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A Entrevista – «Êta Mundo Bom» – Sérgio Guizé

Diana Casanova
9 min leitura

Êta Mundo Bom! estreou recentemente no nosso país através do canal Globo e o A Televisão esteve à conversa com o seu protagonista. Sérgio Guizé é o rosto de mais uma Entrevista em que fala da trama da Globo que cativou os brasileiros e que já conquistou os portugueses.

Leia, então, em seguida a conversa com o jovem ator da Globo.


O que os portugueses podem esperar de Êta Mundo Bom!?

Os portugueses podem esperar uma novela deliciosa. De assistir e de para a gente fazer, porque ela também encantou a equipe com sua simplicidade, a moral, os princípios de cada personagem e da época. Essa novela veio a calhar com muito otimismo, esperança, amor e a gente fez com muito carinho. O elenco todo é apaixonado por essa história escrita pelo Walcyr Carrasco e dirigida pelo Jorge Fernando. É diversão garantida para toda a família, de todas as idades, classes, gostos e sabores. Muitas lágrimas e sorrisos ao longo dos capítulos.

Como caracteriza o seu personagem Candinho?

O Candinho nasceu e o avô mandou mata-lo, porque ele era filho de mãe solteira, e o empregado de sua casa, com dó, jogou em um rio o cesto com o menino. Se desse sorte, ele sobreviveria. Ele foi encontrado e foi criado por uma família como filho, mas, quando eles têm uma filha, Filomena, Candinho começa a ser o enjeitado na casa. Ele é criado como irmão com a Filomena, mas é apaixonado por ela e vice-versa. Um dia, a mãe de Filomena, Cunegudes, pega eles se beijando, um beijo inocente, mas ela o manda embora da fazenda.  Candinho tem um único pedido, ele pede para ir com o melhor amigo dele, o burro Policarpo. Então, ele vai para São Paulo procurar a mãe verdadeira.

Candinho é um personagem maravilhoso, que não precisou ir pra escola para saber o que é certo e o que é errado. A novela traz uma mensagem muito bonita de amor e esperança. Eu sou suspeito pra falar de novo, sou completamente apaixonado. Estamos na reta final, e é um personagem lindo que planta uma semente muito interessante no coração das pessoas. As pessoas que vem falar comigo têm um encantamento muito especial por ele. Ele tem princípios: é muito puro, simples, divertido, engraçado, mas, ao mesmo tempo, muito possível de existir, é capaz de você encontrar um Candinho por aí.

Agora que as gravações estão prestes a terminar, o que nos pode revelar acerca da evolução da história?

O Candinho vai para São Paulo com o Policarpo, seu burro, e com os ensinamentos do professor Pancrácio, um filósofo que estava sempre na fazenda. E ele diz ao Candinho, que tudo o que acontece de ruim na vida da gente é para melhorar. Então, ele passa por muitas dificuldades em São Paulo, afinal, é uma cidade grande e ele nunca tinha saído dos fundos da fazenda. Logo que chega na cidade, conhece o Pirulito, um menino de rua, e vai atrás da mãe dele. E, acontece muita coisa com ele. É um personagem muito forte, costura a trama toda, passa por todos os núcleos. No final, agora, vai provar que realmente tudo o que acontece de ruim na vida da gente é pra melhorar.

Com audiências recorde no horário das 18h, o que acha que levou os brasileiros a ligarem-se em Êta Mundo Bom!? Acha que os portugueses também vão gostar desta produção?

Desde o começo, o elenco, produção, direção, autor, caracterização, todo mundo ficou muito apaixonado pela ideia, pela concepção da história que a gente ia fazer. Tem esse mote principal, que é tudo o que de ruim acontece na vida, é pra melhorar. A inspiração é de Candide, personagem do filósofo iluminista Voltaire. E, acho que isso caiu como uma luva para o Brasil, nos dias de hoje, sempre tem um lado bom das coisas. Por isso, acho que a história vai pegar para os portugueses também, essa visão otimista da vida. Que, para melhorar o mundo, depende primeiramente da gente, não está no externo, está em você, de dentro pra fora.

Acha que os espectadores estão muito ligados em novelas de época? Por quê?

Eu acho que tem a ver justamente com isso, de fugir da realidade que estamos vivendo. Apesar das coisas ruins nos jornais, vem um frescor de uma época boa que a gente teve, com moral e princípios.

O Sergio tem acumulado protagonistas em novelas da Globo nos últimos 3 anos. Qual foi o que mais gostou de interpretar e por quê?

Eu tenho feito esses personagens iluminados, cada um com sua mensagem muito bem definida. O João Gibão, de Saramandaia, tinha aquela coisa da liberdade; o Caíque, de Sete Vidas, que a gente tem que ser o que é; e o Candinho, essa mensagem de otimismo. Não posso falar sobre os outros personagens, estou mega apaixonado por Candinho ainda e o processo, apesar de estar no final, está muito quente e vivo. Se eu falar que prefiro outro personagem agora, estarei traindo o Candinho (risos).

Tem também uma longa carreira na música. Se tivesse de escolher, prefere ser conhecido enquanto ator ou enquanto músico?

A música está na minha vida desde sempre, aprendi a tocar com meu pai quando eu tinha 5 anos, e, desde então, nunca parei de tocar. Tive várias bandas na adolescência e tenho minha banda até hoje, a Tio Che, e o teatro foi o último que apareceu na minha vida. Entrei na faculdade para fazer artes plásticas e tinha uma matéria de teatro, que a gente tinha que fazer, e eu acabei me apaixonando. E, desde então, dedico minha vida a essa nobre arte. Continuo tocando com minha banda, o que eu mais gosto é de estar no palco com eles, fazendo show. Nunca imaginei me fazendo uma coisa sem fazer a outra. Mas, essa ideia de ser reconhecido, não me importo, o importante é fazer um trabalho bacana, tocar as pessoas e com a banda é do mesmo jeito. Não tenho nenhuma pretensão.

A seguir a  Êta Mundo Bom! já tem novos projetos?

Assim que acabar Êta Mundo Bom!, começo a filmar O Homem Perfeito, que é do Marcus Baldini e estou ansioso para voltar a trabalhar com ele. Irei filmar também Tudo Bem, tudo bom, do meu querido Willy Biondani, que começamos na cidade de Milho Verde, Minas Gerais, antes de começar a novela, e terminaremos de gravar em Paris, na França. Pretendo lançar também os filmes que não entraram em circuito, como Beatriz,  filme rodado praticamente todo em Lisboa, durante o tempo que morei 3 meses aí e foi incrível.

Quer deixar uma mensagem para os portugueses?

O que eu posso dizer é saudades. Eu amo Portugal e, depois que terminar de gravar em Paris, vou dar uma passada aí e levar meus pais para conhecer esse país!


Redatora e cronista