, por exemplo, a ficção de todos os canais. Gosto sempre de ver pelo menos uns episódios, para ver o que é que se está a passar. E depois, claro, vejo canais de filmes, vejo também séries, também vejo bastante cabo. Mas vejo um bocadinho de tudo. Acho que é importante ver um bocadinho de tudo, para estar informado.

Quanto ao teu futuro, imaginas-te a apresentar grandes formatos, como o Ídolos ou Factor X?

Seria ótimo, seria bom sinal! Seria sinal que as coisas tinham corrido bem e que gostaram do meu trabalho de forma a apostarem em mim para outros formatos. Apesar de ser um bocadinho diferente daquilo que eu agora estou a fazer no Curto Circuito, acho que sim. Gosto de desafios e acho que seria um ótimo desafio puder apresentar um programa desses, que chega a um maior número de pessoas. E formatos desse tipo de entretenimento, principalmente esse tipo de concursos de talentos e tudo, acho que são muito meritórios. Claro que sim, teria todo o prazer em fazê-lo.

Sentes-te preparado para continuar a lutar pelo teu sonho?

Sem dúvida. Sinto-me preparadíssimo para agarrar as oportunidades que me são dadas, sempre consciente que há muito trabalho pela frente. Mas sim, com muita vontade de não desistir e lutar por aquilo que acredito e por aquilo que quero.

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